21 de janeiro | 2018

Mais de 20% da população de Olímpia pode viver em estado de plena pobreza

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Mais de 20% da população de Olímpia pode estar vivendo em pleno estado de plena pobreza, em razão de constarem entre os beneficiários do Programa Bolsa Família, benefício que, desde 2003, auxilia milhões de pessoas a sair da situação de pobreza e extrema pobreza. Atualmente, 1.918 famílias estão cadastradas segundo dados deste mês de janeiro, número que pode estabilizar até o final do mês, ou mesmo crescer e até ultrapassar o total registrado no final do ano passado.

Desse total de 1.918 famílias, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal, um total de 3.455 pessoas estão sendo beneficiadas pelo programa. Porém, essas famílias, além de crianças, podem abrigar pessoas com idades superiores a 18 anos, como irmão ou irmã, a até tios e avós. Por isso, há dificuldades em determinar o valor absoluto de pessoas envolvidas.

No entanto, levando em conta a média de membros de uma família normal, que é de quatro pessoas, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), pode se chegar a um total de 10 mil habitantes, mesmo que um cálculo i­nicial indique o total de 7.672, ou seja, 15% da população considerando 50 mil habitantes.

Entretanto, esses números podem ser ampliados até o final deste mês. Isso porque, segundo consta, o acesso ao programa está em fase de recadastra­men­to e, pode ocorrer que, bo­a parte tenha saído do pro­grama por ter melhorado sua condição financeira, depois de ter arrumado um bom emprego, ou o contrário, que seria aumentar o total de benefi­ciários cadastrados no final de 2017.

De acordo com dados do Portal da Transparência Brasil, o programa beneficia hoje 52.771 famílias em 72 cidades da região. O dinheiro é pago diretamente a um membro do núcleo familiar. Preferencialmente, a mulher. O Bolsa Família é o maior programa social de transferência de renda do País.

A crise econômica e o a­umento do desemprego são os responsáveis pelo aumento do número de pessoas que dependem do programa social. “Nos últimos anos de recessão, o desemprego explica por que as pessoas estão dependentes do Bolsa Família, que é um paliativo. O dinheiro ajuda, mas não resolve já que é uma quantia bem abaixo dos gastos mensais que uma família formada tradicional, formada pelo casal e dois filhos,” disse o professor da Universidade de Brasília (UnB) Denilson Coelho.

Mas o número de bene­fi­ciários do Bolsa Família serve como um termômetro social de uma localidade, já que são atendidas famílias em situação de extrema pobreza, com renda mensal por pessoa de até R$ 85, e de pobreza, com renda mensal per capita entre R$ 85,01 e R$ 170.

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