28 de agosto | 2014

Lombada pode ter causado grave acidente com moto na vicinal João Custódio Sobrinho

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Já denunciadas pela Folha da Re­gião em razão da precariedade na qual foram construídas, ou seja, sem seguir as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Cons­tran), uma das lombadas implantadas com autorização da Prodem (Progresso e Desenvolvimento Mu­­­­­­­nicipal), na estrada vicinal Jo­­ão Custódio Sobrinho, ao la­do do loteamento Alto Cote Gil, na zona oeste do município de Olímpia, pode ter sido a causa de um grave acidente envolvendo uma motocicleta.

Pelo menos é essa a conclusã­o que se pode chegar inicialmente, a partir da ocorrência registrada no início da noite da quar­ta-feira, dia 27, por volta das 19h30, na primeira lombada – no sentido de quem segue em direção a Olímpia – nas proximidades da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil).

No local a Polícia Militar encontrou o técnico bancário Júlio César de Melo (foto), de 43 anos de idade, (Julião, o músico) morador da Rua Cassiano de Melo, número 283, Jardim Silva Melo, zona oeste da cidade, caído ao lado da motocicleta Yamaha, cor prata, com placa de Olímpia.

Segundo se pode deduzir, Júlio César de Melo, funcionário da Ca­i­xa Econômica Federal (C­E­F), em São José do Rio Preto, estaria re­tornando para Olímpia e, aparentemente não teria percebido a a­pro­ximação com a lom­bada, perdido o controle da motocicleta e caído.

Consta na ocorrência que os po­liciais chegaram ao local e depararam com Júlio Cesar apresentando lesões pelo corpo e san­gra­mento no rosto e na cabeça.

Com suspeita de traumatismo craniano, inicialmente ele foi socorrido pelo Resgate do Corpo de Bombeiros até ao pronto socorro anexo à Santa Casa de Olímpia. Mas em seguida, devido à gravidade do caso, ele foi transferido para o Hospital de Base (HB), de Rio Preto. Consta que o estado de saúde dele é estável.

SEGUNDO ACIDENTE

Mas esse não é o primeiro acidente que acontece na mesma região dessa estrada vicinal. Como se recorda, em janeiro de 2014, uma lombada que, segundo o próprio diretor presidente da Prodem (Progresso e Desenvolvimento Mu­nicipal), Amaury Her­nan­des, responsável pela organização do trânsito no município de Olímpia confirmou que não atendia espe­cificações do Código de Trânsito Brasileiro, inclusive em sua sinalização, pode ter sido a principal responsável por um acidente de trânsito registrado na mesma estrada, que liga a cidade ao trevo de acesso ao bairro rural Lambari, na rodovia Assis Cha­te­aubriand, SP-425, na região noroeste do município.

Esse acidente que aconteceu na tarde do dia 23, por volta das 15h­40, envolveu um Gol que era conduzido pelo aposentado Gilberto Aparecido da Silva, de 58 anos, morador do distrito de Ba­guaçu, e um Space Fox que estava sendo dirigido pelo agricultor La­uro Fernandes Filho, de 74 anos, morador do bairro rural Lambari.

De acordo com o que consta na polícia, o aposentado conduzia o Gol no sentido de Olímpia e teve de reduzir a velocidade por conta da lombada que, segundo consta, estava mal sinalizada. Por isso, o a­gricultor, que seguia atrás com o Fox não conseguiu evitar a colisão contra a traseira do carro que seguia na frente.

CONFIRMAÇÃO DE ERRO NO LOCAL

Por outro lado, no início de dezembro de 2013, depois que a Folha da Região denunciou a situação, embora não se podendo afirmar se foi apenas confusão com as palavras ou mesmo se a intenção era a de apenas tergiversar, ou se­ja, descon­versar, e desviar o foco da questão, o fato é que o diretor da Prodem negou que a empresa tenha feito o serviço, mas ao mesmo tempo confirmou que as pinturas foram autorizadas pelo órgão, além da existência de erros muito graves nas pinturas das rotatórias virtuais implantadas na estrada vicinal José Custódio Sobrinho.

Também segundo ele, o serviço mal feito foi realizado pelos donos do loteamento e não pela Prodem, mas com autorização expressa da empresa pública, que é a responsável pelo sistema de trânsito do mu­nicípio, inclusive na estrada que também é conhecida por “Saída do Matadouro”.

Na oportunidade Hernandes afirmou que percebeu o erro no projeto e tentou evitá-los. “Foi feita uma sinalização equivocada, que não estava tal qual eu solicitei que fizesse e a empresa vai corrigir pra que tenhamos o local devidamente sinalizado e da forma correta”.

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