O tratador Júlio César Aguiar, responsável por cuidar da saúde da boiada, informa que a capacidade do hotel é para 70 animais. Com o investimento, o resultado para o dono é um animal mais forte e competitivo.



Um tratamento alimentar é ministrado diariamente na parte da manhã, baseado em milho e soja, misturados com ração balanceada, “O animal que participa desses eventos não pode ter banha. Ele tem que ter um preparo e a musculação bem feita para ter um bom desempenho”, explica o tratador.



Mas para ter um bom desempenho, além de uma dieta bastante controlada, os animais também passam por um treinamento físico, inclusive dentro de uma represa para evitar desgastes musculares e até das articulações. Até exames clínicos são realizados. “É como se fosse um atleta mesmo”, observa o veterinário Vitor Lopes Louzada.



De acordo com o proprietário do hotel, Washington Junqueira, é uma oportunidade de pessoas que tem poucos touros e que querem vê-los atuando em rodeios e poderem apresentá-los e até mesmo vê-los em atividade.



A ideia do hotel surgiu ao perceber essa situação. “Há dois anos tinha proprietários que procuram com interesse de ter touros participando de rodeios e não tinha condições de levar um ou dois bois”, disse.



Tecnologia

A entrada da tecnologia nos rodeios também aparece durante o treinamento dos animais, proporcionando mais segurança, principalmente aos peões, uma vez que um equipamento utilizado permite conhecer a intensidade da força de um boi.



Trata-se de uma máquina importada, que custa em torno de R$ 5 mil, mas que já começa a ser fabricada no Brasil, é usada para começar os treinamentos com os touros mais bravos que podem gerar riscos à saúde dos peões.



“Foi uma evolução para o rodeio. Antigamente não tinha  e os pões tinham que montar e as vezes acabavam se machucando”, comentou o peão Giliardi Neri Silva.