24 de fevereiro | 2019
Família quer indenização por morte de mulher por diagnóstico errado em 2015
Eduardo Henrique Bernardinelli e Higor Henrique Bernardinelli, pai e filho, procuraram a justiça em meados de 2018, cobrando uma indenização da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olímpia e de um médico, por causa da morte de Liliana da Silva Prado Bernardinelli, que morreu em 2015, penúltimo ano do segundo mandato do ex-prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, depois de se envolver em um acidente de trânsito. Pela falta do prontuário não foi possível colocar na ação o nome do plantonista da UPA que não detectou o problema da pessoa acidentada. A mulher morreu possivelmente por erro médico.
A justiça, neste caso, notificou a UPA para a entrega do referido prontuário, mas até o momento não obteve resposta e não consta no processo nenhuma manifestação da Saúde local.
Trata-se de uma ação de indenização por danos morais e materiais contra a UPA; a Fazenda Pública do Município; e o médico Márcio Eite Iquegamim, na qual pedem a condenação dos requeridos, solidariamente, no montante de R$ 437.872,00 a título de danos materiais na forma de lucros cessantes; a condenação dos requeridos, solidariamente, no montante de R$ 200 mil a título de danos morais.
Inicialmente, os requerentes tentaram requerer o prontuário médico da “de cujus” (falecida) e houve a negativa na entrega sob argumento de que tal prontuário não existia. Houve também a recusa em entregar documento por escrito de que não havia prontuário.
O ACIDENTE
No dia 29 de junho de 2015 Liliana conduzia sua motocicleta, uma Honda CG 150 Titan ESD, placa ECI7091, ano de fabricação 2011, modelo 2011, na cor preta pela Avenida Mário Vieira Marcondes, via preferencial, com seu filho como passageiro, quando, no cruzamento com a Rua David de Oliveira o carro conduzido pelo Sr. Nilton Pires da Silva, não atendendo ao sinal de regulamentação de transito PARE voltado para si, colidiu bruscamente com a motocicleta da vítima.
A vítima e seu filho foram socorridos pelo Corpo de Bombeiro e levados até a UPA, onde foram prestados o primeiro atendimento às vítimas, sendo Liliana transferida para a Santa Casa de Olímpia para a realização de cirurgia no seu pé esquerdo sem que houvesse sido realizado exames em qualquer outra parte de seu corpo, apenas seu pé esquerdo foi avaliado e constatado fraturas.
Após a realização da cirurgia no pé esquerdo e a alta hospitalar a Liliana foi para sua casa se queixando de fortes dores na região do peito e no abdômen, sempre informando os médicos sobre tais dores, principalmente o terceiro. Porém, a resposta que recebia era que tudo se devia ao forte impacto, não sendo realizado nenhum exame detalhado de seu corpo para descobrir a causa de suas dores. No dia 03 de julho de 2015, apenas um dia após a alta hospitalar a vítima passou mal em sua residência vindo a falecer.
Seu corpo foi encaminhado ao IML de Barretos, objetivando a realização de exame necroscópico. No laudo de exame de corpo de delito, exame necroscópico consta que a morte se deu em razão de grande hemorragia abdominal ocasionada por lacerações na cápsula do fígado e três lesões (roturas) superficiais (aproximadamente 0,5 a 1,0 cm) medindo 4 + 4+ 5 cm.
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