O superintendente geral do Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO), que acumula o cargo na Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, engenheiro eletricista, Gilberto Tonelli Cunha, confirmou nesta sexta-feira, 27, um reajuste de 10% nos valores cobrados pelo metro cúbico de água, a partir do consumo de amanhã, dia 1.º de março. Ele confirmou o decreto número 4.442, do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, publicado na Imprensa Oficial do Município, do dia 21 de fevereiro.

Dessa forma, o valor mínimo e fixo para consumo residencial até 6 metros cúbicos passa dos R$ 4,60 para R$ 5,10. No caso do consumo comercial ou industrial, passa dos R$ 5,29 para R$ 5,82, também fixo e mínimo para até 6 metros cúbicos. Já o Programa Permanente de Manutenção de Hidrômetros, passa de R$ 0,051 para R$ 0,056 o metro cúbico.

De acordo com Tonelli, o decreto vai vigorar a partir de março, mas o consumidor deverá sentir o reflexo do reajuste apenas a partir de abril. "Tem o período de leitura, feito durante o mês e, depois tem um período ainda, entre a leitura e o pagamento efetivo da conta que demora em torno de 15 a 20 dias. Então, isso só vai ser sentido mesmo, depois de abril ou início de maio. Quem já consumiu pode ficar tranqüilo, não vai entrar na conta. É o mesmo preço inclusive, nessa de fevereiro, leitura que está sendo feita e entregue. Nas leituras de março também não terá reajuste", diz.

Tonelli explica que foi feita uma correção do índice de inflação dos últimos 15 meses: "para que o DAEMO, que é uma autarquia municipal muito conceituada e querida pela população, tenha saúde financeira para fazer frente a todos os investimentos que faz. Essa autarquia tem sua base no abastecimento de água e no tratamento de esgoto".

O abastecimento de água, explica, está sendo resolvido em quase todos os problemas. "Temos que fazer um investimento na Estação de Tratamento de grande vulto, uma correção de alguns problemas que existem lá e, também acabar de interligar todas as redes, perfurar mais três poços, para deixar a cidade numa situação bastante tranqüila com relação ao abastecimento de água", acrescenta.

"Com relação ao tratamento de esgoto, um grande trabalho foi feito pela administração anterior de colocar interceptores, emissários, levar o esgoto até em frente do Thermas, está faltando somente a lagoa de tratamento que é a última etapa do custo, que agora estamos cuidando disso", reforçou.

Impacto

Como o impacto no bolso do consumidor será somente a partir de abril, poderia até passar um reajuste maior, na casa dos 12%. "Mas não fizemos isso. Enviamos um ofício ao prefeito no dia 4 de fevereiro solicitando um reajuste de 10% baseado no IGP. O menor índice que conseguimos nessa atualização foi 10,2%. Nós arredondamos para 10%".

Explicou também que foi considerado o período de 15 meses, entre dezembro de 2007 a fevereiro de 2009: "A última que vez que aconteceu (reajuste) foi em novembro de 2007. Dezembro passou sem reajuste, 2008 não teve nenhum reajuste e agora estamos fazendo correção para fazer frente às despesas que teremos durante o ano. Não é um aumento, só foi aplicado um reajuste da inflação".