23 de abril | 2007

Comércio pode até dobrar vendas por causa da cana

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Não só de informações negativas e preocupações com as questões do meio ambiente vive o município de Olímpia, quando chega o início da safra da cana-de-açúcar. O comércio, por exemplo, que espera a retomada das atividades nas usinas da região desde o final de novembro do ano passado, trabalha com a possibilidade de até dobrar as vendas a partir deste mês de abril.

Mesmo sem precisar quanto há de aquecimento nas vendas para, principalmente os cortadores de cana e seus familiares, a caixa da Aquarela Modas, Priscila Maria, reforça esta idéia principalmente com a vinda de trabalhadores de outros estados como Minas Gerais e Bahia: "Realmente aumenta bastante as vendas", disse.

Os bons resultados são também aguardados por Clemenice Mazonetto, gerente da loja Serglez. Ela espera que os funcionários da usina venham consumir no comércio local. "Esperamos que com essa usina que temos em Olímpia sejam bons os resultados de vendas, que o pessoal venha ao comércio gastar", afirmou.

A influência da atividade canavieira é destacada também pelo gerente da loja Ao Barulho, Maikel César Simão Pereira. Para ele o comércio de Olímpia, pelas condições que apresenta, se expande para as outras cidades da microrregião.

Citando como exemplo as cidades de Severínia e Guaraci, principalmente, o gerente aponta que todas as cidades dependem de Olímpia e que todas giram em torno da mão-de-obra gerada pelo setor.

"Começando a safra gira mais dinheiro e se tem mais fluxos de pessoas, então gira mais dinheiro o aumento de empregos. Então acaba influenciando em muitas coisas", avaliou o gerente que acredita em até 15% de aumento nas vendas.

O proprietário do Armazen Geral, Jesus das Graças Muniz, ressalta que a influência é grande e positiva principalmente porque se trata de dinheiro injetado na praça: "O pessoal vem gastar no comércio de Olímpia", definiu.

Porém, acredita em algo em torno de 5% no aquecimento.

Para o José Aparecido Passi, da Passi Móveis, o início da safra da cana é um fator muito importante: "Pode ter certeza que se não fosse isso as vendas seriam bem inferiores", enfatizou ele que aguarda um aumento nas vendas de até 40% neste período.

Recuperação

A expectativa é de recuperação de um início de ano fraco, conforme estima Rose Meire Sottero, da loja ferragens Santa Irene. "Mas esperamos que com o começo da safra seja um pouco melhor, que traga mais beneficio para o nosso comércio, mais vendas e que o pessoal volte e valorize o nosso comércio".

No entanto, ressalta que não é somente a safra da cana, mas o fato do consumidor ficar e gastar na própria cidade: "O povo de Olímpia valorizar mais o nosso comércio e não sair para fora. Os peões (sic) que vêm de fora valorizam mais o nosso comércio que o pessoal daqui mesmo".

Sem uma estimativa concreta de aquecimento, o gerente da Magazine, Breno Fabiano Tognette, também afirma que a atividade tem responsabilidade por grande parte da injeção de dinheiro no comércio a partir deste mês.

"Creio que gira em torno de, em comparação aos meses normais que não têm a safra e com os outros seis meses com a safra, um crescimento entre 10% a 15%", estimou.

A estimativa de aquecimento varia dependendo a atividade comercial. José Roberto Domenico, gerente da loja Bernasconi, por exemplo, acredita algo em torno de 40%. "Sem dúvida nenhuma o comércio de Olímpia hoje vive em cima da safra da cana. A partir do momento que começa a safra, começa a entrar dinheiro na cidade e a reação é grande".

Porém, a expectativa maior é da gerente da loja Pró Preços, Marta Regina Pegoraro: "Automaticamente eles recebendo vêm para o comercio de Olímpia. Com a safra o aumento é de quase 100%".

 

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