23 de maio | 2010

Comerciantes vão esperar a “ordem” da justiça para sair

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Os comerciantes estabelecidos na praça Rui Barbosa, embora preferindo não se manifestarem oficialmente a respeito das notificações que receberam para deixar o local, vão esperar alguma ‘ordem’ definitiva para transferirem seus comércios para outros pontos. Porém, afirmam que pretendem mudar de local de forma pacífica.

Pelo menos isso é o que se pode depreender das afirmações que fizeram à reportagem desta Folha, na tarde da sexta-feira, dia 14, quando foram procurados para falarem a respeito.
Mesmo com ninguém querendo gravar entrevista, nota-se que sairão pacificamente, mesmo porque esperam poder voltar após a reforma.

Na oportunidade a reportagem conversou com pelo menos três deles, que confirmaram o recebimento da notificação através de ofício da prefeitura e que o prazo concedido venceu no dia 12 de maio. No entanto, manifestaram também a intenção de permanecer pelo tempo que for possível.
Consta que a pessoa responsável pela banca que há cerca de 20 anos vende jornais e revistas, que pertence à Cruzada Assistencial Espírita Cristã, Darci Moretti, pretende, pelo menos, ter mais tempo para conseguir um lugar para se instalar.

Representantes da instituição foram à prefeitura para conversar com o departamento jurídico e saber se o prazo seria estendido, porque ainda não teriam um lugar para transferir a banca.
Quem já deixou o ponto de comércio – sentiu medo de insistir – mas continua trabalhando na praça é Antônio Rodrigues, conhecido por Nicão, que comercializa jornais, revistas e livros antigos, o chamado ‘sebo’.

A decisão é por causa da promessa de ter oportunidade de voltar quando a reforma for concluída. Atualmente, ele comercializa seus produtos em um banca improvisada num dos bancos da praça.
Ele não foi encontrado ontem pela reportagem desta Folha, mas dias atrás afirmou que o próprio prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, esteve no local e lhe garantiu que não vai deixá-lo “na mão” (sic).

Os comerciantes foram notificados duas vezes pela prefeitura. A primeira foi há cerca de seis meses. Já a segunda e última notificação foi no dia 7 de maio, quando foi estipulado o dia 12 de maio como prazo fatal.

Além de Nicão e o comerciante Djalma Barão, que já deixaram os espaços disponíveis à prefeitura, Dejanir Cezar Cabral, cuja lanchonete faz parte da paisagem da praça há cerca de 40 anos, também teria anunciado sua transferência.

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