O problema é crônico e antigo. As promessas de solução voltam sempre que a natureza resolve mandar um pouco a mais de água. Mas o fato é que uma chuva de aproximadamente 75 milímetros, segundo informação da Ca­sa de Agricultura, registrada na tarde de quinta-feira, dia 26, mas que teve curto tempo de duração voltou a provocar, mais uma vez, vários pontos de alagamentos principalmente na região do ba­i­r­ro São Benedito, conhecido por Pito Aceso, na região cen­tral da cidade.

Mais uma vez também a enchente atingiu residências e casas comerciais que ficam no cruzamento das avenidas Mário Vieira Marcondes e Deputado Dr. Waldemar Lopes Ferraz, onde também esta situação já é comum, embora com algumas medidas tomadas pela Prefeitura.

De acordo com a informação obtida no final da tarde do dia 26, por volta das cinco horas, na verificação feita às 16h­05, o pluviômetro da Casa de Agricultura marcava 74,5 ml, ou seja, o equivalente a 74,5 litros de água por metro quadrado.

Essa não foi a primeira vez e, pelo menos aparentemente, não será a última. No entanto, segundo relatos de algumas pessoas ouvidas por esta Folha o problema se agravou. Os moradores dizem que a inundação foi muito rápida e creditam es­se fato à criação de novos loteamen­tos e pavimentação de ruas de onde vem a maior parte da água, principalmente do Jardim Cizoto, na zona leste da cidade.

VEÍCULOS REMOVIDOS

Os pontos mais críticos desta vez foram o cruzamento das duas avenidas onde inundou casas, comércio e alguns veículos, que segundo relatos precisaram ser removidos rapidamente para evitar prejuízos ainda maiores.

A força da água carregou muitos entulhos para a rua Silva Jardim, já que ali fica o “corredor das enchentes”, que logo depois inundou uma Oficina de Funilaria localizada na Rua Washington Luís, onde, em frente há uma grande “Bo­ca de Lobo”, que não foi suficiente para conter a inundação. Segundo consta a água estaria retornando, pois o córrego Olhos D’água quando enche não dá capacidade suficiente de vazão.

Mas o local mais prejudicado foi no final da Rua Castro Alves, perto de uma loja de materiais de construção e do Sindicato dos Bancários, além de algumas moradias, onde foi possível perceber que toda a redondeza foi inundada e em certos pontos, a água chegou a mais de um metro.

Mas a chuva incomodou tam­bém na região central da cidade, principalmente no cruzamento da Rua Américo Brasiliense com Rua São João, chegando a derrubar uma motocicleta.

O córrego Olhos D’água ficou com sua calha totalmente cheia, mas não há registros de que a água tenha saído fora e inundado a Avenida Aurora Forti Neves. Há informações também de que a enxurrada chegou a entrar em um supermercado localizado na avenida. No entanto, não consta registros de chamadas ao Corpo de Bombeiros.