14 de junho | 2012

Cerca de 300 paralisam na Cruz Alta por melhores salários e condições de trabalho

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IMAGENS: TV TEM/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Aproximadamente 300 funcionários da Usina Cruz Alta de Olímpia realizaram um movimento grevista por melhores salários e condições de trabalho. Eles fazem parte de seis setores agrícolas. São motoristas, tratoristas e operadores de máquinas. Um protesto ocorreu na quarta-feira desta semana, no trevo da rodovia Assis Chateaubriand, SP-425, que dá acesso à unidade industrial.

Representantes dos funcionários e diretores do sindicato se reuniram com assessores da empresa para tentar chegar a um acordo. Os motoristas aceitaram a proposta e retornaram ao trabalho já na noite do mesmo dia.

Embora não tenha sido confirmado até pela parte dos grevistas, consta que agora os trabalhadores deverão voltar ao serviço por pelo menos 72 horas.

Nesse meio tempo, novas reuniões serão marcadas para apresentar as contrapropostas e decidir se eles entram em greve ou não. A usina afirmou que ainda não vai se pronunciar sobre o caso.

As principais reivindicações são um reajuste salarial igual a todos e a volta do sistema de trabalho anterior.

Antes os trabalhadores rodavam turno na base de cinco por um, ou seja, trabalhavam cinco dias com uma folga e quando retornavam entravam em turnos diferentes. Ocorre que a empresa pretendia alterar para que permanecessem durante 60 dias no mesmo turno.

Consta que o movimento teve início na segunda-feira da semana passada, dia 4, com uma paralisação de advertência de três dias, retornando após o feriado do Dia de Corpus Christi. Como a empresa não aceitou o que pediam e nem mesmo apresentou uma contraproposta, eles resolveram pela paralisação novamente.

Um representante da categoria, que pediu para não ser identificado, informou na tarde de quinta-feira, dias 14, que eles voltaram ao trabalho, mas que as negociações continuam. No entanto, ele não confirmou se haverá ou não nova paralisação.

OUTRO LADO

Por outro lado, de acordo com a informação divulgada pela imprensa regional, a direção da empresa disse que por enquanto não se manifestaria a respeito da paralisação de seus trabalhadores.

RECEITA MAIOR

Já de acordo com o que divulgado na quinta-feira, dia 14, pela imprensa de São José do Rio Preto, a Tereos Internacional, acionista da Guarani, anunciou os resultados financeiros do quarto trimestre de 2011 e do ano todo.

De acordo com o grupo, a receita líquida totalizou R$ 1,8 bilhão nos últimos quatro meses de 2011, uma alta de 21,0% frente ao quarto trimestre de 2010.

O aumento na receita líquida deve-se aos maiores volumes e preços do amido e adoçantes na Europa, às operações no Oceano Índico e aos maiores volumes de venda de etanol na Europa e de açúcar no Brasil.

No ano, a receita líquida aumentou 18,8% em base anual, para R$ 6,9 bilhões. As receitas em 2011/12 foram influenciadas pelo cenário favorável de preços no segmento de cana-de-açúcar e cereais, bem como pelos maiores volumes para as divisões de etanol na Europa e cana-de-açúcar no Oceano Índico. Da receita anual total, 42,8% é proveniente do segmento de cana-de-açúcar e 57,2% são da divisão de cereais.

CERTIFICAÇÃO

Outra informação dá conta também que a Guarani fará investimentos para obter a certificação socioambiental e econômica da Bonsucro de suas unidades produtivas em Olímpia e Severínia. A expectativa da empresa sucroenergética é obter a certificação na safra 2013/14.

As empresas que recebem o selo Bonsucro ganham condições de atender às exigências criadas na União Europeia pela Diretiva de Combustíveis Renováveis, como a que prevê que 10% dos combustíveis usados no bloco sejam de fontes renováveis.

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