06 de fevereiro | 2011

Capitão determina que efetivo fiscalize UBS diariamente

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O capitão Vinícius Cláudio Zopellari (foto), comandante da 2.ª Companhia da Polícia Militar de Olímpia, afirmou na manhã desta sexta-feira que já determinou a seus comandados que passem diariamente pelo prédio da UBS (Unidade Básica de Saúde) Dr. Clodoaldo Marins Sarti, localizada na avenida dos Constitucionalista de 32, número 525, Jardim Santa Ifigênia, zona norte da cidade, com a finalidade de evitar que pessoas que agem fora da lei, principalmente as envolvidas com o tráfico de drogas, não voltem a ocupar o local conforme vinha ocorrendo.

“O ambiente lá está propício para isso, embora a prefeitura agora informou que na próxima quarta-feira já inicia a obra para a ocupação do prédio e retorno da UBS. Mas com a operação já determinei que o efetivo passe todo dia pelo local e que evite a reocupação de marginais daquela localidade para segurança da população”, disse durante entrevista à imprensa local.


Zopelari explica que a operação surgiu a partir de uma denúncia informal, dando conta de que no local haveria a “prática contumaz de porte e tráfico de entorpecentes”, “A gente desenvolveu uma ação no local e obtivemos êxito em prender dois indivíduos lá no interior, que estavam no telhado embalando e repartindo drogas e mais algumas pessoas suspeitas que estavam defronte à UBS”, acrescentou.


De acordo com o capitão a operação que envolveu a área do Jardim Santa Ifigênia e Guaraci, na área do acampamento dos Sem Terras, durou em torno de cinco horas, começando por volta das 10 horas e encerrado às 15 horas, com a participação de 20 policiais.


“O resultado foi positivo. A gente tenta trabalhar com a sensação de segurança da população e demonstrar que a Polícia Militar está trabalhando para que se impere a lei na cidade”, avaliou.


Também segundo o comandante, a grande maioria da população aplaudiu a ação policial. “Quem estava descontente seria mães de pessoas que estavam sendo identificadas pela polícia e as mães dos marginais que foram detidos”, comentou.


REVIDE

No entanto, a vida não promete ser fácil para a administração pública em fazer a reforma desejada para que a UBS volte a funcionar normalmente, pois um revide, principalmente da parte dos adolescentes infratores, pode ocorrer a qualquer momento.

Essa idéia parte de uma informação divulgada nesta sexta-feira, dia 4, na imprensa local, dando conta de que, durante a operação da PolÍcia Militar, enquanto alguns adolescentes questionavam o que seria feito ali, um deles ameaçou que não deixariam construir nada.


Consta que fazendo gestos com as mãos, gesticulando estar empurrando alguma coisa, esse menor teria dito: “se construírem a gente vem na madrugada nos tijolinhos e …”.


REVEJA O CASO

Como se recorda, na edição do dia 22, esta Folha publicou que fechado e abandonado desde maio de 2010, o local poderia estar sendo usado, tanto para o consumo, quanto para o tráfico de drogas.

As possibilidades das duas situações estarem ocorrendo surgiram a partir de uma reportagem desta Folha, no início da noite do dia 21, por volta das 18h40. Além da afirmação de um senhor que estava parado ao lado de fora, informando que realmente isso ocorre no interior do prédio, o próprio cheiro encontrado no local, estranho a uma pessoa de bem, leva a imaginar que realmente o local esteja sendo usado ilegalmente. Além disso, numa das imagens registradas pela reportagem, em cima do telhado, num ponto onde a telha de amianto está quebrada, pode se notar que há dois pacotes dentro de sacos plásticos brancos, o que também leva a imaginar a situação de tráfico, principalmente em razão do tamanho dos dois embrulhos.


Pode ser que o local seja uma espécie de centro de controle da venda de entorpecentes na avenida dos Constitucionalista de 32, onde, segundo o noticiário diário da polícia local, sempre registra casos do tipo. Afora isso, o estado de abandono já é preocupante.


As pichações predominavam na parede frontal do prédio, não só com inscrições que fazem menção a gangues, mas também a possível incitação à violência.


Na esquerda, para quem está de frente para o prédio, há o desenho de um revólver disparando um tiro, com a inscrição “Vida+Loka”, acima.


No interior do prédio havia muita sujeita espalhada pelo chão e a reportagem encontrou vários pontos de depredação, como vidros, paredes quebradas; pias, portas e vitrôs arrancados; e ainda um aparelho de televisão antigo largado no chão de uma das salas. Em cima da cobertura, o que se vê mais são telhas quebradas.

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