11 de maio | 2008

Área da cana cresce 71% a partir de 2005

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 Porém, essa alteração gerada pela migração da citricultura para a cana-de-açúcar, que segundo o resultado atual já ocupa 54% da área total, foi lenta e gradual. De 2005 para cá, comparando o resultado do Lupa com o que foi encontrado por esta Folha no site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referente ao ano de 2005, a área cultivada com cana cresceu cerca de 71%. No mesmo período, a citricultura perdeu cerca de 29% da área.

No entanto, houve, embora pequena, diversificação da produção agrícola. O coco, por exemplo, é uma inovação. No levantamento do IBGE de 2005 a fruta não constava como sendo produzida no município de Olímpia, o que aconteceu agora, apontando a utilização de pouco mais de 10 hectares divididos em nove propriedades.

Outro dado que chama a atenção no resultado do Lupa é o crescimento da área utilizada como pastagem. Em 1996 era de apenas cinco por cento, ou seja, apenas 3.916 hectares eram utilizados para pastagens. Atualmente, a área ocupada que cresceu três vezes, é de 15,3%, o que representa 11.983 hectares, pouco mais que a laranja, perdendo apenas para a área utilizada para plantar cana.

No entanto, a produção de grãos deixa a desejar. O arroz, por exemplo, que no levantamento do IBGE em 2005 aparecia ocupando 400 hectares, nem mesmo é citado no resultado do Lupa deste ano. O milho também mudou para menor, passando de 2 mil hectares em 2005 para apenas 172 neste ano.

O desinteresse pela diversificação com produtos da área especificamente de alimentação é o único lamento do agrônomo chefe da Casa de Agricultura de Olímpia, Manoel Décio Travaine. Mesmo o crescimento da área plantada com cana-de-açúcar, que para muitos é bastante prejudicial à terra, não o preocupa tanto.

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