12 de abril | 2011

Agricultor baleado conta que acusado trabalhou no escritório dele durante o mês de março

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Os detalhes contados durante depoimento prestado pelo agricultor João Carlos Antoniassi, de 58 anos de idade, ao delegado João Brocanello Neto, na tarde da segunda-feira, dia 11, comprometem ainda mais os dois acusados da tentativa de latrocínio, que foi praticada contra ele na tarde da sexta-feira, dia 8, por volta das 16h30, em seu escritório localizado na rua Dr. Antônio Olímpia, número 1036, centro de Olímpia.

Como se sabe, Wellington Acácio de 26 anos, que reside na rua do Eucalipto, Jardim Luiz Zucca, conhecido por Cohab II, zona sudoeste da cidade, e Leandro de Jesus Piedade, de 23 anos de idade, que reside na rua Ângelo de Quadros Bitencourt, Jardim Santa Ifigênia, zona norte, continuam presos, mas negando participação no crime.

No depoimento, segundo foi divulgado pela polícia, o agricultor confirmou que realiza os pagamentos no escritório e que naquele dia havia sacado a quantia de R$ 56 mil para pagar cerca de 90 funcionários.

Contou que o dinheiro sempre foi separado no escritório e que Wellington, além de já ter prestado serviços para ele, em algumas oportunidades como operador de uma máquina colheitadeira, durante o mês de março trabalhou na pintura do escritório e que, por isso, conhece bem as dependências internas e, principalmente a sala onde está o cofre.

Disse ainda que o nome dele contava na relação dos pagamentos previstos para serem efetuados naquele dia, inclusive que, por volta das 16h30, ouviu o barulho de uma motocicleta chegando e pensou que fosse o funcionário que chegava para receber.

Porém, para sua surpresa entrou um elemento, provavelmente Leandro, usando capacete e armado com um revólver anunciando o assalto. Inicialmente, Antoniasse chegou a dizer que não havia dinheiro no escritório e que os pagamentos tinham sido levados para as propriedades rurais.

Nisso o elemento afirmou que sabia que lá tinha dinheiro que havia sido sacado de um banco e que os valores estavam na sala do cofre e ameaçou atirar no rosto do agricultor.

Antoniassi ainda tentou ganhar tempo e desviar a atenção do elemento e levá-lo em direção à copa, mas o elemento chegou a perguntar dos dois funcionários: o contador Rubens Cláudio Vitorasso, de 57 anos, e o auxiliar de escritório Bruno Henrique Martins, de 24 anos. O elemento ainda afirmou que o cofre ficava na outra sala, demonstrando conhecer o ambiente do escritório.

Consta que o elemento já carregava uma sacola e exigiu que o dinheiro que estava em cima da mesa, fosse colocado nela, totalizando R$ 15.123,00. Quando saia o agricultor, que confirmou ter ficado atordoado saiu atrás do ladrão, mas não na intenção de detê-lo, quando houve o disparo em uma distância de aproximadamente meio metro.

Por isso, ele acredita que o tiro foi para que não reconhecesse Wellington que aguardava na moto do lado de fora. Além disso, segundo o depoimento do agricultor, depois de tudo, a esposa de Wellington, cujo nome não foi divulgado, teria telefonado três vezes perguntando dele porque estava preocupada com ele e isso não ocorria normalmente em outras ocasiões em que ia lá para receber.

CONTINUAM PRESOS
Na cueca de Leandro, na ocasião da prisão, foram encontrados R$ 2.250,00 e no bolso da calça de Wellington havia quatro balas de calibre 22 e duas de festim.

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