Quem é que não gostaria de sentir de novo o calor e o conforto do ventre de nossas mães? Ficar mergulhado nas águas do ventre materno, protegido das agressões externas e próximo da fonte natural da vida. São os mistérios que ainda permanecem escondidos ao Homem.

A filosofia oriental, antiga questionadora desse assunto, elaborou uma técnica terapêutica que recria esse ambiente, de colo de mãe, para proporcionar a seus usuários momentos de proteção e equilíbrio energético, o retorno a fonte da juventude: Ôfuro.

Esta banheira se diferencia das banheiras modernas e ocidentais por sua maior profundidade, enquanto que em uma banheira ocidental a média de profundidade utilizada é de 40 cm, em uma banheira tipo Ôfuro esta medida precisa ser superior a 60 cm. Isso possibilita a quem toma o banho uma imersão total do corpo, levando o corpo a entrar em posição fetal.

As primeiras banheiras foram confeccionadas em metal ou em madeira, e com a evolução e conquista do homem por novos materiais, hoje são produzidas em fiberglass para atender as exigências de limpeza e condições de higiene, além de melhorar a capacidade térmica da banheira.

O banho de Ôfuro, além de atuar e equilibrar as carências emocionais e energéticas, auxiliando no fortalecimento da autoestima, sentimento de segurança e proteção, atua também no equilíbrio da saúde do corpo físico através da ação da temperatura da água do banho, acima da temperatura basal do organismo humano de 36ºC, em torno de 40ºC, que possibilita a eliminação das toxinas, que causam irritação, aumento dos radicais livres que diminuem a vitalidade e provocam dores e cansaço, e através do aumento da transpiração e renovação celular atinge-se o equilíbrio, relaxamento e bem-estar físico e mental.

Esta técnica antiga começa a ser mais difundida agora no Brasil. A nossa miscigenação cultural favorece a absorção desse conceito, afinal, aqui nessa terra, todos de alguma forma são descendentes de índios, negros, brancos e amarelos e cada uma dessas raças trouxe sua colaboração para que nos tornássemos uma raça amante das águas. Somos o povo que mais toma banho neste planeta.

Símbolo de feminilidade, a água reúne as condições físicas e energéticas para acolher, proteger, gerar e nutrir a vida. Quando ela se encontra aquecida, em um recipiente que se assemelha em forma com o ventre materno, cria as condições terapêuticas necessárias para transformar um simples banho de imersão em um mágico momento de amor transformação, chamado de banho de Ôfuro.