25 de setembro | 2017
Sem medo de orientar sobre a sexualidade
A adolescência é uma fase importante no crescimento humano e não precisa ser necessariamente uma “fase difícil” ou “aborrecente”.
A orientação é fundamental, principalmente quanto à sexualidade. É aí que entram as conversas sobre o uso de anticoncepcionais e planejamento familiar.
Apesar de toda a informação disponível sobre métodos contraceptivos, ainda há muito por fazer. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 16 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano. E a gravidez precoce é apenas um dos aspectos a serem abordados na educação dos jovens, importante também abordar as doenças sexualmente transmissíveis.
No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a quantidade de partos realizados em meninas entre os 10 e 19 anos caiu 22,4% nos últimos anos. Mas ainda assim, ainda é considerado grande o número de adolescentes que se tornaram mãe. Para evitar uma gravidez inesperada é importante que a garota seja encaminhada ao ginecologista e receba orientações desde cedo.
A adolescente deve iniciar suas consultas com um ginecologista logo após a primeira menstruação, pois nesta fase surgem diversos questionamentos, inseguranças e, muitas vezes, é quando as garotas iniciam sua vida sexual. As consultas seguintes devem acontecer anualmente, para acompanhamento, mas também podem ser agendadas antes, quando houver a necessidade de explicações sobre sexualidade ou surgir algum incômodo. É importante que a jovem tenha confiança neste especialista, o questione e permita que ele esclareça suas dúvidas, tais como o significado da menstruação, fecundidade, doenças sexualmente transmissíveis e a oriente sobre os diferentes métodos anticoncepcionais.
Outra situação é considerada alarmante pelos especialistas, muitas meninas não usam métodos anticoncepcionais por pura inconsequência. E muitas, quando utilizam, optam pelos métodos prescritos pelo médico de uma amiga. O ideal é que a adolescente procure um ginecologista antes de iniciar sua vida sexual. Este especialista vai verificar como está a sua saúde, prescrever o contraceptivo mais apropriado e explicar sobre a importância da prática do sexo seguro, livre de doenças com o uso frequente de preservativos, evitando também uma gravidez não programada.
É fundamental o apoio da família, especialmente da mãe, neste processo.
E opções de contraceptivo não faltam. Existem anticoncepcionais com baixas dosagens hormonais, menos agressivos ao organismo e com pouco ou nenhum efeito colateral, estes seriam os mais indicados para esta fase da vida. Além de proteger contra uma gravidez indesejada, a pílula regulariza o ciclo menstrual, diminui as cólicas, a acne e a TPM, muito comuns na adolescência, mas sempre seguindo a recomendação do ginecologista.
Para garantir sua eficácia, é importante que a pílula seja tomada diariamente, sem esquecimentos, preferencialmente sempre no mesmo horário.
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