14 de julho | 2023

Os segredos escondidos numa xícara de café

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Afinal, o café pode fazer mal à saúde?

Poucos produtos têm sido tão estudados como o café. Com efeito, ele é objeto de incessantes pesquisas em diversos domínios: sua influência sobre o sistema nervoso, sobre o sistema cardiovascular e digestivo, sobre as taxas de sódio, colesterol etc.

Muitas vezes essas pesquisas foram fontes de controvérsia e debates. Nos Estados Unidos, em 1980, a Food and Drug Administration aconselhou às mulheres grávidas que limitassem ou mesmo evitassem o consumo de café. Naquela época, suspeitava-se que a substância fosse responsável por malformações nos recém-nascidos.

Todo mundo sabe que o consumo do café à noite pode eventualmente dificultar o sono. A cafeína perturba o adormecimento e diminui o sono profundo. Os efeitos variam de um indivíduo a outro e dependeriam do número de xícaras consumidas durante o dia.

Diversos estudos evidenciam que a cafeína desencadeia a ansiedade. Essa manifestação se verifica principalmente em indivíduos predispostos. Assim, em pessoas particularmente vulneráveis, a ingestão de uma xícara pode provocar esse tipo de perturbação.

A cafeína está presente em alguns medicamentos analgésicos, potencializando o efeito desses produtos, e particularmente vem em numerosos remédios contra dores de cabeças. Possui uma ação vasoconstritora ao nível do cérebro.

Quantidades moderadas de café (uma a três xícaras por dia) podem acelerar ou diminuir a frequência cardíaca, de acordo com cada indivíduo. Além dessas quantidades, o coração tende a bater mais depressa.

O café estimula a vesícula biliar, favorecendo suas contrações. Em casos de úlcera gástrica, essa bebida não pode ser considerada responsável. Entretanto, é aconselhável que se evite o café durante a fase aguda da úlcera.

Os médicos também recomendam às grávidas que moderem o consumo de café. A cafeína absorvida durante a gravidez (acima de três xícaras ao dia) poderia fazer diminuir as taxas de hemoglobina durante as primeiras semanas da vida do recém-nascido. Pesquisas demonstram que a cafeína potencializa a ação de algumas substâncias responsáveis pela má formação de fetos, tais como nicotina, álcool e irradiações.

Também é aconselhável que a mãe que esteja amamentando não beba mais de suas xícaras de café por dia. A concentração máxima de cafeína no leite materno surge cerca de uma hora depois da absorção do café. A recomendação é que ela só beba café depois de amamentar. A cafeína provoca no bebê irritabilidade e insônia.

A absorção de quantidades muito grandes de cafeína traz o risco de provocar alguns distúrbios, como estado de agitação, insônia, aumento de frequência cardíaca etc. O abuso pode fazer com que surja até estado de confusão mental, mas a intoxicação varia sensivelmente de acordo com cada indivíduo. Entre os adultos, estima-se que pode ser fatal ir além das 75 xícaras de café.

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