23 de janeiro | 2024

HPV: a importância da prevenção e vacinação

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O HPV (Papiloma Vírus Humano) é uma ameaça silenciosa que ronda nossas vidas, afetando tanto mulheres quanto homens. Este vírus, associado ao câncer de colo de útero, revela-se poderoso ao infectar a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões precursoras de câncer em diversas áreas do corpo, incluindo garganta e ânus.

Uma característica preocupante do HPV é sua capacidade de permanecer incubado por até um ano, ou mesmo inativo indefinidamente, podendo contaminar mesmo durante essa fase. Quando se manifesta, geralmente na forma de verrugas, a infecção requer tratamento imediato, sendo fundamental que a pessoa infectada e seu parceiro ou parceira iniciem o tratamento simultaneamente.

Classificado como uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), o HPV é considerado particularmente grave. Além do aparecimento de verrugas, outros sintomas podem se manifestar, tornando essencial procurar assistência médica imediata. Apesar do tratamento ser desafiador devido à resistência das lesões, é importante destacar que existem opções terapêuticas eficazes.

Para prevenir o HPV e outras DSTs, medidas como evitar múltiplos parceiros sexuais e sempre utilizar preservativo são indispensáveis. No entanto, a ferramenta mais eficaz é a vacina, recomendada para jovens entre 9 e 26 anos. Administrada em três doses, a vacina tem uma taxa de sucesso de 95% na proteção contra os principais causadores do câncer associado ao HPV, incluindo a variante quadrivalente, que também protege contra os vírus que provocam verrugas genitais.

Embora exista alguma hesitação em algumas famílias quanto à aplicação da vacina em meninas a partir dos 9 anos, é crucial combater o preconceito. Os pediatras enfatizam que a prevenção não tem idade, e essas meninas certamente agradecerão por esse cuidado em sua fase infantil.

Além da vacinação, é fundamental que as mulheres mantenham uma rotina de visitas ao ginecologista para exames preventivos. A vacinação não substitui a necessidade desses exames, como o Papanicolau, que, embora não detecte o vírus, verifica alterações celulares que podem indicar contaminação pelo HPV. Outros exames, como a Colposcopia e peniscopia para homens, podem ser realizados quando necessário, seguidos, se necessário, pela biópsia para análise mais detalhada.

A detecção precoce e o tratamento imediato são cruciais na abordagem do HPV. A conscientização sobre a importância da prevenção, da vacinação e dos cuidados regulares de saúde são passos fundamentais para lidar com essa ameaça à saúde.

 

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