22 de agosto | 2023

Explorando os Sons do Silêncio: Compreendendo a Complexidade da Surdez

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A deficiência auditiva é a condição sensorial mais prevalente na sociedade. De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, a cada mil nascimentos, três crianças enfrentam desafios relacionados à audição. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registra que cerca de 15 milhões de brasileiros convivem com essa condição. Os principais responsáveis por esses casos são a rubéola contraída durante a gestação e o processo de envelhecimento.

Embora existam métodos eficazes para a identificação precoce de deficiências auditivas desde o nascimento, como a análise das emissões otoacústicas, conhecido como “teste da orelhinha”, a média de idade na qual a surdez é detectada ronda os quatro anos. Algumas cidades, como Brasília, Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, já tornaram esse teste obrigatório nas maternidades.

As causas principais da surdez podem ter início durante a gravidez, como infecções maternas (rubéola, toxoplasmose, sífilis, herpes), uso de substâncias ortotóxicas, incompatibilidade sanguínea do fator RH entre mãe e filho, além de fatores hereditários.

Para recém-nascidos, a surdez pode ser originada por histórico familiar de deficiência auditiva congênita, infecções congênitas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes), anomalias craniofaciais, peso ao nascer inferior a 1500 gramas, entre outras.

Na vida adulta, a surdez pode surgir devido a infecções bacterianas e virais (meningite, caxumba, sarampo), infecções no ouvido, medicamentos ototóxicos, exposição a produtos químicos, traumas cranianos, exposição a ruídos, presbiacusia (diminuição da audição devido ao envelhecimento) e doenças que afetam a circulação sanguínea no ouvido interno, como diabetes, hipertensão e níveis elevados de colesterol.

Muitas vezes, a perda auditiva na vida adulta é percebida gradualmente. A falta de informação e o estigma podem impedir que as pessoas busquem ajuda, apesar das soluções disponíveis, como aparelhos auditivos e cirurgias.

Em adultos, sinais de perda auditiva podem incluir dificuldade em entender conversas, assistir TV ou ouvir rádio em alto volume, secreção no ouvido, zumbido, isolamento e fala elevada.

Para bebês e crianças, sinais de alerta incluem a incapacidade de acordar com sons fortes, dificuldade em formar frases simples por volta dos dois anos, aumento no volume de dispositivos sonoros, dificuldade em localizar a origem dos sons, busca por contato visual ao se comunicar, desafios de aprendizado, falta de concentração e erros fonéticos na fala ou escrita.

Prevenção inclui vacinação contra rubéola antes da gravidez, exames pré-natais durante a gestação, imunização infantil contra sarampo, meningite e caxumba, realização do “teste da orelhinha” em recém-nascidos, evitar exposição a ruídos e usar protetores de ouvido quando necessário, além de proteção auditiva para trabalhadores expostos a sons intensos, com exames auditivos regulares.

Em caso de suspeita de alteração auditiva, transitória ou permanente, é crucial buscar avaliação de um médico otorrinolaringologista, especializado em problemas do nariz, ouvido e garganta. Posteriormente, é recomendável a realização de exames audiológicos, geralmente conduzidos por um fonoaudiólogo.

 

 

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