01 de fevereiro | 2016

E já começaram as gravações de “Velho Chico”

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Cena de “Velho Chico”, na qual Afrânio, personagem de Rodrigo Santoro, chega ao sítio de Aracaçu / Sergio Zalis-RG

O diretor Luiz Fernando Carvalho dirigindo as gravações das primeiras cenas da novela “Velho Chico” realizadas no Nordeste / Caiuá Franco-RG

 

 

 

Após 12 anos longe da telinha global, Rodrigo Santoro assinou contrato para fazer a primeira fase de “Velho Chico”, novela de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi. Dirigida por Luiz Fernando Carvalho, a próxima trama das nove se passa no sertão nordestino e trará como tema central a saga de uma família que vive em torno do rio São Francisco. Contada em duas épocas diferentes, a primeira fase do folhetim se passará em 1968 e terá 18 capítulos. O personagem de Rodrigo será o protagonista do enredo que, na segunda fase, 20 anos depois, será interpretado por Antonio Fagundes. “Fiquei muito feliz com o convite do Luiz Fernando, que é um grande parceiro, e com a oportunidade de trabalhar com o Benedito. Acho que vai ser um reencontro com o público e com a Globo, que foi onde eu comecei. Faz tempo que sinto saudade de trabalhar em casa”, comentou Rodrigo.

E como a Globo não cochila, as gravações da nova novela já começaram e estão de vento em polpa. Tudo para fazer bonito e agradar o telespectador que está ansioso com uma novela, cuja trama se passa longe do eixo Rio-São Paulo.

O sertão nordestino está sendo o palco principal do início das gravações da novela. Desde os primeiros dias deste ano, o interior de Alagoas, mais precisamente em Olho D´água do Casado, o diretor Luiz Fernando Carvalho comandou as primeiras cenas com os atores Chico Diaz e Cyria Coentro, que interpretam respectivamente os retirantes Belmiro e Piedade. Em seguida, parte da equipe viajou para o Rio Grande do Norte, Baraúna, onde Rodrigo Santoro fez os primeiros takes como o coronel Afrânio. Outros atores, como Marina Nery, Rodrigo Lombardi, Fabíula Nascimento, Carlos Betão também já iniciaram seus trabalhos.    

Ao total, entre os meses de janeiro e fevereiro, serão gravadas cerca de 500 cenas, que estão acontecendo em três frentes de gravações simultâneas, dirigidas por Luiz Fernando Carvalho, Carlos Araújo, Gustavo Fernandez e Philippe Barcinski. Entre as locações escolhidas estão: São Francisco do Conde, Raso da Catarina e Cachoeira, na Bahia; Baraúna, no Rio Grande do Norte; Povoado Cabloco e Olho D´água do Casado, em Alagoas. Dez caminhões saíram abastecidos do Rio de Janeiro rumo ao Nordeste para estas gravações. Só de figurino foram três toneladas divididas em 3 caminhões e outra parte que foi despachada por avião. Entre os itens estavam: vestuário, acessórios, máquina de costura e até fogão para tingimento.

A gravação da novela, que reúne uma equipe de trabalho de 120 pessoas, está movimentando as cidades por onde passa. Em São Francisco do Conde (BA), por exemplo, a produção contratou todo tipo de mão de obra local, incluindo serralheiros, artesãos, pescadores, barqueiros, entre outros. Isso sem contar com os profissionais de produção, técnica, atores e figuração. Só para selecionar as participações especiais dos capítulos iniciais de “Velho Chico” foram realizados mais de 400 testes nas locações fora do Rio de Janeiro, totalizando a escalação de 70 atores. E cerca de 70% do elenco principal também é do Nordeste.  

“Velho Chico” pretende mostrar uma grande história de amor, uma saga familiar que atravessa gerações. A novela narra o amor maior: pelo rio São Francisco, pelo Brasil, pela natureza e que vai se revelar na grandeza do sentimento entre Maria Tereza (Isabella Aguiar/Julia Dalavia/ Camila Pitanga) e Santo (Rogerinho Costa/Renato Góes/Domingos Montagner). Do outro lado das margens desses amores habita a ganância, a ambição desenfreada, o coronelismo arcaico, ainda muito presente em nosso país: a paixão pelo poder a qualquer custo.

Amores proibidos capazes de balançar estruturas antigas em uma jornada emocional pelo Brasil profundo. “É um reencontro com a brasilidade, com a história do nosso país e de sua gente, dos amores puros e dos desencontros, uma declaração de amor à nossa terra, contada com uma emoção brasileira, nossa! Um romance que começa na década de 60 e desemboca numa atualidade cercada de contradições. Uma novela de amor, mas também emoldurada por uma crítica social”, destaca o diretor Luiz Fernando Carvalho.

Uma história que mostra a cultura arcaica dos coronéis, com suas fazendas produtoras de algodão erguidas muitas vezes em circunstâncias que oprimiram o povo nordestino. Nos dias de hoje, seus herdeiros formados em novas tecnologias do solo, habituados ao uso de novos procedimentos, buscam o reequilíbrio da natureza e consequentemente um mundo melhor e mais justo para todos. Essa é a nova geração de “Velho Chico”, chamado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho de "admirável mundo novo".

O enredo do romance entre herdeiros de famílias rivais se entrelaça à trajetória de luta pelo renascimento do Rio São Francisco. A saga tem início no final dos anos 60, na fictícia Grotas de São Francisco, e se estende até os dias de hoje. A briga familiar, que começou pelas águas e avançou pelas terras, perde o sentido para a nova geração, mas nem por isso a rivalidade deixa de existir e de impedir que antigos amores interditados pela família se reencontrem.

Com estreia prevista para março, estão também no elenco de “Velho Chico” Tarcísio Meira, Selma Egrei, Marcos Palmeiras, Letícia Sabatella, Marcelo Serrado, Irandhir Santos, Dira Paes, Umberto Magnani, entre outros.

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