Os pets estão na moda. Talvez nunca antes tenha sido falado tanto em cães e gatos, citando apenas os mais populares, como bichinhos de estimação. Excelente que tenha sido levantada a bandeira quanto aos maus tratos; excelente que um número cada vez maior de pessoas fique indignado com o desrespeito à integridade dos animais, proteste e cobre da esfera pública a formulação de leis que realmente protejam os animais.

Um número cada vez maior de pessoas considera os seus cães e gatos como membros da família. E não tem nada de errado nisso. Cada um é livre para amar a quem quiser e como quiser.

Principalmente os cães se transformaram em companhia para tudo e são levados para passeios e acompanham seus tutores em todas as suas atividades de lazer – ou em quase todas. E como vão felizes os nossos pets caninos. Eles levam alegria por onde passam. Bom, alguém poderia lembrar que nem tudo é tão bonito assim no tal passeio com os cães quando seus tutores fingem que não enxergam que o bichinho fez cocô, ou está urinando onde não deveria. Os tutores deveriam recolher as fezes… mas, esta é outra discussão.

O ponto aqui é outro. Quem costuma levar o seu cãozinho consigo em todos os lugares será que tem direito de impor a presença do pet quando visita amigos, por exemplo? Será que não seria oportuno o tutor consultar antes se pode, ou não, levar o pet consigo? É, consultar seria o primeiro passo em direção à boa convivência entre as pessoas.

A regra não se aplicaria somente aos amigos, mas aos familiares também. O respeito em primeiro lugar. Na casa da avó pode tudo, mas nem tudo.  Geralmente, quando o cãozinho chega a algum ambiente diferente, marca território urinando em alguns pontos, que pode ser no pé de móveis, em tapete, vasos, roda de veículos. Nenhuma avó merece isso; ninguém merece isso.  O pet não tem culpa, é da natureza dele.

O que não está certo é impor a presença do seu pet na casa dos outros; o que não está certo é achar ruim se alguém argumenta que o cãozinho não poderá te acompanhar porque na casa tem gatos, por exemplo. Ou não poderá ir porque é um apartamento e talvez não comporte a presença de um cãozinho.

É urgente criar leis que protejam os pets e que realmente punam os agressores, seja lá qual for o tipo de agressão. Mas, é também urgente que os tutores exerçam o seu bom senso no relacionamento com outras pessoas – mesmo com as pessoas da família.