29 de abril | 2012

Cuidado com a audição deve começar cedo

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Da Redação/GB Edições

Dificuldade para ouvir é um problema que atinge bem mais pessoas do que imaginamos. Esta deficiência interfere na qualidade de vida da pessoa atingida e também na qualidade de vida dos seus familiares, se ela não for devidamente atendida. Felizmente, é possível reverter esta situação.

Estimativas do Ministério da Saúde indicam que, a cada mil nascimentos, três são de crianças com dificuldades auditivas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 15 milhões de brasileiros apresentam o problema. A rubéola adquirida pela mãe na gravidez e o envelhecimento são responsáveis pelo maior número de casos. Exposição ao barulho e o uso de medicamentos ototóxicos também podem causar limitação da audição.

Embora existam métodos efetivos para se detectar deficiências auditivas desde o nascimento, como o estudo das emissões otoacústicas, o chamado teste da orelhinha, a média de idade de detecção da surdez é por volta dos quatro anos. Cidades como Brasília, Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro já tornaram o teste obrigatório em suas maternidades.

Nos adultos, muitas vezes a perda auditiva demora a ser percebida. A falta de informação e o preconceito também fazem com que a maioria das pessoas afetadas não tome providências, apesar dos recursos e tratamentos disponíveis, como cirurgias e aparelhos auditivos.

A audição é fundamental para o aprendizado e desenvolvimento da fala e da linguagem. Estudos da Universidade do Colorado (EUA) comprovam que o diagnóstico precoce e a intervenção médica iniciada até os seis meses de idade garantem à criança afetada pela doença o desenvolvimento comparável à de crianças sem deficiência. Em adultos, principalmente entre os idosos, a perda auditiva acarreta problemas como isolamento social e depressão.

É bom saber quais são os fatores comportamentais que podem sugerir problemas de audição. Quando bebês, eles não acordam com barulhos fortes, como uma porta batendo, por exemplo; não vira a cabeça quando é chamado.

Quando estão mais crescidos, por volta de dois anos de idade, não conseguem formar frases simples; aumentam o volume de aparelhos sonoros; não conseguem localizar de onde vem o som; buscam contato visual para se comunicarem; têm dificuldade no aprendizado; têm dificuldade de concentração.

Em adultos e idosos, a indicação é clara. Eles apresentam dificuldade de entender o que está sendo dito; ouvem os aparelhos sonoros em volume muito alto; às vezes têm secreção nos ouvidos; relatam barulho ou zumbido no ouvido; falam muito alto; se isolam dos demais.

Para prevenir, as mulheres devem ser vacinadas contra a rubéola antes de engravidar; durante a gestação é importante fazer os exames pré-natais; os recém-nascidos devem fazer o teste da orelhinha; as crianças devem ser vacinadas contra sarampo, meningite e caxumba; os trabalhadores expostos a ruídos devem usar equipamentos de proteção auditiva e fazer exames específicos com frequência.

É essencial que a qualquer sinal de perda auditiva, deva ser procurado o médico especialista. Quanto mais precoce for a detecção do problema, maior será a eficiência do tratamento.

Lembrando que o SUS – Sistema Único de Saúde – através de suas parcerias poderá oferecer tratamento e aparelhos auditivos. Informe-se no Centro de Saúde de sua cidade.

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