08 de agosto | 2016

Balaio cultural na nova novela da Globo

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Pela primeira vez em sua carreira artística Bruno Gagliasso não precisará esconder com maquiagem suas inúmeras tatuagens. É que Mario, seu personagem em “Sol Nascente”, exibe várias delas pelo corpo / Ramón Vasconcelos-RG

Ralf, personagem de Henri Castelli, é um tatuador profissional em “Sol Nascente” e vai ostentar nada menos que 22 tattoos. O processo de aplicação das tatuagens leva cerca de três horas e os desenhos chegam a permanecer por 5 a 7 dias no corpo do ator / Ramón Vasconcelos-RG

 

 

A Globo está apostando numa mistura de raças, etnias, tribos, cores e sabores para incrementar a trama de “Sol Nascente”, que está sendo escrita por Walther Negrão, Júlio Fischer e Suzana Pires; é um verdadeiro balaio cultural para segurar a audiência do horário das 18 horas, quando no final deste mês acabar “Êta Mundo Bom!”, sucesso de público e crítica.

Italianos, japoneses, uma comunidade de pescadoras, tatuadores, roqueiros, surfistas, motociclistas. Todos esses tipos se encontraram no fictício Arraial de Sol Nascente, proporcionando às equipes de cenografia e produção de arte da novela um universo rico em diversidade e detalhes.

Como acontece numa boa família italiana, animação, cumplicidade, amor e comida farta não vão faltar no núcleo da família De Angeli. Uma casa italiana, com certeza! Mamma mia! Pães, massas e doces de dar água na boca. As baguetes, bisnagas e os pães italianos serão o carro-chefe da padaria “Pane Madre”, de Geppina (Aracy Balabanian) e Gaetano (Francisco Cuoco), e gerenciada pelo filho, Vittorio (Marcello Novaes). Entre os destaques, o cannolli, um canudo recheado de ricota, bastante apreciado na Itália, e um dos preferidos da família. A matriarca Geppina é uma expert na sobremesa.

Já para a casa de Tanaka (Luis Melo), o patriarca da família japonesa, o clima minimalista dá o tom do cenário. Como vive há mais de 50 anos no Brasil, o diferencial é a mescla de elementos e objetos das duas culturas. “Tanaka trouxe a alma japonesa para o Brasil e se adaptou também ao país. Ainda cultiva a serenidade, o jeito metódico e detalhista. E essa harmonia está presente também em sua casa”, explica o cenógrafo Gilson Santos.

Os amigos Alice (Giovanna Antonelli) e Mario (Bruno Gagliasso), apesar de personalidades diferentes, têm em seus figurinos a modernidade em comum.  Alice prefere roupas mais elegantes sem deixar de lado a ousadia, Mario adota o estilo despojado. “Ele é o nosso James Dean”, define a figurinista Labibe Simão. Jeans, camisetas, coturnos, jaqueta de couro e acessórios como pulseiras e anéis dão o tom do personagem que também é motociclista. Para Alice (Giovanna Antonelli), que passa dois anos estudando no Japão, há uma influência da cultura do país nas roupas e acessórios. “O guarda-roupa dela inclui calça tipo flare, uma releitura de um quimono tradicional japonês e os acessórios também são diferentes, como um colar longo de duas voltas mesclando com um visual mais simples”, adianta Labibe.  Giovanna conta que está adorando as combinações de culturas. “O interessante é a mistura inusitada e a forma diferente de usar peças que já conhecemos. Estou encantada com esse estilo e com a influência da cultura japonesa no figurino e acessórios”, explica a atriz.

As tatuagens também terão lugar de destaque na novela. Ralf, por exemplo, o tatuador vivido por Henri Castelli, vai ostentar nada menos que 22 tattoos espalhadas pelo corpo. “O processo de aplicação das tatuagens leva cerca de três horas e os desenhos chegam a permanecer por 5 a 7 dias no corpo”, explica a caracterizadora Gilvete Santos, que utiliza uma película de silicone e caneta própria para tatuagem para fixar os desenhos. Outros personagens tatuados são Lenita (Leticia Spiller), Felipe (Marcelo Faria), e Mario (Bruno Gagliasso). Bruno, inclusive, vai assumir todas as suas verdadeiras tattoos. “Pela primeira não vou precisar esconder com maquiagem”, conta o ator.

Já Lenita (Leticia Spiller), dona do “Rota 94”, o bar que é ponto de encontro dos jovens e motociclistas de Arraial do Sol Nascente, abusa das peças de couro, calças justas, colares pratas, correntes e muitos anéis. “Estou gostando também do cabelo, do visual. Dá um pouco mais de trabalho porque a raiz está com um tom avermelhando, então precisa retocar e tratar mais”, explica Leticia.
Ponto de encontro de jovens e moradores da cidade, o “Rota 94” foi construído num espaço da cidade cenográfica que mescla uma estrutura de demolição com a modernidade da decoração inspirada nos bares temáticos americanos de motociclistas.

Para as caiçaras, o grupo de mulheres negras liderado por Chica (Tatiana Tibúrcio), e que conta também com Dora (Juliana Alves), Júlia (Erika Januza) e Vanda (Cinara Leal), foram confeccionadas várias redes e cestos que auxiliam na pesca em cena. As atrizes também aprenderam a caçar caranguejos e treinaram o movimento de jogar a rede corretamente no mar para pescar. “Como elas se sustentam através da pesca artesanal, é importante termos elementos que retratam essa realidade do grupo”, explica Nininha.

Como Arraial do Sol Nascente é um balneário turístico e charmoso, repleto de praias paradisíacas, reúne também muitos jovens praticantes de esportes. Tanto que foram confeccionadas quatro pranchas de stand up padle especialmente para as personagens das irmãs Yumi (Jacqueline Sato) e Hirô (Carolina Nakamura). A de Yumi tem estampas exclusivas florais e a de Hirô, formas geométricas com listras e bolas. Dois caiaques e 12 pranchas de surfe também são usados nas gravações.

Somente assistindo os capítulos de “Sol Nascente” para saber qual será o resultado desse balaio cultural!

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