CALÚNIA? INJÚRIA? DIFAMAÇÃO?
Prefeita e equipe registram boletim de ocorrência por calúnia, injúria e difamação em face do açougueiro, o qual, segundo levantamento feito pela polícia civil, reside no município de Catanduva.

No dia 21 de junho de 2024, a Delegacia de Polícia de Severínia registrou um boletim de ocorrência relatando ataques caluniosos direcionados à prefeita Gláucia Emília Scatolin e outros membros da administração municipal. Os ataques ocorreram em diversos grupos de WhatsApp, nos quais foram feitas falsas imputações de crimes e ataques caluniosos contra a gestão pública da cidade.

Segundo o BO, as investigações revelaram que Lucas Donizete Leoncini, açougueiro residente em Catanduva, ligado ao atual vice-prefeito, Guilherme Sichieri, pré-candidato a prefeito, estava por trás dos ataques. Leoncini utilizou o pseudônimo “Giovanni Albernazzi” para publicar áudios e textos ofensivos. Entre os grupos onde os ataques foram disseminados estão “Aqui é Guilherme”, “Políticos Severínia” e “Sivirinia chique chique”.

CONTEÚDO DAS MENSAGENS

Os áudios e mensagens de Leoncini continham várias acusações, entre elas a alegação de que a gestão da saúde municipal, sob a liderança da secretária Joceli Perpetua Da Silva Dos Reis, estava envolvida em desvio de verbas e corrupção. As mensagens também fizeram referências pejorativas ao ex-diretor do Pronto Socorro Municipal ao afirmar categoricamente que o mesmo teria recebido valores indevidos enquanto estava à frente do Pronto Socorro Municipal. Outros membros da administração, como a chefe de gabinete Brenda Carolina Reis Carneiro e a secretária municipal de meio ambiente Alexssandra Maria Fornazari de Oliveira, também foram atacadas nos grupos de WhatsApp.

As vítimas, incluindo a prefeita Gláucia Scatolin, registraram a ocorrência por calúnia, injúria e difamação. No boletim de ocorrência, Scatolin relatou que inicialmente as figuras públicas da cidade relevavam as brincadeiras feitas nos grupos de WhatsApp. No entanto, a situação extrapolou com a entrada de Leoncini nos grupos, que começou a disparar acusações sérias e difamatórias.

TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS

Em um dos áudios, Leoncini, se passando por “Giovanni Albernazzi”, acusa a administração de Gláucia de corrupção e má gestão dos recursos públicos, especialmente na área da saúde. Ele mencionou nomes de funcionários e fez descrições pejorativas, utilizando termos ofensivos para descrever suas capacidades profissionais e éticas.

O boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de Severínia detalha as acusações e as ações tomadas pela polícia para identificar o autor dos ataques. O documento menciona as vítimas e o autor, descrevendo os crimes consumados de calúnia, difamação e injúria, conforme os artigos 138, 139 e 140 do Código Penal.

A polícia conseguiu identificar Lucas Donizete Leoncini como o autor das mensagens após uma investigação que utilizou técnicas modernas de rastreamento digital. Leoncini está ligado à ala política de Guilherme Sichieri, que é o atual vice-prefeito, mas também pré-candidato a prefeito contra a atual prefeita.

PROCEDIMENTOS LEGAIS

Todas as vítimas foram orientadas sobre o prazo de seis meses para o oferecimento de queixa-crime. O prazo começa a contar a partir da data de conhecimento da autoria dos fatos, não da data do crime. As vítimas, após serem informadas sobre seus direitos, assinaram o boletim.

A prefeita Gláucia Scatolin, em entrevista, disse: “Estamos tomando todas as medidas legais para que esses ataques não fiquem impunes. A administração pública deve ser respeitada e qualquer acusação deve ser feita dentro dos trâmites legais.”

Brenda Carolina Reis Carneiro, chefe de gabinete, também se pronunciou: “As acusações feitas são graves e infundadas. Não vamos permitir que nossa honra e trabalho sejam desrespeitados dessa maneira.”