26 de setembro | 2024
VEREADORES AMEDRONTADOS PELO PREFEITO PODEM VOTAR A FAVOR DA CONCESSÃO E NÃO DA CONSTRUÇÃO DO “HOSPITAL FANTASMA”
Prefeito Fernando Cunha tenta, segundo fontes, forçar a aprovação da concessão de um hospital ainda não construído para a Santa Casa, entidade endividada e sem capacidade de gestão. Vereadores enfrentam ameaças e pressão política.
Na edição do podcast Pod Pai e Filha, transmitido na quinta-feira, 26 de setembro, José Antônio Arantes e Bruna Arantes trouxeram à tona uma questão grave: o prefeito Fernando Cunha estaria pressionando vereadores de Olímpia para que aprovem, a qualquer custo, a concessão do “Hospital Fantasma” para a Santa Casa de Misericórdia da cidade. O hospital, que ainda nem começou a ser construído, já está no centro de uma polêmica sobre sua gestão futura.
Os apresentadores do podcast denunciaram que a pressão sobre os vereadores é grande, com ameaças diretas e indiretas, inclusive nas redes sociais. “Essa cidade virou a terra da ameaça. O prefeito está usando de toda a sua influência para manipular a opinião pública e forçar os vereadores a votarem a favor de um projeto que beneficia seus interesses pessoais”, afirmou José Antônio. “Ele está jogando sujo, e quem está sofrendo com isso é a população”, completou Bruna.
A CONCESSÃO DO HOSPITAL FANTASMA
A proposta que está sendo pressionada na Câmara é a concessão do novo hospital, que sequer foi construído, para a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, uma instituição endividada e considerada um “poço sem fundo”. Segundo informações reveladas no podcast, o prefeito tenta empurrar goela abaixo essa concessão para que a Santa Casa administre a nova unidade hospitalar, mesmo sem ter condições financeiras ou estruturais de fazê-lo.
José Antônio explicou a gravidade da situação: “O problema não é a construção do hospital, que está sendo usado como ameaça pelo prefeito, usando seus bate-paus para espalhar que os vereadores são contra a construção do hospital. Isso já está decidido. O que está sendo discutido é a concessão de um hospital que ainda nem existe para uma entidade cheia de dívidas e má administração.” Ele comparou o caso à concessão do Daemo para a Sabesp, afirmando que o que o prefeito quer fazer agora é algo semelhante, entregando o hospital para uma instituição problemática e colocando o futuro da saúde municipal em risco.
O IMPACTO DAS AMEAÇAS NAS REDES SOCIAIS
Durante o podcast, foi mencionado que vereadores estão sendo intimidados e ameaçados por meio de redes sociais e campanhas mentirosas, caso não aprovem o projeto. “Tem três ou quatro ‘bate-paus’ nas redes sociais que estão sujando a imagem dos vereadores, dizendo que eles são contra a construção do hospital, quando, na verdade, são contra essa concessão absurda”, comentou José Antônio.
O vereador Sargento Tarcísio, candidato a prefeito de Olímpia e um dos poucos a se opor abertamente à concessão, foi alvo de ataques, segundo o podcast. “Tarcísio foi o único que se posicionou contra, e por isso está sendo massacrado nas redes. Ele está sendo retratado como inimigo da saúde pública, quando, na verdade, está defendendo os interesses da população”, afirmou Bruna.
O PLANO DO PREFEITO PARA CONTINUAR NO PODER
Um dos pontos mais discutidos no programa foi a suspeita de que o prefeito Fernando Cunha estaria tentando garantir o controle da Santa Casa, mesmo após deixar o cargo. Segundo José Antônio, a estratégia do prefeito seria utilizar seu “fantoche”, o candidato a prefeito Luiz Alberto Zacarelli, para continuar controlando a instituição e, consequentemente, a saúde municipal. “Nada me tira da cabeça que o prefeito quer administrar o hospital através de seu fantoche. Ele já deve ter consciência de que perdeu a eleição, mas está preparando o terreno para continuar influenciando tudo de longe”, afirmou José Antônio.
Zacarelli, que é provedor da Santa Casa (está afastado para disputar a eleição) e tem fortes laços com Cunha, foi criticado por não comparecer ao podcast para se defender. “Temos um candidato fujão. Ele não apareceu aqui porque sabe que seria confrontado com a verdade”, disse José Antônio. “Ele é o pau-mandado do prefeito.”
O SILÊNCIO DOS OUTROS VEREADORES
A maioria dos vereadores de Olímpia tem mantido silêncio ou se mostrado favorável ao projeto de concessão, o que, para José Antônio e Bruna, é um sinal de que eles estão sendo intimidados pelo prefeito. “Os vereadores estão com medo do ditador. Estão com medo de perder seus cargos, de terem suas campanhas prejudicadas”, comentou José Antônio. Ele destacou que muitos vereadores têm familiares empregados em cargos públicos e que o prefeito usa isso como moeda de troca para garantir lealdade.
Bruna ressaltou o papel do Ministério Público, que, segundo ela, deveria intervir. “Cadê o Ministério Público? Cadê a Justiça? A população está sendo enganada, e ninguém faz nada. O prefeito está controlando tudo, e os vereadores estão com medo de reagir”, afirmou.
UMA CIDADE SOB O DOMÍNIO DO “DITADOR”
José Antônio foi além, comparando a administração de Fernando Cunha a um regime ditatorial. “Esse cara é um ditador, um verdadeiro Mussolini. Ele governa com ameaças e manipulação. Olímpia está sob o controle de um imperador que quer impor seus desejos à força”, disparou ele, enfatizando que a cidade precisa se libertar desse domínio nas próximas eleições.
Bruna também fez um apelo direto à população: “A população precisa ficar atenta. Esse hospital fantasma é mais uma jogada política para garantir o controle do prefeito. Os vereadores precisam resistir e votar contra esse projeto”.
O APELO FINAL:
“NÃO SE DOBREM ÀS AMEAÇAS!”
No encerramento do programa, José Antônio e Bruna deixaram claro que continuarão a expor as ações do prefeito e seus aliados. “Se os vereadores aprovarem essa concessão, nós vamos divulgar nome por nome, e a população vai saber quem votou contra os interesses dela”, disse José Antônio. “Essa concessão não é para o bem da cidade. É uma manobra para manter o poder.”
Bruna completou: “Os vereadores não podem se dobrar às ameaças do prefeito. Eles precisam pensar na população, que é quem vai sofrer com tudo isso e quem vai realmente votar na sua reeleição.”
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