09 de julho | 2017

Viver para morrer? Viver sem saber? Morrer para esquecer? Ou simplesmente viver?

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COMO A VIDA …

…. vale tão pouco. Sem contar que a cada instante que respiramos não volta mais. Morremos um pou­quinho. Mas a perspectiva lógica é a de que vivamos até nosso corpo se definhar e não conseguir mais se sustentar em pé.

A MESMA …

… lógica aponta que os mais velhos têm que ir mais cedo do que os mais novos. Mas, principalmente, o mais aceitável é que morramos por causas naturais, ou seja, por velhice mesmo.

NA VERDADE, …

… se é que existe, ninguém está preparado para a chegada da morte. Ou quase ninguém se prepara para a sua vinda, mesmo esta sendo talvez a única verdade absoluta (por enquanto – pois já se fala em transcendência, ou seja o fim da morte pelo desenvolvimento da tecno­logia).

O SOFRIMENTO …

… é imenso de qualquer jeito. Mas sofrimento maior, angústia maior se dá quando esta vem por outras causas, por exemplo, pela imbecilidade, ou pela total falta de racionalidade de outros seres que abreviam a existência de outros.

ESTE COLUNISTA …

… não queria estar no lugar de nenhum membro ou parente da família de Eunice Claudino Delo­modarme, 57 anos, que se descobriu ter sido assassinada mais de 15 dias após o seu desaparecimento.

NENHUMA …

… circunstância, nenhum fato, nenhuma acusação, nenhuma desculpa serve e nunca servirá para justificar que alguém tire a vida de outrem. O homem, mesmo no pior ou no mais próximo estágio de seu lado animal, sempre tem um lampejo de lucidez, de consciência, para poder evitar o destempero de uma ação como essa.

COMO ACREDITAR …

… que o ódio, a raiva, ou simplesmente a condicionante de uma situação insuportável possa levar alguém a, com toda calma, preparar uma situção, misturar o veneno em água, para ao invés de matar a sede de alguém, levá-la à morte.

OS ANIMAIS, …

… matam para saciar a fome, para defender seu território, enfim, reagem a ação de outro predador. Mas não prepara odienda e simuladamente o ceifar a vida de alguém a quem se finge saciar a sede para impor o líquido da morte.

MAS, ESSE …

… próprio pensamento é baseado num valor que, embora universal, não deixa de ser apenas um valor que pode, inclusive, ser extraído da própria natureza. Mas não deixa de ser um valor humano. Podemos julgar por nossas leis morais, mas quem somos nós para condenar o nosso próximo?

MAS A VIDA, …

… ou o expirar dela, foi marcante em uma semana que a numerologia poderia prever que seria de reflexão, de momento de tentar buscar algo mais justo para todos. Sexta-feira, foi dia 7 do 7 de 17.

NO ENTANTO, …

… o interstício composto pelos últimos sete dias, começou com outro assassinato estúpido. Um adolescente cravou uma facada no peito de um homem de quase 40 anos por este ter perguntado o nome ou o que quer que seja e, ao depois, montou em sua égua e fugiu. Isso aconteceu em Cajobi.

PRATICAMENTE …

… no mesmo dia em que se confirmou a morte da dona de casa Eunice envenenada por seus detrato­res, uma jovem de 19 anos tirou a sua própria vida com um tiro de espingarda na boca.

José Salamargo – terminando mais uma edição, talvez, uma das mais fúnebres de todos os tempos e com curcunstâncias que a numerologia prevê que seja momento de refletirmos qual o valor que temos que dar à vida, para evitar que caminhemos para a morte sem lógica, sem explicação pelo menos plausível e que causa tanto sofrimento e consternação. Vamos refletir?

 

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