22 de novembro | 2020

Uma eleição marcada pela mentira, o ódio e a segunda onda da pandemia

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“Muito pior do que o cidadão mal formado
que defenda a mentira acreditando que
seja verdade é o ser que tem consciência
do que está acontecendo e persista,
por interesses pessoais, na perpetuação
da intriga, na sustentação da
falsidade e na construção do ódio”.
Mestre Baba Zen Aranes

EIS QUE
RESSURJO DAS
CINZAS, …

… como uma Fenix. Este colunista preferiu ficar sem escrever sua coluna nas últimas semanas que antecederam a eleição, em razão dos ataques que acabou sofrendo dos seguidores diretos e indiretos do candidato Flávio Olmos, por questão ética, para não usar o espaço como mecanismo de resposta para os achaques de pessoas dignas de dó, que não tiveram o direito e a oportunidade de apreender um mínimo de conhecimento que lhes possibilitasse a capacidade reflexiva e praticaram atos odientos pela inter­net chegando ao cúmulo de ameaçar agredir ou matar o jornalista.

TUDO ISSO POR …

… não rezar na cartilha do candidato que o “gabinete do ódio” queria impor goela abaixo da população, através do “denuncis­mo” sem provas, do Fake News, do xingamento, da agressão baixa, vil e barata, espalhando o ódio e a mentira.

E O PICO DAS

AGRESSÕES …

… se deu, quando o jornalista resolveu organizar, com outros veículos de comunicação, um debate entre os candidatos a prefeito, que inicialmente teve o apoio de todos eles.

OCORRE QUE, …

… comprovando o próprio sentimento que começava a surgir no seio da sociedade, de que o candidato do “gabinete” era despreparado e inconse­quente e após seu pessoal ficar dias detonando a realização e os organiza­dores, este resolveu não comparecer ao debate, avisando na última hora que não iria participar. E até fez uma “livemício” no mesmo dia e hora para tentar esvaziar o evento que não queria que acontecesse.

O DEBATE …

… aconteceu e cumpriu o seu papel democrático de mostrar quem eram os candidatos (inclusive o faltan­te) e a população, mais uma vez, deve ter percebido que o jornalista é profissional e o evento também o foi, desnudando ainda mais a situação do candidato que foi chamado por um dos participantes de “Baby Fujão”.

COMO ESTE

COLUNISTA

DISSE …

… em uma matéria que segue publicada nesta edição, “O Fake News, a mentira e o ódio, perderam para a realidade”.

“O ELEITORADO …

… parece ter entendido que o momento de crise pela pandemia não comportaria uma aventura e optou pela segurança de um prefeito que mostrou ser um gestor e conseguiu passar pelo período mais agudo da epidemia do novo coronavírus”.

“EM TERMOS DE

MARKETING, …

… disse, continuando a análise na matéria, o candidato classificado em segundo lugar tentou copiar o modelo de pós-verdade utilizado pela família Bol­sonaro, utilizando uma espécie de “gabinete do ódio”, com vários correligionários executando pela internet, durante quase um ano, a prática do me­ro “de­nuncismo” a­gres­sivo, utilizando Fake Ne­ws e comentários cheios de ódio nas redes sociais; e o vencedor, conseguiu mostrar para a população que era um ges­tor, um administrador, num momento difícil, principalmente para a economia que será o gran­de desafio do futuro”.

MAS, SAINDO …

… do tema, sem deixar o teorema, esta semana, com o aumento de casos e principalmente de inter­nações em São Paulo e a situação se agravando em vários países da Europa, a grande pergunta que fica é se Olímpia também poderá viver uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus.

COM ESSA

PREOCUPAÇÃO …

… um dos empresários do setor hoteleiro da cidade fez a pergunta para o secretário do turismo de São Paulo e este respondeu que a possibilidade existe e que se vier a ocorrer, não terá como evitar o fechamento dos parques novamente, inclusive, mesmo se Olímpia estiver em situação melhor que as outras cidades circunvizinhas que pertencem a DRS-V – Divisão Regional de Saúde do Estado, a qual o município pertence.

AQUI, EM RAZÃO …

… das medidas adotadas e por estarmos numa ilha dentro do estado (as rodovias mais movimentadas e interestaduais passam por Rio Preto e Barretos), os efeitos da pandemia chegaram sempre mais tarde que nos outros locais, inclusive da própria região a que Olímpia pertence.

ATUALMENTE, …

… para se ter uma ideia, os números no município estão em queda. Já teve dia que não foi registrado nenhum caso confirmado de Covid-19 e as inter­na­ções estão estacionadas na faixa de 05 pacientes em UTI. Até Barretos, onde está o hospital referência, para onde são enviados os pacientes graves da região, o Nossa Senhora está com números nunca vistos nos últimos meses: na quarta-feira tinha apenas 17% dos leitos tomados. O número de mortes também tem des­pencado, pois enquanto em outubro foi registrado o óbito de 12 pessoas, novembro registrou 04 até o dia 20.

MAS, VOLTANDO …

… ao secretário, este orientou ao empresário que a única sugestão que poderia dar é a de que fosse feita uma grande campanha em toda a região, incentivando as medidas de prevenção pessoais e nos locais onde há concentração de público, ou seja, uso de máscaras, higiene das mãos (lavar com água e sabão e passar álcool em gel) e distanciamento. Quem viver, verá.

ALIÁS,

O GOVERNO …

… do Estado, acabou protelando a reclassifi­ca­ção das fases, que era para ocorrer em 16 de novembro, para o dia 30 do mesmo mês. Fala-se que seria para não regredir a capital paulista no momento em que ocorre a eleição do segundo turno, que está sendo disputada por um candidato do mesmo partido e apadrinhado político do governador.

O PREFEITO …

… Fernando Cunha, por sua vez, regulamentou o decreto e, na contramão da situação, aproveitou para liberar o som ao vivo nos bares, restaurantes e similares da cidade.

MAS,

A VERDADE, …

… se é que ela existe, é que ninguém sabe ao certo o que está por vir. A única certeza do mundo científico é a de que até que uma vacina eficaz surja, é preciso, com todas as forças, praticar as medidas de prevenção pessoais, evitar aglomerações e festas, manter o distanciamento em locais de consumo e os idosos com comorbidades ficarem em isolamento, pois continuam a morrer mais pessoas de idade avançada e com comorbi­da­des, mesmo sendo os mais jovens os mais contaminados.

José Salamargo … mesmo tendo sido ameaçado, xingado e espezinhado pelas redes sociais e até pelos vendilhões da pena, da caneta, ou do dedilhar do teclado, ou do espernear pelos microfones, com certeza, não consegue enxergar em seu coração qualquer resquício de ódio, raiva ou sentimento negativo, ao contrário, sente pena por existirem pessoas que não tiveram (ou que tiveram e não conseguiram aproveitar) a chance de conseguir alimento cultural suficiente para poder enxergar a si mesmo e ao mundo. Esta­mos convivendo com uma geração cuja maioria é zum­­­bi cambaleando pelas ruas da cidade, os sem cérebro.


 

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