11 de janeiro | 2015

Um ano de dificuldades parece vir por aí

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Do Conselho Editorial

Os comerciantes locais já começam a queixar da diminuição do fluxo de vendas no comércio, o que pode ser encarado como normal nos inícios de ano no Brasil que só vai aquecer a sua economia após o carnaval.

Desta vez, porém, os indicativos são de que a crise internacional dá mostras de que os países latinos americanos serão atingidos pela crise que já avança sobre eles depois de ter deixado sequelas no mercado europeu e americano, diminuindo o poder econômico dos cidadãos daqueles países e ampliando o desemprego.

No Brasil, onde até então não havia sinais de que a economia brasileira passaria pelos percalços que passaram as nações de vários continentes, quando iniciou o ciclo de aumento de preços da cesta básica na experiência amarga do aumento dos preços dos tomates ficou evidenciado que o mercado reagiria negativamente se comportando de maneira idêntica aos países atingidos pela virada econômica.

Os preços da cesta básica já causam certo desconforto aos consumidores, em contrapartida o nível dos empregos já dá mostras de que se o consumo não for ampliado haverá reação do mercado que inevitavelmente terá que demitir para fazer frente à queda do nível de procura dos produtos industrializados.

A indústria automobilística já começou a onda de demissões.

Muito embora haja avaliações de economistas de que o setor pressiona o governo no sentido de ganhar benefícios fiscais e faz uso da queda do volume de vendas para justificar as demissões é evidente que se não houver uma reação em relação a elevação do consumo as demissões serão necessárias para se enxugar a folha de pagamentos que passa a ser incompatível com os ganhos das industrias.

Muitas empresas já colocam o pé no freio no sentido de alocar investimentos visando ampliação da produção tendo em vista a diminuição do consumo interno e da situação no exterior que causam preocupação, já que grandes mercados consumidores discutem mudanças de políticas econômicas drásticas visando a recuperação e o poder de aquisição das grandes massas que enfrentam além da perda de poder aquisitivo o crescente desemprego.

A situação, por mais otimista que se possa parecer enquanto desejo e vontade de cada um, pinta um quadro bastante cinza e caótico para o Brasil nos próximos meses; as medidas tomadas no inicio deste governo acena visando dar tranqüilidade ao mercado que se movimenta assumindo que há muitas dificuldades a serem superadas no mais breve espaço do tempo possível.

A grita que se observa no comércio local em razão da diminuição das compras embora esteja, por enquanto, incluída na lógica de que todo começo de ano é mais ou menos assim, ou que o país só acontece depois do carnaval, pode ser verdadeira, seria, no entanto, recomendável que se adicionasse a esta leitura o momento delicado que passam as economias mundiais com reflexos no Brasil acontecendo agora.

O mercado imobiliário que estava a toda, está, senão as moscas, caminhando para.

A indústria anda a passos trôpegos, e o comércio vai claudicando devagar, até quando e como se arrastará este gigante sem sucumbir à miséria como as grandes nações, ninguém sabe.

Tomara que nos próximos meses, seguindo a avaliação dos economistas oficiais, haja uma reação e com ela a retomada do crescimento.

Enquanto isto não ocorre é trabalhar com a inteligência, com a capacidade de buscar alternativas para atravessar este momento negativo que não difere muito dos momentos ruins que esta nação passou em períodos outros em que a inflação e o desemprego estavam presentes na vida dos brasileiros.

 

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