PRIMEIRAMENTE …

… registrando a perda de mais um ilustre leitor desta coluna, Don Sérgio – quase Ministro da Palavra – Martinussi, tio, amigo e companheiro de trabalho, que está enfrentando “pobremas” com a memória futura, acaba esquecendo tudo o que ainda irá acontecer, vamos começando sem começar e já quase acabando, pois a sensação sentida é a de que nossa democracia está descambando para um ponto em que nada do que está escrito é para ser cumprido, mas sim para ser reinterpretado em favor do dinheiro.

“GENTEM”, …

… claro que não dá para viver do romantismo e nem querer achar que um dia poderemos mudar o mundo, mas o capitalismo no Brasil está atingindo um ponto em que está subvertendo os princípios morais e éticos de tal forma que estamos vivendo um momento da sociedade em que literalmente todos estão em guerra contra todos. Quem levar mais vantagem, sobrevive.

ATÉ RELIGIOSOS …

… estão defendendo os verdadeiros bandidos em troca de alguns favores para o seu rebanho, esquecendo-se que o dinheiro que vai para eles vai fazer falta e pode até matar crianças inocentes.

MAS, …

… entrando na materialidade assintomática dos fatos, necessário se faz argumentar que a democracia, para dar certo, necessita não apenas de leis boas e sistemas corretos, mas, acima de tudo, de pessoas honestas, de gente que pense socialmente e não apenas no próprio bolso.

E AQUI VAI …

… apenas uma perguntinha básica: quem você conhece que pensa no bem estar dos seus semelhantes? Dependendo do rol de amizades, certamente nem você mesmo, já que o sistema capitalista leva a gente a ficar cada vez mais escravizado pelo dinheiro e ele passa a ser o grande senhor de tudo.

O QUE VOCÊ …

… consegue fazer hoje sem o vil metal? Até para ir ao banheiro, dependendo do lugar, tem que pagar. Você já acorda gastando água e, olha lá se não gastou energia elétrica a noite inteira. Durante o dia, então, além de pagar por tudo o que vai consumir, ainda tem que bancar um grande percentual de imposto que você tem certeza que uma volumosa parte vai acabar no bolso de algum político corrupto.

AÍ VOCÊ …

… ao invés de ir visitar um amigo, de sentar na calçada e conversar com o vizinho, você se fecha dentro da sua sala e é bombardeado pela tal da TV que impõe (não deixa você nem raciocinar) um monte de coisas, seja através da merchandising das novelas, seja pelas próprias propagandas que criam modismos que certamente o obrigará a trabalhar cada vez mais para conseguir não ficar para trás e comprar um carro melhor, um celular de última geração, um “tabrét”, tênis caro, roupas de grife, etc, etc e etc.

E AÍ PASSAM …

… os dias e você fica quase a metade da sua vida trabalhando para poder sustentar o lixo do luxo produzido por este tal de deus mercado que acaba escravizando a tudo e a todos.

E O QUE É …

… pior é que além de transformar a gente em seres anima­lizados, robotizados, que vivem apenas para consumir, nos transformam em verdadeiros zumbis sem remorso de levar vantagem sobre os outros.

AÍ A PRÓPRIA, …

… sociedade vai banalizando a moral, vai se distanciando das emoções, sentimentos mais puros e até formas de enxergar e agir, como afeição, afetividade, alegria, amor, apego, comoção, compaixão, bondade, caridade, cordialidade, delicadeza, gratidão, honestidade, honra, idealismo, igualdade, justiça, pudor, sensatez, sensibilidade e ternura, só pra citar alguns.

A DEMOCRACIA …

… para promover o estado de bem estar social e a justiça social da forma em que foi idealizada e estudada ao longo de quase 2500 anos necessita de pessoas que tenham pelo menos a coisa mais importante para qualquer um dos integrantes dos vários poderes necessários à existência: vontade de fazer pela sua sociedade e honestidade.

NÃO EXISTE …

… democracia sem homens de bem, por melhores que sejam as leis, por mais bem equipadas que sejam as instituições ou os poderes principais: legislativo, executivo e judiciário.

 O QUE A GENTE …

… vê hoje, cada vez mais, são seres assumindo qualquer tipo de poder exaltando agressividade, arrogância, autoritarismo, cólera, covardia, desonestidade, discriminação, dominação, egoísmo, fingimento, hipocrisia, histeria, hostilidade, incapacidade, libertinagem, luxúria, maldade, nojo, ódio, pedantismo, preconceito, ressentimento, revanchismo, superioridade, vingança.

E COM ISSO …

… cada vez mais, provocando nos pobres 90% de seres anima­lizados e imbecilizados, alienação, angústia, apatia, carência, cegueira, conformismo, constrangimento, decepção, dependência, depressão, desamparo, desânimo, descrença, desestruturação, desgosto, desgraça, desilusão, desunião, dor, dúvida, emburramento, humilhação, indiferença, inércia, inferioridade, insatisfação, medo, revolta, servidão, sofrimento, solidão, subserviência, vulnerabilidade.

AI A GENTE …

… vê promotor ao invés de investigar, de cumprir o seu mister de fiscal da lei, engavetar, e até elogiar políticos para pedir arquivamento.

JUÍZES …

… vendendo sentenças e se rebaixando diante do poder nojento que exala fortes odores provocados pela tal corrupção daqueles que surrupiam o dinheiro público que é desviado à rodo.

SAINDO ..

… do subjetivismo ortodoxo e passando para a heterodoxia do “objetivismo” “arantostélico”, o assunto da semana foi, mais uma vez, a novela que está se tornando o vai e volta dos vereadores fichas sujas na Câmara local.

MAIS UMA …

… vez o ex-vereador e hoje vereador eleito Becerra conseguiu não deixar a cadeira que ocupa em caráter precário na Câmara em razão de uma medida cautelar (provisória) agora do Tribunal Regional Eleitoral.

“GENTEM”, …

… essa coisa de medida temporária, sem se analisar o mérito, em razão da justiça ser sempre lenta, provoca situações verdadeiramente esdrúxulas.

O CARA …

… foi condenado por im­pro­bidade administrativa com sentença condenatória transitada em julgado antes das eleições, portanto, não poderia nem ter concorrido e continua sentado na cadeira de vereador mesmo sendo líquido e certo que não tenha esse direito. E o pior é que pode continuar assim por um bom tempo, através de medidas cautelares não muito ortodoxas.

O TAL …

… trânsito em julgado significa que não existe mais recurso, a não ser que algum fato novo ocorra que mude completamente a situação ocorrida e pela qual o sujeito foi julgado. E, convenhamos senhores, não há como mudar o fato de que todos os acusados de uma forma ou de outra tiveram parentes contratados pelo município. Praticaram o tal do ne­po­tismo.

PORTANTO, …

… não há como mudar o acórdão do tribunal que apenas não condenou os ditos cujos a devolverem o dinheiro que receberam por estes terem prestado serviço ao município. Portanto, só atra­vés de artimanhas jurídicas como a que ocorreu esta semana, para manter vereador ficha suja no cargo.

MAS, O QUE …

… parece ter levado ou ter dado argumentação para o juiz do Tribunal Eleitoral  conceder a medida provisória garantindo Becerra no cargo até que a situação seja analisada pelo TRE deve ter sido o fato de o juiz local ter cassado os dois fichas sujas e, ao depois, ter voltado atrás, e, mais uma vez, ter voltado atrás e decidido pelo afastamento dos eleitos entendendo ser óbvia a condenação por im­pro­bidade.

JÁ DIZEM AS …

… más línguas que se Becerra perder no TRE, deve entrar com outra medida cautelar no TSE pra ver se fica mais um tempo sentindo o gostinho de voltar a ser vereador. Há também quem acredite que se souber trabalhar direitinho a situação pode ser levada por um bom tempo.

NO ENTANTO, …

… parece que o suplente Marcão do Gazeta, embora seja do mesmo grupo Eugênico ao qual pertence Becerra, não estaria querendo deixar barato.

O COMENTÁRIO …

… que surgiu durante a tarde de sexta-feira (18) é o de que Marcão teria ido para São Paulo tentar reverter a situação; e, realmente, no final da tarde já constava no site do TRE que já havia cons­tituído advogado (procuração teria sido protocolada) e teria também tirado cópias do processo.

QUEM VIVER …

… e conseguir sobreviver ao caos da Saúde local deverá ver ainda muitas marchas e con­tra­marchas.

A COISA …

… estaria tão preta, na saúde, que, ao que se comenta, o grande imperador Eugênio teria encomendado à sua agência de publicidade preferida uma pesquisa para saber a quantas anda a sua aceitação por parte de seus “ingovernados”.

SE POR UM LADO …

… a coisa tá preta, por outro também estaria pior, mas com chances de ser resolvida.

É QUE …

… sem o atendimento de urgência e emergência da Santa Casa, os mais de 15 mil conveniados da Unimed São José do Rio Preto estariam vivendo uma situação muito semelhante à dos atendidos pelo SUS.

QUANTO À …

… urgência e emergência teriam que ser atendidos na própria UPA. E para consultas médicas estariam tendo que se dirigir para Rio Preto, pois grande parte dos médicos locais estaria reduzindo o número de atendimentos pelo convênio por dia e deixando mais espaço para a consulta particular.

MORAL DA HISTÓRIA: …

… algumas especialidades estariam levando até três meses para atender conveniado da Unimed. Na média, de um a dois meses. Portanto, muita gente estaria indo para Rio Preto (quem tem condições) pois lá a situação ainda não estaria tão precária.

MAS, NO QUE …

… se refere a esta legião de conveniados (seriam mais de 15 mil), ao que se informa, as negociações estariam sendo encaminhadas e estariam bastante avançadas no sentido de a Unimed reativar (alugar, arrendar ou seja la o que for) o pronto-socorro da Santa Casa para implantar o pronto atendimento e atender seus conveniados da microrregião de Olímpia.

NO FINAL …

… do ano passado, um médico local garantiu a este colunista que o presidente da entidade estava pensando em tomar esta atitude, mas tentando alugar um outro imóvel para o seu funcionamento. Se for na Santa Casa, melhor para os conveniados da Unimed, pois já estarão num situação que deveria ter sido levada em consideração no caso da UPA: a proximidade com o único hospital da cidade.

José Salamargo … exercitando seu lado zen, em dúvida, se segue a vertente psicanalista ou se continua se aprofundando em sua “filhosofia”. De uma forma ou de outra continua viajando pelos quatro cantos do mundo a maior parte de seu tempo, através das ondas de sua imaginação. Pensa, logo deixa de existir, passa a existir o seu pensamento.