“Quando o ser humano entra em embate com outrem, sofre toda uma transformação em sua mente e em seu corpo. Vive momentos de exaustiva confusão mental. É a raiva, que pode virar ódio, e a mente fica ainda mais conturbada do que é. Acontece um verdadeiro delírio, com a imaginação tentando achar razões que a própria razão não consegue explicar. E dessa confusão mental não pode sair nada que não seja a agressão, a verbalização do lado animal que precisa ferir o outro pra se manter vivo”.
Mestre Baba Zen Aranes.

COMO QUASE …

… filósofo (falta publicar um livro) e defensor da tese de que somos frutos e uma formatação da moral, que através da programação do sim e não, nos transforma em robôs biológicos que dificilmente conseguem sair do estado animalesco ou “zumbizante”, não dá para afirmar que foi isso ou aquilo, apenas traduzir pra vocês o que foi imaginado por esta mente que, às vezes é até criativa embora sempre confusa, ao tentar entender o que aconteceu.

O RACIOCÍNIO …

… inicial leva às lembranças de todas as marchas e contramarchas e as atitudes de ódio visível no El presidente, que parece ser hoje o grande mandatário da cidade, o grande ditador de Olímpia, tendo superado ou se tornado até mais poderoso que meu amigo de infância (como eu) descendente de nossos coronéis.

ALÉM DE …

… colocar pra correr a única que se interpunha e denunciava seus prováveis erros, ainda emplacou seu amigo Fabrício em duas secretarias, com a volta do Sargentão Tarcísio e do Delegado Lisse para a Câmara.

O DITADOR …

… de plantão, uma mistura de Kokão com Maduro da Venezuela, que pode ser simplificado pela junção das duas palavras e se transformar em Kokoduro, mesmo com dois vereadores (deixando as secretarias que ocupavam) voltando para o legislativo para tentar evitar o mal maior, não só levou a sessão adiante, como também não deixou que estes votassem e cassou sua desafeta.

O PIOR, …

… no entanto, foi a revelação do Sargentão de Milícias no programa Cidade em Destaque, de que Kokoduro, a quem chamou de KokoDoria, teria jurado Alessandra de cassação por causa de esta ter aberto a Câmara para o pessoal LGBT e para as religiões afras.

KOKODURO, …

… embora demonstre ter o ódio como seu principal combustível e não pareça nem de perto com um seguidor do Amor Incondicional pregado por Jesus, se diz evangélico.

AGORA, …

… a polêmica deve se encaminhar para a justiça. Mas, se o que a própria agora ex-vereadora denunciou que está acontecendo na Câmara local for verdade (um grupo de vereadores liderados por Kokoduro estaria planejando tomar o poder em 2024), é preciso que as pessoas que amam Olímpia prestem bastante atenção, pois corre-se o risco de se instalar a ditadura no município, com consequências devastadoras no futuro.

BOM, MAS NEM …

… tudo que reluz é ouro no reino da Dinamarca. Lendo um artigo do filósofo e também jornalista Hélio Schwartsman esta semana, reafirmo pra vocês que tudo isso que vocês leram até aqui não passa de uma alucinação compartilhada.

SEGUNDO ELE, …

… Não são poucos os neurocientistas que estão convencidos de que a percepção, e, em última instância, a própria realidade, não passa de uma alucinação controlada.

MANTER-SE …

… vivo não é tarefa para amadores. Evitar predadores, encontrar sustento e reproduzir-se exige de cada animal que ele antecipe perigos e oportunidades. Da modesta ameba que percebe e busca alimentos aos sofisticados seres humanos, bichos, desenvolvemos sentidos como visão, audição, e colocação que transformam instâncias da realidade em experiências subjetivas, as quais nos fazem agir de modo a reduzir as incertezas da vida.

PARA SCHWARTSMAN, …

… a quem este escriba endossa, o mundo é um lugar complexo. Os sinais captados pelos sentidos vêm em quantidades brutais, cheios de descontinuidades, são frequentemente contraditórios e podem não significar nada sozinhos. Nossos cérebros organizam essa bagunça fazendo com que percebamos o mundo de acordo com suas expectativas prévias (a nossa formação, ou formatação moral). O controle é muito mais de cima para baixo — isto é o cérebro dizendo aos sentidos como as coisas devem ser percebidas— do que os sentidos informando livremente o cérebro.

NESSE CONTEXTO …

… faz sentido descrever a percepção como uma alucinação. A realidade nada mais é do que aquelas percepções sobre as quais todos estamos de acordo. E a inversa também vale. O delírio é a percepção descontrolada.

SE É PERCEPÇÃO …

… descontrolada ou compartilhada não dá para garantir nada. É tudo fruto da imaginação.

José Salamargo, entendendo que dá para acreditar piamente que o Boca Nervosa, em sua música “Sururu em Olímpia”, fez a análise correta e mais próxima da realidade possível: “É, pois é, cassaram o mandato de Perninha. Deram uma rasteira na moça. Não sei se pra isso motivo existia. Na porta da Câmara, ela desmaiou, Perninha passou mal. Mesmo assim prosseguiu o processo da cara de pau. Mesmo com a moça ausente, seguiram com o circo e a tirania. Quem assumiu o seu lugar tá fazendo churrasco, batuque e festinha. Isso a Globo não mostra: o golpe que deram na Perninha. Que sururu é este que aconteceu na Estância de Olímpia? É, pois é, deram uma rasteira na Perninha”.