16 de agosto | 2020

Se correr o vírus pega, se ficar o bicho mata. Salve-se quem puder!

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“O pior momento na vida de um homem
é quando ele consegue entender que muito
mais poderia ser feito pelos seus, mas se
sente prostrado pela impossibilidade de
mudar o curso das coisas para o que
entende ser o rumo mais plausível. É uma
sensação de impotência que faz até
questionar se, ao invés de enxergar,
realmente não seria melhor viver na
escuridão da falta de conhecimento e
da incapacidade reflexiva”.
Mestre Baba Zen Aranes

TÁ TODO MUNDO …

… com o saco cheio. Ninguém aguenta mais essa pandemia. Ninguém aguen­ta mais as restrições que afetam os costumes, os relacionamentos. Mas a grande pergunta que fica é: que restrições estão em vigor em Olímpia?

AH! O TURISMO? …

… Os parques estão fechados. Os turistas não estão vindo na quantidade que vinham antes, pois a cidade continua com muitos visitantes, agora de um turismo diferente, o passeio de quem foge dos problemas “covidianos” dos grandes centros e vem fazer festinhas em Olímpia.
 

AH2! PODERIAM …

… dizer alguns, tem muita gente consciente nesta cidade que está seguindo pelo menos as chamadas medidas de distanciamen­to e higiene. Elementar, meu caro leitor. Não existem apenas zumbis e robôs nesta terra de Josés, Joãos e Marias.

MAS O RESTO, …

… o resto é o resto. Desde que fomos para a fase amarela e voltamos para a vermelha do Plano São Paulo, praticamente continuamos a viver a fase amarela. Com exceção dos restaurantes que voltaram a funcionar apenas no sistema drive-thru, o resto liberou geral.

ATUALMENTE, …

… pelo plano, estaríamos na fase laranja do referido plano, onde o comércio pode ficar aberto para o público apenas 4 horas por dia, salões, barbearias e academias só podem funcionar de maneira restri­tiva com limitações, assim como as igrejas não podem ter cultos. Enfim, é preciso evitar qualquer tipo de aglomeração.

E O QUE É PIOR, ...

… agora é que estamos chegando no chamado pico de contaminação. São mais de 40 casos confirmados por dia e já chegamos a 21 mortes, 11 somente nestes 14 dias do mês de agosto, ou seja, mais da metade de todos os casos que levaram quatro meses para acontecer em menos de 15 dias.

OS CASOS DE SOFRIMENTO …

… pelas mortes, pelos enterros em sacos de lixo e sem o último contato, o último adeus, sem poder chorar a ausência que será sentida pelo resto dos dias de cada um; as dores e os sofrimentos de quem passa pela doença, mesmo que de maneira menos grave, e as sequelas que ela deixa; os depoimentos começam a pipocar na internet.

E A GRANDE …

… pergunta que fica é: em que fase estamos? Na verde ou na amarela?

OU SERÁ …

… que nossa cidade conseguiu inventar uma outra fase do plano do Dória? A da libertinagem total.

PORQUE DE FATO …

… não dá para acreditar que estejamos na tal da fase laranja.

FESTAS ­PRA TUDO …

… quanto é lado e com­pro­vadamente causando contaminações.

FILAS DE BANCOS …

… sem distanciamento.

COMÉRCIO …

… funcionando normalmente, como se não fosse obrigado a funcionar apenas 4 horas por dia (claro, ainda existem aqueles conscientes que resistem em desobedecer a lei) com lojas lotadas e abertas até aos domingos.

MERCADOS …

… abarrotados de gente (inclusive de turistas da pandemia) e com gente sem máscara.

E… ALGUMAS …

… igrejas, mesmo já existindo caso de pastor morto pela doença, realizando cultos superlotadas e contaminando seus fiéis em nome de Deus.

E AS MEDIDAS …

… de distanciamento e higiene, como usar máscaras, ficar a mais de um metro e meio do outro e lavar as mãos constantemente, ou passar álcool em gel e, claro, evitar aglomerações?

CLARO …

… tem muita gente cumprindo, mas tem muitos andando com máscaras com o nariz descoberto, ou sem as ditas cujas, e até xingando comerciantes que exigem o equipamento para entrarem em seus estabelecimentos.

ESTE É O RETRATO …

… de fato de uma cidade que está caminhando para o ponto de maior desgraça da pandemia, o tal do pico e que é composta em sua esmagadora maioria por seres que não foram ensinados a pensar, a refletir e vivem como zumbis e robôs para trabalhar e atender seus impulsos de prazer como se fossem animais instintivos e desprovidos de qualquer resquício da chamada “razão” humana.

TEM QUEM DEFENDA …

… que seja decretado o tal do “lockdown” que em tradução literal significa confinamento, onde fecha tudo e limita-se até a circulação de carros e pessoas pela cidade ao extremamente essencial.

MAS PARA DECRETAR …

… um dispositivo de limitação destes, a cidade, com certeza enfrentará problemas.

COM CERTEZA, …

… o mesmo problema ou até pior que vem enfrentando atualmente. Somos uma cidade sem lei.

COMO? PODE PERGUNTAR…

… você, caro leitor. Mas é isso mesmo. Somos uma cidade sem lei.

É QUE A LEI …

… para que surta efeito tem que ter quem a fiscalize e aqui nesta terra de zumbis, mesmo tudo o que está acontecendo ofender não só decretos estaduais e municipais, mas também o próprio código penal e outras leis, não existe fiscalização.

E AÍ FALHAM …

… prefeitura, contingente policial e o próprio Ministério Público que parece estar ausente nesta cidade em tempos de pandemia, embora tenha atuado para o fechamento dos parques e para conseguir remédios que estavam em falta na Santa Casa.

VAMOS  REFLETIR …

… conjuntamente em conjunto para explicitar estes fatos.

A PREFEITURA  FALHOU …

… na medida em que não regulamentou a fase laranja decretada pelo governo estadual que determina o funcionamento aberto ao público apenas 4 horas por dia e com normas rígidas para evitar a aglomeração. Como não definiu o período e não fiscaliza com rigor, grande parte dos comerciantes começaram a abrir ao bel prazer. Teve até loja abrindo no domingo.

TAMBÉM FALHOU …

… na media em que o encarregado da fiscalização interpreta a lei da sua maneira e autoriza as igrejas a realizarem cultos abertamente e com aglomeração de pessoas. Pelo que se sabe um pastor já morreu, uma obreira e um músico se contaminaram e já se recuperaram. Mas, quantos já contraíram a doença e sofreram para passar por ela, muitos até com se­que­las para o resto da vida e sabe-se lá quantos dos mor­­tos não podem ter si­do infectados por alguém que participava dos cultos? Será que Deus é mortal?

OS OUTROS  PONTOS …

… são as aglomerações nos supermercados, a falta de distanciamento nas filas de bancos e lotéricas e as mortais festas de confraternização e mesmo as chamadas “Raves” em que dezenas se reúnem para passar até mais de um dia festejando, se esfregando, fumando baseado ou ingerindo drogas ilícitas, se aglomerando e passando vírus um para o outro.

O FATO É QUE …

… se o povo não está conscientizado e age como se fosse boiada estourada não existe remédio que não seja a fiscalização mais dura, o choque elétrico, para voltar para o curral.

E AÍ É QUE ENTRA …

… a principal falha. Se a fiscalização tivesse conseguindo impor a própria lei e as regras sanitárias, quantas mortes poderiam ter sido e poderão ser evitadas. Quantas pessoas poderiam ter evitado o sofrimento pelo ter que convalescer da doença que pode deixar dezenas de sequelas.

E É SIMPLES …

… o raciocínio: se as pessoas não têm educação para manter as regras de contenção (higiene – lavar mãos ou usar álcool em gel, distanciamento e usar máscara corretamente) só é possível fazer alguma coisa evitando a aglomeração. Daí a necessidade do isolamento e dos planos que o governo estadual tem decretado, cujas exigências que não estão sendo cumpridas estão elencadas acima.

SE NÃO HÁ FISCALIZAÇÃO …

… não existe lei em vigor. E aí falha a prefeitura, falha a polícia militar que tem a incumbência de realizar o policiamento ostensivo (e desrespeitar as medidas sanitárias é artigo do código penal) e falha o Ministério Público que seria o fiscal da lei, mas em Olímpia se queda inerte mesmo com a situação calamitosa que estamos entrando.

José Salamargo … com aquilo na mão. Realmente com medo por si e por toda a população, por saber e enxergar que poderia ter sido feito mais do que foi e que muito poderia e poderá ser evitado se medidas simples forem tomadas. Mas, se tudo continuar como está, se cuide, pois, se correr o vírus pega, se ficar o bicho mata. Salve-se quem puder!
 

 

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