21 de abril | 2019

Saúde: contratações comprovam que o caos existe?

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Do Conselho Editorial

O caos na Saúde não só existe como obrigou várias autoridades municipais, entre elas o prefeito local, a ocupar vários espaços de mídia para dar satisfações sobre o péssimo atendimento que tem deixado em pânico a população.

UPA superlotada, falta de médicos, enfermeiros, atendimento precário fizeram com que todas as vozes que fazem uso do serviço se levantassem em uníssono e protestassem contra a calamidade instalada na área da saúde local.

Dominada pelo grupo do vereador Fernandinho, tendo como vitrine o candidato a prefeito derrotado Hilário Ruiz e contando com o apoio do vereador Helinho, tendo o Mar­qui­nho da Farmácia como o Rei da Inglaterra oficial, a saúde vinha, desde que este grupo assumiu o setor, cambaleante e dando sinais de que não suportaria uma crise no tamanho do desconhecimento demonstrado pelos comandantes da nau sem rumo.

E não deu outra. A crônica de uma morte anunciada se tornou realidade. Bastou o período de chuvas e o crescimento do número de casos de dengue para comprovar a teoria que os “hilários/fernan­de­tes” estavam mais para as revistas Casa Claudia e Ca­sa e Jardim que enfrentar os problemas dos que estão debilitados e enfermos.

A preocupação com a maquiagem e com a encenação virtual se sobrepunha a realidade dos fatos e quando estes ocorriam, de acordo com a mentalidade reduzida deles, bastaria acenar com a inauguração de uma farmácia, uma ambulância ou de outro equipamento que a população alheia e submissa ficaria feliz e endossaria a péssima administração como adequada e atenta aos seus problemas cotidianos.

A época é outra e outras são as formas de linguagem e intervenção e o in­con­formismo, pelo volume de casos interpretados como de soluções que mais pareciam problemas, levou a grita geral.

O prefeito Cunha, adepto também aos anúncios de ocasião para anestesiar o cérebro da população em tempos de crise aguda, avesso a ouvir a voz rouca das ruas, foi permissivo ao ponto de não perceber, em­bora alertado, que chegaria ao estado reprovável que sob seu comando chegou.

Acena agora, não se sa­be se por continuar adotando a mesma estratégia ou se por enfim ter concluído que a situação, conforme a previsão saiu do controle, com o anúncio de novas contratações, a cons­­trução de outra UPA ao lado da Santa Casa e abertura de um Centro de Hemodiálise.

Porém, que políticos sempre são dúbios e não muito confiáveis, afora as contratações que serão para breve, a construção da Upa e do Centro de He­modiálise foram jogadas as calendas gregas, para não se sabe quando.

Tudo indica que poderão acontecer ou não e não acontecendo a bola de cristal parece mostrar a imagem de que estas figuras estarão presentes nos discursos da próxima eleição.

As contratações indicam que pelo menos houve parte do reconhecimento de que as coisas não estão funcionando, não andam e como houve a intervenção direta do alcaide no assunto, convicção de que Marquinhos da Saúde é um rei da Inglaterra que merece no máximo uma coroa de latão para enfeitar seus dias de ausência de glória.

Que haja urgência nas contratações e que os trabalhos se organizem de forma a que o atendimento não deixe tantos espaços a críticas e as vidas não corram riscos e as pessoas não fiquem atemorizadas e inseguras por não confiar na qualidade dos serviços e nem na competência dos que estão mal e porcamente administrando o setor.

Tão mal que representantes da oposição, porta-vozes do ex prefeito, agora defendem a manutenção do grupo responsável pela lam­bança onde está, para que seu futuro candidato possa ter chance na eleição vindoura.

Em suma, o Rei da Inglaterra se está prestando um bom serviço, é apenas para a oposição, pois torna tranquilo e sereno o caminho da futura eleição de seu candidato tomando como base o abandono e o caos em que se encontra a saúde pública administrada por pessoas totalmente alheias às habilidades e conhecimentos de um setor vicário para população e que pode levar à morte de vários seres humanos.

E já há alguém dos meios políticos que se revelou pré-candidato, pegando carona e postando vídeos na internet sobre a crise no setor por saber onde mora a fragilidade do atual governo.

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