13 de setembro | 2015

Salário mínimo para os vereadores, se você é a favor, compartilhe

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Willian Zanolli

Já que é para diminuir o salário de vereador vamos sair deste reducionismo, desta vontade louca de fazer demagogia e façamos como falou um vereador por ai e eu fiquei sabendo.

– Pode diminuir o salário dos vereadores para um salário mínimo que eu não dependo disto, e mais, se diminuir vou doar para instituição de caridade.

Ai sim, senti firmeza neste cabra macho que levanta poeiras da verdade e esfrega na cara daqueles que querem fazer pressão e vivem de mentirinhas, de faz de conta, como se todo mundo fosse bocó e acreditasse em demagogias e promessas toscas.

“A gente fingimos que somo tonto mais nós num é não, nós num sabe nem falar certo a língua de vocês porque viemos do meio do mato e não conhecemos os malandros, só que tonto, nós só finge que é mais sê nós num semo não”.

Ai vem um mofino, azarão do páreo, o que consegue ganhar por cabeça e quer achar que vai falar que vai fazer isto e aquilo e mais aquilo outro e pensa que nós vamos acreditar.

Salário de homem público, diferentemente do da maioria dos assalariados, deveria ser para estimulá-los a cada vez mais lutar em prol da melhoria da qualidade de vida de seu povo e invariavelmente não é isto que ocorre.

Eles, os políticos geralmente ganham bem para cumprir uma função que deveria honrá-los e não jogá-los como parece que jogou na vala comum.

O povo se refere à maioria dos políticos como se refere muitas vezes à gente da pior espécie, malandros, bandidos, ladrões, corruptos, salafrários, punguistas, estelionatários.

Deveria, pela liturgia do cargo, importância, tratá-los como senhores decentes, honrados, cumpridores de seus deveres, preocupados com a cidadania, éticos.

Antes da ditadura militar, eles, os vereadores, não recebiam salários, recebiam por participação em sessões, e a visão sobre os legisladores era exatamente esta do respeito citada acima, a maioria exercia a vereança por idealismo e poderia lembrar muitos nomes de honrados vereadores que serviram a nossa urbe.

No entanto, após a ideia doentia dos ditadores militares de pagar salário aos vereadores à coisa degringolou, por que ai juntou a vontade de ser autoridade, aliada ao desejo de ganhar dinheiro, somada à questão do emprego, por que a vereança começou a ser vista como emprego para alguns, ai ficou feio.

Não bastasse isto, sendo legisladores foi conferido a eles o direito de aumentar seus próprios salários, e deu no que deu.

Junte-se a esta farra do boi que ai está, pra não perderem a boquinha, criaram a ideia da assessoria que geralmente é a indicação de seus cabos eleitorais para trabalhar no Legislativo.

O Legislativo que por sua vez tinha poucos funcionários foi inchando, inchando e ficou do tamanho que está, um monstro que se alimenta de dinheiro e que dá poucos resultados positivos à sociedade.

Por isto, pelo incômodo que a sociedade está sentindo em relação ao que se paga, ao que se gasta para ter representantes que não representa o povo pipocou pelo país e pelas redes sociais campanhas visando diminuir o salário de vereadores.

Por aqui pintou uma demagogia barata de um vereador cuja intenção mais parece ilusionismo e demagogia para ganhar espaço na mídia, e mesmo sendo demagógica, parece que não prosperou.

Por isto vou me aliar à campanha para baixar o salário de vereadores por que entendo que todos os que gostam de sua cidade deveriam prestar este serviço de forma voluntária, gratuitamente até, mas para não ra­di­calizar proponho o que a maioria das cidades está propondo, um salário mínimo para os vereadores a par­tir do próximo mandato.

E como no Facebook lanço o mesmo desafio, Quem for a favor da ideia Compartilhe.

Em tempo: a história do vereador que se diminuir vai doar seu salário para instituição de caridade, é coisa de sonho, utopia, vi em filme, ilusão.

Willian A. Zanolli é ar­­tista plástico, tendo ilustrado vários anuários do Festival Nacional do Folclore, jornalista, estudante de Direito, pode ser lido no www.willianzanol­li.­blo­gs­pot.com e ouvido de segunda a sexta-feira, das 11h30 às 13h­00 no jornal Cidade em Des­taque na Rádio Cidade FM 98.7.e aos domingos no Sarau da Cidade das 10h00 às 12h00.

 

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