WILLIAN Z. ZANOLLI

Que coisa horrível, blogs, sites, facebook e twiters e uma emissora local, parecem estar todos tomados pela fúria de genistas enfurecidos.

Nada lembra adeptos de um candidato com o mínimo de possibilidade de não ser derrotado nas urnas. Não estou afirmando que vá ser derrotado, não tenho bola de cristal e mesmo se tivesse não me arriscaria tanto.

Neste momento, afirmando esta possibilidade seria como solicitar ao espaço dedicado a comentários que lotasse, bufasse de indignação, de inconformados ligados ao sistema que não aceitam de maneira alguma nenhuma manifestação que possa parecer desfavorável ao líder Eugênio.

Discordar, além de fazer bem para o processo de discussão, areja, distrai, no entanto, o que se está vendo é um número de estressados, que imagino seja reduzido, que através do anonimato baixa o nível da discussão de tal forma que até a manifestação do Olímpia ame-a ou deixe-a copiada dos militares facínoras dos anos sessenta passa, no tempo presente, de agressiva manifestação autoritária a inocente brincadeira de “infantilóide”, de alguém com rebaixamento.

Os diálogos cheiram ao absurdo, envolvem família, inventam mentiras, vão para a baixaria total, parece que o desespero bateu às portas da candidatura oficial.

E não se está aqui dizendo que Eugênio tenha participação direta ou indireta nos fatos, está se ponderando que todos os ataques, sem exceção, às pessoas, e as candidaturas de Magalhães ou Helena, ou as agressividades verbais postadas na rede ou transmitidas pela emissora oficial tem invariavelmente o dedo, ou a voz de alguém pró Eugênio.

Não dá para entender se é desespero, ou se trata apenas de vocação autoritária, antidemocrática, medo da perda do emprego ou de benesses.

Pode parecer que este artigo trata de questões de ordem pessoal, já que tenho sido atacado pelos eugenistas que têm, inclusive, incluído minha família nos seus ataques.

Ou, que se trata do ataque desferido ao jornal, que estupidamente atribuem como se fora da minha responsabilidade a sua edição, quando apenas e tão somente sou colaborador.

Ou até a candidatura majoritária de minha preferência, mesmo que eu fique horrorizado com o ataque desferido a outra candidatura por quem não nutro simpatia eleitoral.

Nada disto, a indignação é que muitas vezes o comentário ou a ação da pessoa que cobra o poder público trata de coisa simples, e a retaliação extrapola toda e qualquer medida de desrespeito ao ser humano.

Qualquer comentário ou manifestação contrária ao grupo de Eugênio, desde o início do período eleitoral, por menor que seja, se transforma em uma guerra, em um bate boca sem fim, e coitado de quem emitiu a opinião.

Esta semana que passou foi a vez de um movimento favorável ao plantio de árvores, sem, ao que tudo parece indicar, nenhuma motivação política senão a de cuidar, zelar pelo meio ambiente, foi execrado pela rede social.

Não é preciso, nem ponderar sobre o fato. Exageros a parte, o pessoal pretendia plantar árvores, com doçura, colheu ódio de próximos do poder, e ficou com sabor de fel na boca ansiosa de palavras amigas que não vieram.

Sem contar que, ao que tudo indica, as pressões, as forças ocultas, esvaziaram o movimento.

Estou escrevendo e falando pelo que ouvi e pelo que leio por ai, nada me foi dito pelos organizadores do evento, nem os conheço.

Apenas citei como exemplo de que até situações que o poder público deveria aplaudir, apoiar, se posicionar favorável, “alguém” próximo, ligado, faz questão de detonar.

Gente, cabecinha no lugar, o poder é passageiro, lembrem sempre a frase. O inverno foi deles, a primavera será nossa, ou quem planta ventos colhe tempestades.
Tenho dito.

Willian A. Zanolli é artista plástico, jornalista e avesso a qualquer tipo de agressividade e contra qualquer tentativa de subjugação do ser humano.