06 de maio | 2012

Que babado forte, o Batman é Gay

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Willian A. Zanolli
Muitos já suspeitavam. E o roteirista de HQs de Batman há mais de 20 anos, Grant Morrison, confirmou em entrevista à Playboy: “Batman é muito, muito gay.” Segundo ele, “a homossexualidade faz parte do Batman”: “Não estou falando em gay num sentido pejorativo. É óbvio que enquanto personagem fictício ele é heterossexual, mas a base do conceito é absolutamente gay.”

Isso explica, diz Morrisson, o motivo pelo qual o personagem prefere sair com Robin a ficar com as várias garotas que dão em cima dele. “E acho que é por isso que as pessoas gostam. Todas as mulheres o querem e usam essas roupas provocantes, pulando de telhado em telhado para alcançá-lo. Mas ele não está nem aí: está mais interessado em sair com o parceiro.”

Nossa, muito embora não seja preconceituoso ou falso moralista, se não fiquei chocado ou perplexo com a revelação, pois suspeitava da relação mal resolvida do Super Herói com seu alter ego, e até já escrevi sobre o mito de super homens por aqui, causou espanto que outros jornalistas menores, os da imprensa cor de rosa não atentassem para o detalhe quando escolhem seus heróis.

Saiu o Batman do armário, portanto, bateu na trave, depois não falem que eu não alertei, ou por outro lado, a menos que haja intencionalmente uma estratégia para revelar segredos de bastidores, não justifica atabalhoadamente, sair dando patentes, ou outras coisas para quem elegemos como nosso referencial, nosso espelho social.

Por falar em espelho, batamos o cabelo que atrás vem gente, epa, epa, epa, troquemos este atrás vem gente, por, e a vida continua.
Dando continuidade a vida, necessário notar que esta precipitação em tentar supervalorizar alguém através dos excessos da bajulice pode terminar em depreciação do ponto de vista da caretice de cada um.

Senão vejamos um exemplo bem recente: Maluf é cidadão olimpiense; Enzo Nico Junior, também. Um não pode sair do país enquanto outro foi obrigado a sair do emprego que procurava, ambos por razões, senão idênticas, pelo menos próximas. Um é persona non grata no exterior e outro persona non grata no departamento que trabalhava.

Por isto que às vezes dar nome de pessoas vivas para ruas e logradouros não é coisa aconselhável, ai o cara rouba ou faz coisas outras que não condiz com o que a sociedade finge que gosta, ai é aquele trabalhão para renomear.

Estes exemplos deveriam servir de exemplo para aqueles mocinhos imberbes que tiveram que aquecer bancos de faculdades para aprimorar conhecimentos e se jogarem na árdua tarefa de informar através do jornalismo, e alguns, parece saíram das faculdades mais analfabetos que entraram.

Tem gente que consegue desaprender com uma facilidade espantosa, que raciocínio invulgar para andar para trás.

Estava lendo um editorial de um jornal que realmente não preenche as minhas expectativas em relação ao que imagino possa ser um jornalismo de categoria, e observei lá um ataque desmedido aos que são reconhecidamente jornalistas por provarem com trabalho junto ao Ministério do Trabalho o direito de sê-lo.

Em tese, o editorialista, analfabeto funcional, sem sombra de dúvidas, defendia a tese esdrúxula de que os verdadeiros jornalistas seriam aqueles que foram diplomados e aqueles que foram reconhecidos pelo Estado não seriam aquelas coisas.

Primeiro, que a exigência de diploma de jornalismo é imposição da ditadura, exatamente para cercear a liberdade de imprensa; segundo, se fosse verdade esta teoria simplista e burra, o que aconteceu anterior a isto teria que ser observado como antijornalismo.

Então, neste caminho tortuoso e sinuoso da falta de percepção e bom senso dos que servem aos desejos do poder central, chegaríamos à conclusão que os jornalistas e escritores premiados com o Prêmio Nobel de literatura Ernest Hemingwai e Gabriel Garcia Marques, nunca foram em razão da falta acadêmica, do diploma, jornalistas.

Lima Barreto, Rui Barbosa, Machado de Assis, Nelson Rodrigues, Carlos Heitor Cony, Boris Casoy, e outros tantos, não são e nunca foram jornalistas.

O decano da imprensa local, pensei até que se tratava dele,  o vovô gordoidinho, que eu assessoro, o Bibi, Silvio Roberto e tantos outros, que a memória esquece não são, não foram.

Lógico que são, ademais jornalismo como toda profissão que exige talento e criatividade, o diploma não pode ser exigência, pode ser um elemento a mais para contribuir no crescimento humano no sentido de melhor desenvolver e conhecer a profissão que se abraçou.

Contrário a isto, em que pese a hipocrisia e o descompasso de quem defende estas teorias da barbárie para defender ditadores em tempos de democracia, necessário notar que isto é como dirigir Komby, estando ou não autorizado pelo Estado, com carteirinha de motorista, se não souber fazer direito, tromba.

Em síntese, não é a carteira de habilitação que vai determinar a capacidade que o sujeito tem em relação a condução segura do veículo, muito menos o diploma vai assegurar ao escriba notório conhecimento sobre o universo da informação.

Observação evidente disto está exatamente em mim, que entre outras coisas cursei artes teatrais, e me considero uma mediocridade, sem talento algum para interpretar ou dirigir o que quer que seja.

Outra coisa, cursei a Escola Panamericana de Artes, e não foi a escola que me tornou artista, ela, a escola, acrescentou técnica ao meu trabalho, a vocação era anterior a isto.

Ah! Sim ia me esquecendo, o Ministério do Trabalho, que é um órgão oficial reconheceu que tenho direito ao exercício desta profissão de jornalista, após comprovar através de material bem vasto que sou minimamente capaz disto, portanto, como o motorista de Komby, estou habilitado para dirigir por linhas tortas o que pretendo escrever certo.

Não era de mim que falavam, tendo em vista minha insignificância diante deste imenso universo de letrados que a constelação jornalística olimpiense conta para brilhar e iluminar o céu da informação.

Só escrevi isto, por que entendi como desrespeitoso aos colegas que há anos se esforçam para mostrar o melhor de si, sem ter tido a oportunidade de esquentar bancos de faculdades como tantos outros estupidificados que tiveram a oportunidade e aproveitaram tão pouco a oportunidade demonstrando que instalada a estupidez na alma humana não há forja que molde de forma tornar a ferradura capaz de equacionar soluções criativas para o desenvolvimento de si mesmo sem que tenha que escoicear o outrem com o desdém, que, embora disfarçado, acaba revelando uma inveja tão incapaz quanto o dono, que por mais que se esforça não consegue ocultá-la.

Willian A. Zanolli é artista plástico, jornalista, pintor, teatrólogo, escritor, datilógrafo, tocador de berrante, motorista de Komby, sapateiro, pedreiro, lustrador de sapato, catador de esterco, pescador, vendedor de roupas intimas de gorilas e chimpanzés, letrista, vitrinista, desenhista, contador de histórias, ou mentiroso, como queiram.

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