19 de março | 2017

Quase cem dias de um governo até agora inexpressivo

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Do Conselho Editorial

Há quase cem dias de instalação do governo de Fernando Cunha e até agora não se conseguiu visualizar a que veio.

Tudo parece mais do mesmo, tudo parece o feijão com arroz mal temperado de outros governos.

O discurso do potencial do turismo que foi trocado pelo potencial do café, do laticínio, da indústria moveleira, da laranja, vai se repetindo enquanto promessa, sem demonstrar que mudanças significativas irão acontecer no cenário político e na economia local.

Afora isto as disputas locais por espaço no poder e as frituras dos que não rezam na cartilha são idênticas as desenvolvidas no século passado.

É a UEUO, o grupo de Teatro, Santa Casa no olho do furacão e os bate paus de sempre defendendo com unhas e dentes a eterna boquinha.

O fracassado carnaval e a pífia comemoração do aniversário da cidade remetem a nova enve­lhecida administração ao começo do século passado, àquelas quermesses de final de semana para arrecadar fundos para a construção da igreja.

Coisas maravilhosas de província que demonstram não ter mais cabimento na cidade que se orgulha de contar com o quinto parque aquático mais visitado do mundo.  

O poder legislativo, com a maioria dos representantes da população sendo base de sustentação do atual prefeito, em uma apatia total que não demonstra que se trata de início de governo e sim dá sinais de esgotamento, coisa própria de final de mandato.

O Executivo fabrica notícias positivas que mais se parecem repetição das pautas do governo que se foi nada havendo de novo, de agressivo, de verdadeiramente positivo.

As próprias ações de governo parecem ações de fim de mandato por não invocarem nenhum acontecimento recente espetacular que tire o executivo do marasmo que se encontra.

A impressão que passa é que o atual governo se satisfaz com a manutenção da mediocridade e da insignificância e que está apenas lutando para chegar no seu último dia.

A promessa mais contundente que seria a me­lhoria no sistema de saúde até agora não produziu nenhum efeito que possa ser sentido.

A diminuição do quadro de indicados para cargos em comissão ao que tudo indica e pelo que se observa não foi o que se anunciou e nem o que se esperava.

De resto, a continuidade das obras da lagoa de tratamento de esgoto, estação de tratamento de água, continuação das obras da Avenida Aurora Forti Neves e outras sobre as quais muito se falou, a impressão que fica é de que nada, aparentemente estaria acontecendo.

Cem dias passam depressa de mais e o político brasileiro tem por hábito e o povo espera que se venha a público para dar uma satisfação em relação às conquistas e as projeções futuras.

Até o presente momento tirante as picuinhas e os fuxicos de bastidores, a incompetência registrada nos eventos promovidos, as pequenas retaliações, nada há que sinalize para um governo marcante e propositivo de verdade.

O tempo vai passando e o desgaste por não se visualizar entre a teoria e a prática benefícios mar­cantes para a coletividade vai se ampliando e marcando evidente desencanto com a atual administração, em quem se depositou confiança e até o presente momento não en­vidou esforços ou não demonstrou publicamente que é tudo quanto prometeu em campanha e um pouco mais.

Por enquanto são quase cem dias de um governo até agora inexpressivo.

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