01 de abril | 2018

Pimenta assume que carro estava com Salata e não faz nada para apurar

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Do Conselho Editorial

Não se esperava da decepção que se transformou Gustavo Pimenta, outra coisa senão o lugar comum de todo politiqueiro sem noção que transformou este país na nação do desrespeito a legalidade.

Sua fala abominável em qualquer cidadão comum que se furta as suas responsabilidades sociais torna-se chocante por demonstrar quanto o cidadão brasileiro pode ainda desacreditar da política e tudo que a representa.

Afinal, o presidente atual do Legislativo não é uma pessoa desprepara­da, sem noção alguma do arcabouço legal que possa atribuir ignorância em relação à importância do cargo que ocupa e o comprometimento da instituição que deveria bem representar quando queda inerte a apurar possíveis desvios de conduta.

Gustavo Pimenta, é sabido da maioria olimpien­se, é advogado. No entanto, seu comportamento de colocar debaixo do tapete uma série de situações ocorridas no Legislativo mostra uma incapacidade enorme de visualizar que houve mudanças no país e que a impunidade não impera com a força que se impunha outrora.

Vergonhosamente, o Le­gislativo local tem se notabilizado pela total falta de transparência, pelas retaliações, ameaças, escândalos vergonhosos, cuja manifestação da presidência e próximos parece ser relati­vização do que deveria ser considerado muito sério.

O escândalo relacionado ao desaparecimento de um celular de propriedade daquela casa, cujo sumiço atribuído ao vereador Sa­lata e por ele, mesmo que indiretamente reconhecido, que se transformou em baixaria e notícia policial e abertura de CEI, parece que foi camuflada como se nada tivesse acontecido.

O super e vergonhoso escândalo da acusação de assédio sexual, segundo denúncia de um vereador, ocorrido nas dependências daquela casa, não fora o vereador atingido reagir como pede sua honra e biografia, já teria sido alvo do arquivo.

Vale notar que incidente idêntico naquela casa conduziu ao xilindró o vereador Marcos Santos, nota-se aqui que na denúncia que envolveu este ex-vereador, que após o curso de leão voltou a rugir nas mídias sociais, havia o componente de desvio de parte de salário de funcionária por ele indicada.

No entanto, não contando, até agora, o vereador sobre quem pesa a denúncia com a solidariedade do presidente Gustavo Pimenta, o que pode ser in­dicativo de sua crença de que é verdadeira a imputação.

Por outro lado, se crê na possibilidade de ser verídico o que foi denunciado, não instaurou processo interno para apurar fato tão grave, que destrói a credi­bi­lidade da Câmara, a moral da moça, se sofreu assédio ou o núcleo familiar do vereador envolvido, sua biografia e as relações sociais que mantém.

Só esta ausência de apuração dos fatos colocaria Pimenta na condição in­glória de um dos mais lenientes e permissivos presidentes da pior representação legislativa de todos os tempos.

E seu discurso da tribuna da Câmara em resposta a este jornal e a matéria por ele veiculada no que se relaciona ao carro é algo que soa e cheira absurda comprovação da tese aqui defendida de que Gustavo não é mais que construtor de terra arrasada por onde passa.

Não houve em nenhum momento em sua fala um movimento sequer que estivesse alinhado a visão atual do país da Lava Jato de investigar e apurar toda possível irregularidade que pudesse haver no caso denunciado.

Contrário a isso, preferiu a prática que deu motivo a que houvesse a Lava jato e o combate frenético a corrupção provocada pela inércia e incapacidade dos homens públicos de ao menos fingirem que são sérios quando necessário.

Os ataques dirigidos ao jornal e ao editor, a maioria dos que estão inelegí­veis por atos idênticos, de jogar a sujeira pra debaixo do tapete fizeram ao cansaço.

Da mesma maneira os políticos tradicionais que frequentam a justiça cansaram de culpabilizar quem os denunciava e de defender seus pares quando cometiam mazelas. Pimenta, não parece muito diferente em seu discurso de retaliação inútil.

Inútil, por que Salata é bastante conhecido pela capivara, pelo histórico de cometimento de possíveis mazelas, colecionador de denúncias desde muito e atacar quem denunciou o que deve ser corrigido é simplesmente vergonhoso, como sobra óleo de peroba para alguns.

Portanto, Gustavo Pimenta, atribuir a este ou aquele ações que deveria investigar e não o faz para poupar pares que deveriam ser corrigidos em nome da moralização da coisa pública, só arrastou e arrastará seu nome cada vez mais a galeria dos inexpressivos que pactuam com os erros alheios.

Fechando, e não fica bem a um presidente de Câmara ser tão desinfor­ma­do ao ponto de colocar inverdades, mentiras em sua fala desprovida de bom sendo e realidade.

Este jornal nunca foi e nunca será pautado por ninguém a não ser seu editor, e a denúncia relacionada ao carro do Legislativo sob a responsabilidade do vereador Salata e a possível direção perigosa irresponsável, foi levada a efeito por quem presenciou os fatos, não havendo responsabilidade alguma de alguém do Executivo ou do Legislativo.

A entrevista com quem presenciou a cena se encontra no Facebook e se a intenção é utilizar subterfúgios para perseguir e retaliar alguém, como parece tornou praxe nesta casa sob seu comando, assuma que é isto, pois já passou da hora e da idade de o senhor assumir alguma coisa de fato.

 

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