20 de agosto | 2012

Os salvadores da pátria

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 No período eleitoral, por desconhecimento, malandragem, ou desrespeito ao eleitor aparecem no cenário político os tradicionais salvadores da pátria.

Alguns, por não saberem exatamente a respeito do limite traçado pela função que irão exercer, outros por pura malandragem e alguns, em flagrante desrespeito ao eleitor, tornam públicas fórmulas mágicas que nunca poderão ser aplicadas no exercício do mandato que disputam.

Os que desrespeitam o eleitorado, para explicitar melhor em que situação isto se dá, são aqueles candidatos sem nenhuma proposição e que partem para o escracho, para o ridículo, que não demonstram nenhum apreço pelo pleito ou pela condição de autoridade que poderão assumir caso eleito, os Tiriricas, tão comuns nas disputas eleitorais.

Os que a título de zombaria deixam à mostra o conteúdo ridículo da vida farsesca que levam e que exerce um certo fascínio no eleitoral sem muita instrução e naqueles cuja vocação para a anarquia é nata.

A justiça eleitoral, ou mesmo nossos representantes legislativos, não pensaram na possibilidade de deixar claro que a função da disputa não é a contribuição para ridicularizar ainda mais a política nacional tão desacreditada exatamente por contar com quadros de insignificantes do ponto de vista da discussão lúcida dos problemas nacionais.

A justiça eleitoral, talvez por que esteja aprimorando as bases estruturais de conteúdo legalista e inibitório de sistemas permissivos de candidaturas cujo passado evidenciava nitidamente a possibilidade da manutenção futura do sistema tradicionalmente corrompido e eivado de vícios que insiste na resistência a mudanças.

Os legisladores, por sua vez, por políticos que são, e contaminados pelo vício da manutenção de mazelas que permitem sempre a troca das moscas, buscam impor obstáculos por levarem em consideração que independente do descrédito que estas patéticas candidaturas possam trazer para a categoria representam votos e na visão estreita deles, mais importante que a postura decente e ética da discussão de programas partidários e propostas, voto é o que interessa.

Sem contar que estas figuras que optam por transformar no vazio a discussão eleitoral impondo através da ausência de nível a discussão acerca do vazio, se eleitos serão apenas mais algumas marionetes que serão dominadas pelo sistema dotado de mecanismos preparados para nutrir, na maioria dos municípios, a solidificação da roubalheira e a política do rouba mas faz.

Neste cenário de inferno de Dante, está se desenvolvendo pelo país afora mais uma campanha eleitoral, onde pode se observar, pelas ferramentas de informação hoje disponíveis para a população, uma campanha personalista em que candidatos através do nome, respeito ou inserção que imaginam ter no seio da sociedade disputam o voto, maioria das vezes sem nenhuma proposta que mereça por parte de um eleitorado exigente nenhum crédito.

Imaginava-se que com estas conquistas da tecnologia seriam superadas estas barreiras que obstruíam pela dificuldade econômica a possibilidade dos candidatos de apresentarem a maioria de seus projetos e plataformas para conhecimento público.

Não tendo nenhum gasto com impressões ou papel poderiam os candidatos aos cargos executivos e legislativos, disponibilizarem na rede mundial suas propostas, no entanto, um ou outro optaram por esta possibilidade revelando o vazio extremo que é a concepção do fazer política na cabeça da maioria dos postulantes.

Sem contar que os santinhos dos pretendentes aos cargos estão cada vez mais diretamente ligados a figura personalista dos candidatos e tenta vendê-los como se fora um produto em promoção na prateleira de um supermercado.

A única grande diferença entre o produto político de marketing e as mercadorias dos supermercados, é que nos santinhos, ao contrário de nas mercadorias, não está explicito o prazo de validade de cada um, o que pode fazer com que o eleitor consumidor possa carregar para as Câmaras e Prefeituras produtos vencidos e propícios a causar intoxicações ou outros malefícios à saúde pública.

E o tanto de podridão exposto pela mídia, causada pela classe política no Brasil, é a prova contundente de que o eleitorado brasileiro tem optado por produtos estragados, ou podres, na hora do voto.

 
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