20 de setembro | 2020

Os palcos já estão sendo montados para cairmos em mais um conto da carochinha

Compartilhe:

“Eu digo que sou e você finge que acredita.
Depois eu finjo que faço e você sofre por
não ter. Aí não há mais como voltar atrás.
Eu fico com o seu sangue e você perambula
pelo tempo fingindo que está vivendo”.
Mestre Baba Zen Aranes

PARECE ATÉ QUE …

… foi tudo planejado pelo cosmo para que na hora que a pandemia começasse a perder o fôlego começasse a disputa eleitoral. Duas coisas cruciais e mortais para a população.

A PRIMEIRA …

… pela letalidade, o transtornos e a sequela que deixa este ser microscópico maligno, devastador, o tal do Sars-CoV-2, que tem a própria cov…a no nome.

SOBRE ISSO …

… nem é preciso dizer que nos últimos três meses sua presença causou um estrago mortal na cidade, com milhares de infecta­dos, centenas de pessoas que conseguiram sobreviver mas ficaram com se­que­las e, claro, 50 mortos, cinquenta famílias que não puderam sequer se despedir do seu ente querido.

UMA DESTAS, …

… mortes, uma das últimas a ocorrer na cidade, trouxe para a família a tristeza de enterrar o marido no dia 19 de agosto e a esposa quase um mês depois, no dia 16 de setembro, ambos em caixão fechado, sem o último adeus.

DO OUTRO LADO, …

… o período máximo da politicagem barata, quando o circo da Aurora ganha espaço em todas as redes, em todos os veículos de informação e o picadeiro se instala em todos os cantos para que os palhaços assassinos possam fazer suas diatribes na tentativa de atingir o coração das pessoas e tentar convencê-las de que são necessários para a sua existência, para, ao depois, mostrarem suas verdadeiras faces de seres malignos e mortais (que se prostram à espera das benesses e se escondem de todos, mesmo em meio ao sofrimento daqueles que o elegeram, durante o longo período chamado de mandato).

VOCÊ PODERIA …

… até pensar que os termos são pesados. Que estes seres não são tão letais assim. Tem muita gente boa que vai tentar fazer alguma coisa.

EM PRIMEIRO …

… lugar não há como enxergar a perfeição em nenhum ser pensante chamado bicho homem. E se não existe ninguém perfeito, não tem como dizer que aqueles que serão eleitos para representar a maioria, conseguirão cumprir os propósitos próprios de cada cargo. Alguns tentarão continuar no palanque, enganando, enganando e enganando, sem, no entanto, cumprir o seu papel. E a maioria vai se que­dar inerte diante de tanta dor de uma maioria que não sabe o que faz, não sabe o que diz e nem sabe por que vota.

ALIÁS, …

… o grande problema começa ai. Quem dos cães-didáticos sabe qual deve ser o seu papel e quais serão as suas obrigações perante a população que o escolheu? Ao que tudo indica, ninguém. 99,99% vão se eleger para mamar na teta da vaca que era para ser pública e usufruir das benes­ses do poder, inclusive da satisfação ao ego de ser o escolhido por um grande número de pessoas como o melhor entre os piores.

MAS O PRINCIPAL …

… problema do brasileiro é o regramento moral principal de sua formação: o levar vantagem em tudo, o ser mais esperto e viver acreditando que um dia poderá ser alguém, enganando, enganando e enganando, inclusive a si mesmo.

DENTRO DO CONTEXTO …

… só é possível acreditar que o eleitor que foi criado para viver em guerra contra tudo e contra todos, vai votar naquele que melhor o representar, aquele que o convencer que é bom na arte da enganação que nos foi ensinada pelo meio que vivemos como sendo a nossa lei maior.

PARA PIORAR …

… ainda mais as coisas, o próprio sistema exige que para ser candidato é preciso estar filiado a um partido político e estes estão nas mãos de verdadeiros caciques que se locupletam das siglas que serão as portas de entrada para aqueles que desejam entrar em cena no teatro mam­bembe que, através da corrupção, é o trampolim para aquilo que a plebe rude imagina como sendo o melhor da vida.

OU SEJA, …

… não há como se colocar na disputa sem beijar as mãos daqueles que já estão dentro do esquema. Mas, mesmo que tivesse, é muito pequeno, insignificante, o número de pessoas que consegue enxergar fora desta programação imposta e colocada a fórceps dentro das mentes da população. E mesmo que alguns se dispusessem a enfrentar o esquema, o sistema, com certeza seria taxado de louco, comunista, canibal comedor de criancinha.

ASSIM CAMINHA …

… a humanidade, a bra­silidade e a “olimpi­da­de”. Mais uma vez todos os lobos vão se travestir de cordeiros para enganar os lobos inferiores para que tudo continue como está. Eu finjo que sou, você finge que vota e eu finjo que fa­ço. No fim, muitos vão con­tinuar morrendo por falta de remédios, por falta de médico, por falta de emprego e, agora, até por falta de arroz.

MAS O PIOR É …

… ver que também tem muita gente morrendo por causa da burrice que é imposta pelo próprio sistema que impõe as regras da edu­cação de berço, através de conceitos morais medíocres, discriminadores, preconceituosos e que visam criar robôs programados para a produção que não têm condições nem de perceber que são infelizes.

E SEM A …

… a oportunidade de o ensino formal ensinar a refletir e a buscar o conhecimento (o antídoto da imbecilidade e da formatação robótica ou “zumbizan­te”), apenas bebem, se embriagam, se drogam para esquecer que o sonho de entrar para o clube dos mais espertos está cada vez mais distante.

José Salamargo … com a certeza de que mais uma vez vamos do nada para lugar nenhum. Mas com a certeza de que a diversão está garantida e poderá ser assistida de camarote em mais uma sequência de contos da carochinha apresentados nas centenas de palcos de circo que serão armados para a encenação das palhaçadas do Circo eleitoral de 2020. Riam bastante, pois depois a alegria do momento deve ser transformada em tristezas muito piores do que as que já experimentamos até agora.
 

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas