10 de julho | 2016

Os “neoidiotas” da coxinha “petralhando” os corruptos que acham que pobre é gente

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GENTE: …

… depois de um longo e tenebroso inverno, fora de época e agora também em época, eis que consigo esquentar os dedos pra poder dedilhar neste instrumento geralmente negro, cheio de pequenas teclas que, ao serem tocadas, provocam um interligar de ondas radioelétricas que são transformadas em símbolos virtuais, em forma de letras, coincidentemente ou não, escrita com a nossa linguagem chamada Português BR.

CLARO …

… que o BR é de Brasil e não de burrão, como vossa senhoria pode estar chamando este ser que já foi elefante e que hoje está com os ossos à mostra, literalmente um ser “zumbizante” em pele e osso.

NA VERDADE, …

… tudo isso serve apenas para iniciar este texto expressando o sentimento de apreensão e até de medo pelo qual está passando este ser que vos escreve.

O PIOR …

… é que tudo isso já foi expresso aqui. É uma questão de dominação, da imposição do fim de uma série de direitos que a maioria da população conquistou ao longo das últimas várias décadas e ao custo de muito sangue que a maioria não sabe que correu, nos tempos da ditadura.

TUDO ISSO …

… não precisa ser um adivinho para prever. Nem ter bola de cristal. É só analisar o grupo político que tomou o poder no Brasil. Não que o que estava não estava errado. A questão é mais acima. É política. É de maneira de pensar. É de ideologia.

OS PETRALHAS …

… como chegaram a alegar alguns, são chamados de progressistas, trabalham mais a questão social. E os coxinhas, seriam mais conservadores, mais afeitos a conservar o “status quo” do rico cada vez mais rico e do pobre cada vez mais pobre.

ESTA QUESTÃO …

… das ideologias de esquerda e direita, aproveitando pequena explicação contida no site do UOL Vestibulares (http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/politica-o-que-e-ser-esquerda-direita-liberal-e-conservador.htm), foram criadas durante as assembleias francesas do século 18. Nessa época, a burguesia procurava, com o apoio da população mais pobre, diminuir os poderes da nobreza e do clero. Era a primeira fase da Revolução Francesa (1789-1799). 

COM A …

… Assembleia Nacional Constituinte montada para criar a nova Constituição, as camadas mais ricas não gostaram da participação das mais pobres, e preferiram não se misturar, sentando separadas, do lado direito. Por isso, o lado esquerdo foi associado à luta pelos direitos dos trabalhadores, e o lado direito ao conservadorismo e à elite. 

DENTRO DESSA …

… visão, ser de esquerda presumiria lutar pelos direitos dos trabalhadores e da população mais pobre, a promoção do bem estar coletivo e da participação popular dos movimentos sociais e minorias.

JÁ A DIREITA …

… representaria uma visão mais conservadora, ligada a um comportamento tradicional, que busca manter o poder da elite e promover o bem estar individual. 

COM O TEMPO …

… as duas expressões passaram a ser usadas em outros contextos.

PARA O …

… o filósofo político Noberto Bobbio , embora os dois lados realizem reformas, uma diferença seria que a esquerda busca promover a justiça social enquanto a direita trabalha pela liberdade individual. 

ISSO TUDO, …

… adaptado ao nosso contexto atual, teríamos expressamente os “Petralhas”, de forma errada, corrupta, atabalhoada ou não, respeitando e promovendo os interesses das minorias, dos trabalhadores e, do outro, o dos coxinhas chamados “neo­liberalistas”, querendo o fim destes mesmos direitos e que tudo seja dominado pelas empresas, pelo capital, pelo lucro.

SOBRE ESTE …

… tema, o neoliberalismo, um excelente artigo foi publicado na Cara Capital, no início de julho, assinado por Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo, que mostra o porquê desta ideologia econômica estar sendo questionada em todo o mundo e a constatação de que mesmo assim estão querendo trazê-la de volta para o país, num verdadeiro golpe levado a efeito usando todas as armas legais existentes em nosso país.

SEGUNDO OS …

… autores, desde o fim dos anos 1970, a reestruturação do capitalismo, ora em risco, envolveu mudanças profundas no modo de operação das empresas, na integração dos mercados e, sobretudo, nas relações entre o poder da fi­nan­ça e a soberania do Estado. 

O VERDADEIRO …

… sentido da globalização é o acirramento da concorrência entre empresas, trabalhadores e nações, inserida em uma estrutura financeira global monetariamente hierarquizada, co­mandada pelo poder do dólar. 

PARA SE TER UMA …

… ideia, até os anos 1960 do século XX, a Revolução dos Gerentes estava comprometida com a obsessão pelo crescimento da grande empresa no longo prazo. Dotada de uma estrutura burocrática hie­rar­quizada, a grande corporação abrigava com segurança os blue collars no chão de fábrica e, nos escritórios, acomodava a classe média white collar em bons empregos e saudáveis remunerações.

NAQUELES TEMPOS …

… a cada 12 dólares gastos na compra de máquinas ou construção de novas fábricas, apenas 1 dólar era des­pendido com os dividendos pagos aos acionistas. Nas décadas seguintes, a proporção começou a se inverter: mais dividendos, menos investimento nas fábricas e na contratação de trabalhadores.

OU SEJA …

… enquanto no passado as grandes corporações e mesmo qualquer empresa investia em sua linha de produção e no seu capital humano, com a entrada do chamado capital volátil, ou seja, a mera aplicação do dinheiro visando o lucro imediato, provocou uma mudança no perfil das organizações.

COM AS EMPRESAS …

… se transformando em mero objeto de aplicação financeira, num verdadeiro “wall street” travestido de geradores de trabalho, o que se quer é o lucro rápido, não mais em anos, mas em meses. Não se investe em melhoria de produção, em capital humano, mas em geração de lucros, em retorno imediato.

E AÍ …

… o feitiço vira contra o feiticeiro. Pois se a empresa não investe na melhoria de sua produção, através de investimentos em sua própria estrutura e em funcionários, visando apenas o lucro rápido, acaba produzindo sem qualidade e sem compromisso com o próprio mercado.

E O QUE É PIOR …

… se não investe, não distribui a renda através dos empregados e se estes não ganharem também não vão comprar e aí o círculo começa a ruir. Ou seja, quanto mais a renda se concentra nas mãos de poucos, menos o mercado gira e aí se instala a crise.

QUANDO A FORD…

… deu início ao sistema de linha de produção e sacramentou o chamado capitalismo moderno, industrializando e criando produtos em série para o consumo, não vislumbrava apenas vender para os ricos e sim para os seus próprios funcionários também, ou seja, para todas as camadas. Um mercado amplo, onde todos são consumidores e todos sobrevivam da relação capital x trabalho.

NO ENTANTO, …

… com este neoliberalismo que prega a ausência total do Estado até em setores considerados estratégicos (como energia, telefonia e outros), quando se visa apenas o lucro e não a evolução do negócio, acontece o que está se verificando hoje no Brasil. Falta água, falta energia, o telefone é uma …; as estradas cobram pedágios absurdos mesmo não estando em qualidade desejável, enfim, tudo é de péssima qualidade, mas os investidores estão com o bolso cheio.

E, PIOR AINDA …

… estão sucateando a própria educação para poder privatizá-la. É este o modelo que uma população em que 90% não consegue ler e interpretar um texto, portanto, é semianalfabeta, está aceitando que seja implantado no Brasil, um modelo prestes a ser banido de quase todas as economias do globo, está prestes a ser implantado em nosso país, sorrateiramente, travestido de modernidade.

 MAIS LAMENTÁVEL …

… ainda, é que junto com esta dualidade entre ricos e pobres, os próprios pobres que serão os mais prejudicados, de tanta massificação e virais espalhados pelos autores deste lamentável movimento pró-coxinha, acabam defendendo uma mudança do nada para o lugar nenhum e atacam quem consegue enxergar o verdadeiro “golpe” que não é apenas a tomada do poder na presidência da república, mas, sim, e principalmente, a implantação da barbárie coletiva, com o fim de conquistas elementares para a democracia, como os direitos trabalhistas, a aposentadoria, os direitos humanos, a educação, para citar somente os mais elementares.

NO DIREITOS …

… humanos, o que se quer é um Estado policialesco, sem direitos constitucionais garantidores do próprio Estado Democrático de Direito, como o duplo grau de jurisdição; como a igualdade de direitos; enfim, além de querer perpetuar a realidade gritante de que só pobre vai para a cadeia, ainda querem fortalecer uma polícia que mata e espanca, além de colocar uma pá de cal em cima da liberdade de expressão. Tudo agora é motivo para processo de dano moral, confundindo-se o público com o privado e transformando esta nação numa verdadeira privada de corruptos endinheirados que querem enterrar os pobres na miséria, sem perceber, que acabam cavando o próprio túmulo no sistema que querem implementar.

ELEMENTAR …

… meu caro leitor, o mercado não é composto apenas pelos 10% que ficam com os 90% das riquezas produzidas no país. Mas sim, e principalmente dos 90% que ficam com os restantes 10%, mas são programados para gastar, gastar e gastar, consumir, consumir e consumir e sustentam com seus míseros salários, um sistema corrupto que gera o lucro da minoria que está querendo estrangular a sua galinha dos ovos de ouro.

NA APOSENTADORIA …

… as caças às bruxas já começou com revisões de auxílios e até de aposentadorias por invalidez. E virá muito mais por aí. O terror maior aguarda a aprovação do impeachment para se instalar.

NOS DIREITOS …

… trabalhistas, a situação chegou ao ponto da desfaçatez de um deputado declarar que iria cortar gastos no orçamento da justiça trabalhista porque esta só decidia a favor dos empregados.

A GRITA É …

… geral, pois em momentos caóticos como este, o pobre coitado do trabalhador, prestes a ver seus direitos “flexibilizados”, ou seja, decepados, acabam procurando guarida na justiça para amenizarem a própria fome.

CORTARAM …

… tanto o orçamento para a Justiça do Trabalho que já se fala em paralisação por falta de recursos. Mas o pior e o mais dramático é saber que deputado que provocou os cortes afirmou com todas as letras que é uma Justiça que complica muito para o capital, onde os trabalhadores quando não ganham não perdem, fez comentários de que está na hora dos juízes criarem juízo”.

MAIS TRISTE …

… ainda é que a coisa está ficando tão descarada antes mesmo de se ter a certeza de que o golpe deu certo. Para a juíza Patrícia Almeida Ramos, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região, os argumentos do deputado para o corte foram esdrúxulos.  “Principalmente na crise, essa é a Justiça que incha mais. O direito de ação é um direito constitucional do cidadão. Está sendo retirado direito do trabalhador”, disse.

DÁ NOJO …

… sabendo qual é a ideologia, qual é o objetivo de um monte destes políticos que tomaram o poder, que além de, em sua esmagadora maioria terem acusações de corrupção sob os seus ombros, estão querendo é criar um sistema político/econômico já com­pro­vadamente falido e que está sendo repensado em tudo quando é canto do planeta.

A CONSEQUÊNCIA …

… disso é imprevisível, mas hoje não se pode mais enganar, enganar e enganar como no passado. Nem na china e na Coreia do Norte se consegue mais manter a população encabrestada, vilipendiada e embromada pra sempre. É esperar para ver?

 

José Salamargo, sem querer ir do nada para o lugar nenhum, mas patinando na ansiedade de um tempo incoerente, sem um mínimo de lógica e sentindo nojo dos enganadores que não titubeiam em querer enganar a massa que continua a viver para meramente sobreviver e, aos finais de semana, se entorpecer para continuar a produzir e voltar consumir e se drogar, até a vida findar.

 

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