26 de julho | 2015

Onde estão os B.Os que o comandante diz que não sumiram? O gato comeu?

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É PESSOAL, …
… com certeza, hoje, com o advento da tecnologia, estamos vivendo uma situação muito preocupante e propícia ao surgimento de algum caudilho que possa se postar como o chefe supremo desta nação pobre em todos os sentidos.

RICA …
… em insumos, ou seja, riqueza natural; também milionária em termos de produção, tanto agrícola quanto industrial e comercial. No entanto, ao cobrar altos impostos para sustentar a corrupção, mantém a sua grande maioria de habitantes em estado de escravidão total via imbecilidade cultural, ao manter lares miseráveis, sem estrutura, com seus membros sem perspectiva de galgar uma vida digna, tanto por não ter a educação do berço, quanto a educação escolar, que não ensina a pensar, a refletir, a construir os saberes que escancaram a visão de mundo, de si e dos outros, tiram o tapa olhos da mediocridade.

QUANTO MAIS …
… conhecimento, mais informação processada e entendida, melhor a visão das coisas. E isso o Estado não proporciona. Perpetua a mediocridade para ter uma grande massa de manobra, guerreiros que não sabem nem por que acordam, produzem as riquezas e voltam para o casebre empobrecido, após garantirem que os corruptos vão ter condições de abocanhar cada vez somas maiores do imposto que pagamos que na lei deveria ser revertido em melhoria de vida da população e … principalmente em educação.

PARECE …

… que as pessoas estão tapadas e sendo levadas pela criação de uma verdade virtual que os tornam portadores dos mesmos conceitos dos bandidos que se locupletam no poder, desviando o dinheiro que deveria ser de todos.

MAS SEM MAIS …

… divagações filosóficas, vamos partindo direto para o assunto principal da coluna desta semana que é a manifestação da polícia militar local, quanto a divulgação neste mesmo espaço de uma possível operação tartaruga na liberação de Boletins de Ocorrências levada a efeito em relação à imprensa que não puxa o saco, que não bajula, que não é oficialesca.

SERÁ QUE AGORA …

…. está explicado? Imprensa em Olímpia é aquela que realmente faz jornalismo e não relações públicas, aliás, nem isso, pois o puxa-saquismo oficial denigre até a função do profissional de relações públicas. Entendo que têm certos “blogueiros” que estão mais para “promoters” do que qualquer coisa.

UM DOS QUE …

… estamos analisando só fala bem do governo atual, lambe as botas geniosas e, por conseguinte, da própria pm. Parece que tem devoção a autoridade e dá mostras de cultuar o autoritarismo, a ditadura.

O OUTRO, …

… além de ser assessor direto, ganhar do erário, além de só mostrar um lado bom que este governo não tem, também mantém um blog que mais parece ser uma coluna social da polícia militar de Olímpia, que aparece na maioria das matérias fazendo poses de heróis, galãs, ou sabe-se lá o que, além de ser colocada pelo escriba como verdadeiros personagens de filmes de ação.

CHEGA-SE …

… ao cúmulo de se publicar mais fotos dos policiais do que do fato em si. Em Olímpia, inaugurou-se o colunismo social da Polícia Militar na internet.

SEGUNDAMENTE, …

… como diria o personagem de Dias Gomes, Odorico Paraguaçu, se faz necessário explicar que o jornalismo praticado no Brasil, que é praticamente uma cópia do americano, que por sua vez, é baseado no europeu, prevê três tipos de decodificação, ou seja, três formas de se escrever ou contar os fatos.

A PRIMEIRA …

… delas é a notícia informativa, onde o repórter busca informações sobre os fatos, tenta descobrir o maior número de informações possíveis e escreve de maneira simplificada, sem palavras difíceis e para que a maioria entenda, mesmo os 80% de alfabetizados funcionais brasileiros (aqueles que não sabem ler e interpretar um texto).

A SEGUNDA …

… é a chamada interpretativa, onde o jornalista pega as informações obtidas por ele ou por outro e tenta interpretar os fatos baseados na confrontação histórica, na oitiva de especialistas da área e escreve a notícia mastigada, mostrando várias interpretações para que o leitor, ouvinte ou telespectador possa visualizar a sua própria verdade.

ALIÁS, …

… antes de entrarmos na terceira, se faz necessário um parênteses, para esclarecer que a filosofia e vários outros ramos do conhecimento entendem que não existe verdade absoluta, simplesmente porque o nosso sistema cognitivo (os sentidos) é falho e como cada um é educado segundo regras e costumes diferentes, além do fato de que não existe, geneticamente, ninguém igual ao outro, nem gêmeos idênticos, para muitos a única verdade absoluta é a morte.

VOLTANDO AO TEXTO …

… a terceira forma de se escrever jornalisticamente é a matéria opinativa, geralmente utilizada em editoriais, artigos e colunas, em que o jornalista comenta algum fato, passa para o leitor a “sua” e somente sua visão do que está sendo discutido. No caso do editorial, o jornalista tenta passar a ideologia seguida pelo veículo para o qual escreve.

OS NOBRES LEITORES, …

… os meus quatro ou cinco prezados e destemidos seres que conseguem aguentar estas lucubrações deste elefante que está passando por um processo de transformação para se tornar leão e … não “leo pardo”, como foi escrito aqui na edição passada, devem estar martelando na “cachola”, o porquê de toda esta explanação “filojornalística”.

ACONTECE …

… nobres senhores, que o comandante da Cia da Polícia Militar de Olímpia, enviou o pedido de direito de resposta mais esdrúxulo da história deste jornal.

PRIMEIRO …

… que direito de resposta, pelo que se entende, tem que ser enviado diretamente para o veículo que publicou a informação que se quer corrigir ou responder.

O DITO …

… militar, ao invés de mandar apenas para esta Folha, enviou para os veículos que puxam o saco do atual governo e também da polícia militar local, os “promoters” de autoridades, e, ainda para os veículos de comunicação que praticam o jornalismo.

ORA, NOBRES …

… leitores, se o capitão queria direito de resposta deste veículo e manda para todos os outros, então não quer atingir com suas digressões (no sentido n.º 6 do Houass eletrônico versão 3.0) apenas os leitores deste jornal, mas também os de todos os outros.

SE JÁ FOI …

… publicado em outros veículos, não tem necessidade de sair nesta Folha. Em princípio, nem iria publicar o tal de direito de resposta que saiu como Nota à Imprensa e nem assinado e rubricado em todas as folhas está. Mas, em nome da própria democracia e pelo simples fato de que cada um enxerga as coisas de uma forma diferente, veja o tal documento no mesmo tamanho que foi utilizado para tratar o assunto questionado na edição passada na página 2.

ANTES DE …

… entrar no tema, vamos desviar o teorema, o capitão convocou representantes da imprensa, não sei se o pessoal do bajulismo também, para discutir o assunto. Pelo que esse jornalista ficou sabendo, inicialmente, o militar teria dito que não sabia se a operação tartaruga tinha sido levada a efeito ou não e que a ordem não teria partido dele.

DIANTE DE …

… tal fato, este colunista entendeu que o assunto estava encerrado e que o próprio militar iria investigar o que havia acontecido.

QUAL NÃO FOI …

… a sua surpresa quando os informantes (os fanáticos por fofoca) começaram a ligar para dizer que os “bajulistas” já haviam publicado um direito de resposta que seria solicitado a esta Folha.

GOZADO NÉ, …

… direito de resposta pra quem não escreveu?

BOM, …

… no final da tarde, chegou a dita resposta que os “bajulistas” haviam publicado na internet, claro, não sem antes destilar o ódio que sentem por este cidadão e pelo jornal que escreve.

O DOCUMENTO …

… veio intitulado assim: “Nota de Imprensa – Polícia Militar responde críticas do semanário Folha da Região”.

APÓS, O PREÂMBULO …

… onde apresenta texto jurídico falando sobre o direito ao direito de resposta apontando a legislação pertinente, o capitão, ou quem preparou o texto à sua ordem, afirma que não adota censura ou qualquer outro meio de limitação a nenhum órgão de imprensa do município e região.

NO ENTANTO, …

… na sua complementação já deixa margem para que através de interpretação extensiva, haja exceções: “que busque informações concretas, que esteja compromissado com o jornalismo verdade, sério e imparcial, com o objetivo de informar aos cidadãos”.

ORA, SENHORES, …

… se você está estabelecendo regras subjetivas de limitação, como está demonstrado neste documento em que o militar afirma que este jornalista não se enquadra nas qualificações acima, então o capitão está afirmando que este profissional que milita na imprensa local há quase 40 anos, está censurado. Ou não? Cada um tem a sua própria verdade e entendimento, encontre a sua resposta.

DE OUTRO LADO, …

… como justificar, sob a égide dos conceitos jornalísticos, que o blogueiro que faz a coluna social da PM e o outro que se notabilizou por mostrar só o que mandam aqueles aos quais puxa-lhe o saco, tem acesso direto, amplo, geral e irrestrito às informações emanadas da Cia local da PM?

AO DEPOIS, …

… faz uma dissertação sobre a PM, sobre o fato de os profissionais serem humanos, terem família e por aí vai.

MAIS ADIANTE …

… afirma que este jornalista não o procurou para saber sobre a matéria.

ORA, COMANDANTE …

… a minha coluna não é informativa, é opinativa, portanto, representa o que penso, o que reflito e tento enxergar, não tem o compromisso de buscar informações, de fazer reportagem. Aliás, já se vão décadas que não cumpro essa função. Se alguém quiser se manifestar contra é só fazer da maneira correta e ligar para o colunista, ou mesmo enviar carta ao jornalista, email, watsapp, etc, mas não nota à imprensa.

A SEGUIR …

… acusa este jornalista de imparcialidade quanto aos fatos publicados.

SEM DESRESPEITAR …

… a opinião do militar comandante, este jornalista tem outro pensamento e que já foi explicitado acima.

CONTINUANDO, …

… o militar começa a responder diretamente, dizendo que a manchete é infundada, parcial e inverídica, que ataca a polícia militar direcionando pecha que não fala qual é.

MAIS UMA VEZ …

… sem desrespeitar a qualificação dada pelo militar à manchete do jornal, pois respeita o direito individual de cada um de tecer seus próprios julgamentos subjetivos (não aqueles em que taca-lhe o pau ou o chinelo) este jornalista tem a dizer que, em primeiro lugar, não se tem nada contra a instituição, nem contra qualquer policial que seja. O que se luta, nesta trincheira chamada Folha da Região, há quase 35 anos, é contra qualquer tipo de injustiça que possa ocorrer, pela preservação do Estado Democrático de Direito.

ALIÁS, …

… o dito comandante deveria ser prova inconteste desta informação, pois no episódio em que o seu antecessor Nabi Affiune foi acusado e condenado por ter achacado seus subordinados e ele, se não falha a memória deste jornalista, estava sendo cotado para ser transferido para São Paulo, o único veículo que publicou os fatos foi este jornal. Aliás, se a ameaça de transferência realmente aconteceu, com certeza, este jornalista e este jornal influenciaram para que acontecesse o que aconteceu, inclusive a permanência do dito militar em Olímpia.

À ÉPOCA …

… este jornal e este jornalista não estavam defendendo os policiais achacados e nem o dito militar, mas sim lutando contra a injustiça, contra a barbárie, contra o desmando, contra qualquer resquício de ditadura.

QUANTO AO FATO …

… em si, este jornalista mantém o que foi escrito aqui, já que este jornal e outros dois veículos que, como o próprio comandante disse, buscam fazer o jornalismo verdade, não o “oficialesco”, o “bajulol”, como foi escrito na semana passada, só teve acesso a ocorrências de escolta de presos; um dos repórteres, por exemplo, num dia da semana retrasada, não conseguiu nem entrar na sede da companhia, pois quando estava ainda na entrada foi avisado por um policial que não tinha nada.

TUDO ISSO, …

… quando a própria imprensa teve acesso a ocorrências em que a PM participou junto com os Bombeiros e só lá apareceu e na Companhia não, ou mesmo, ocorrências que os militares registraram na civil e a imprensa teve acesso só na delegacia e na companhia não.

ISSO É FATO …

… capitão, foi, inclusive, dito para Vv. Ss. no dia da reunião. Como não houve censura? Aliás, o próprio capitão já falou tempos atrás que algumas normas da corporação davam o direito dele selecionar as ocorrências que poderiam ser divulgadas e isso foi rechaçado neste mesmo espaço, afirmando que nenhuma norma infraconstitucional pode ser superior à nossa Constituição cidadã.

EM OUTRA PARTE …

… de sua resposta à imprensa e não a este jornal e este jornalista, o comandante afirma que ouviu quase todos os órgãos de imprensa da cidade, que diz possuir cinco no total, e que não ouviu nenhuma reclamação, pelo contrário, só elogios. Claro, elementar, caro capitão, não foi dito ao senhor que houve censura, mas foi dito sim que as ocorrências deixaram de estar à disposição da imprensa por uma semana, justamente na semana após esta coluna e este jornal publicarem o caso do vídeo das meninas expostas a humilhação pública, que talvez seja o cerne da questão. Será que não é a mesma coisa? Eu entendo que sim.

POR FIM, …

… o capitão fala que este jornalista é um julgador e revoltado contra a força policial da cidade e dá a entender que o que foi escrito aqui foi mentiroso, ardiloso e vil.

QUANTO …

… ao julgador, só para explicar ao comandante, quando a gente tenta refletir, coloca em cena os próprios conceitos de certo e errado, portanto, qualquer conceito que se emita será um julgamento próprio, mas, daí até condenar alguém, é muito diferente, pois condenação tem cara de pena e o julgamento conceitual é subjetivo, analítico, reflexivo. E é o que foi feito na coluna, já que em nenhum momento se afirmou nada que pudesse ser considerado fora deste patamar, a única coisa que se afirmou foi que as ocorrências sumiram, só ficaram as de escolta de presos e outras de menor importância logo após a matéria do vídeo ter sido publicada neste jornal e isto é fato, não julgamento, e já foi provado pela declaração dos profissionais que não bajulam na própria reunião citada pelo capitão.

PORTANTO, …

… este jornalista mantém tudo o que foi escrito por ele no jornal e em sua coluna, pois tem o direito de considerar, ou mesmo julgar, pois é entendimento seu, sem dar chinelada na cara de ninguém, sem expor adolescentes pobres marginalizados pela própria sociedade a execração pública e por aí vai. O debate é feito com palavras e não com chinelo ou balas, caro capitão.

AGORA …

… soa estranho para este colunista, Vv. Ss. não ter conhecimento destes fatos que até podem ter sido levados a efeito por seus subordinados, mas, ao se propor a escrever, ou mandar escrever uma resposta destas eivada de rancor, dá até a impressão contrária …

 

José Saramago – seguindo em frente sem medo de ser feliz. Aliás, viver com medo, com ódio, com rancor, não leva a felicidade.
“Alguém vai ter que ter coragem para saber como romper as portas do palácio e encarar os reis”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

do palácio e encarar os reis”.

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