11 de abril | 2020

O que esperar do dia depois de amanhã?

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“Por enquanto não tem vacina, cloroquina, sibutramina, anfetamina ou margarina que resolvam. A única evidência científica concreta e experimentada é que só o isolamento pode minimizar a velocidade de transmissão e evitar o caos macabro de centenas de mortos por falta de atendimento médico-hospitalar e, principalmente leitos de UTIs”.

Ass.: Orthocoronavirinae demoniuns infectus.

PARECE …

… simples. Se fosse eu, faria isso. Se fosse Bel­tra­no, agiria naquele plano. Se fosse José, pegaria no pé da população e dos empresários. Se fosse Maria, investiria na conscien­tização em larga escala.

CADA CABEÇA UMA SENTENÇA, …

… exclamariam os mais antigos, parafraseando a filosofia oral e moral dos nossos antepassados.

POIS É, SEU ZÉ, …

… como julgar todo este cenário catastrófico que ainda não registrou ne­nhu­ma estrago de grande monta, mas que faz pairar sobre os prováveis 55 mil habitantes desta cidade que viu um “elefarantes” nascer, crescer e se multiplicar, a ameaça de um ser invisível mas que pode ser devastador e provocar um monte de mortes?

DE UMA COISA …

… este ser, que ousa procurar enxergar e entender as diversas narrativas da realidade, tem certeza, mesmo estando em estado de vigília constante, semidepressão e com preocupação extrema com o que pode acontecer com este povo escravizado da cidade que ama: não queria estar na pele de quem tem que decidir que caminho seguir.

SIMPLESMENTE …

… porque não existe saída que não cause dor. Não existe medida que não provoque estragos. E, ainda, rodeado de um bando de puxa-sacos, cuja maioria não consegue refletir nem sobre a conjuminância hemisférica superposta das ojerizas midiáticas, só pode apelar para a sua formação cartesiana, a única saída tomar as decisões e torcer para que se tenha seguido o caminho menos desastroso.

SÃO DOIS PONTOS …

… contrários de uma linha sinuosa que se contrapõem e, neste embate, mostram a fragilidade de um sistema que não consegue agir para evitar a morte, que dirá a fome.

TUDO O QUE ESTÁ …

… acontecendo é crônica de uma morte anunciada. Está na bíblia. Está em centenas de tratados e de trabalhos científicos. O ser humano, na sua luta para impor a sua supremacia, destruiu e sujou sua própria morada e grande parte do que nela habitava e, não satisfeito, passou a ser predador de sua própria espécie.

MAS, NÃO HÁ COMO …

… fugir da tal da lei da ação e reação (a terceira lei de Newton que afirma que a toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade, mas que atua no sentido oposto); onde impera o egoísmo e o princípio de que os fins justificam os meios, com certeza, uma força reativa cobrará a fatura.

E O QUE A GENTE …

… está vendo, não chega a ser, ainda, nenhum apo­calipse (anjos, pragas divinas e um dragão satânico levando os injustos para o inferno), é apenas um ser microscópico que se reproduz em velocidade vertiginosa e provoca estragos não só nas pessoas, mas em seu modo de vida, em suas crendices, em sua moral, e na própria vida que levava e acreditava que seria o único “modus vivendi”.

O “DEMONIUNS INFECTUS” …

… é fruto do próprio desregramento destrutivo e da incapacidade de ser humano (vem do latim = homem sábio) do próprio ser humano.

MAS ESTÁ AÍ, …

… tem que ter sua fúria devastadora administrada até que se encontre uma arma para estabelecer um controle, pois é um inimigo quase indestrutível, não dá para ser eliminado simplesmente, pois, como um fantasma se replica ver­tiginosamente no hospedeiro humano e em outros que a ciência não consegue decifrar.

E, DIANTE DA …

… estupefação de bilhões de habitantes, decisões têm que ser tomadas em meio a regras que não são concretas e teorias mil que são postas, mas que não foram experimentadas suficientemente para serem consideradas como ciência (conhecimento baseado no método científico).

E CADA ALDEIA …

… tem suas necessidades particulares e tem que ter decisões específicas nelas baseadas.

E A REFLEXÃO …

… para se chegar ao conceito do que fazer é pelo menos macabra. Se fizer isso, pode acontecer aquilo; se fizer de outra forma pode causar tais conse­quências; mas em todas elas, não existe a possibilidade de não haver mortes. Não tem como ir do bom ao mal. Só dá para optar pelo menos ruim.

E O ATUAL MANDATÁRIO …

… está entre o relaxar a única medida efetiva de controle comprovada até aqui, que é o isola­men­to, e o amainar a fome que já existia, mas que pode chegar a estágios incontro­lá­veis de manifestação, inclusive de violência, em razão da lentidão do governo federal em promover a distribuição de ajuda financeira aos que precisam neste estado de guerra, pois é o único ente federativo que tem o poder de fazer brotar o ouro, ou seja, emitir moeda, fabricar o dinheiro.

UNA-SE A ISSO …

… a própria incapacidade local de promover a distribuição de ajuda e mesmo a fiscalização ou a viabilização das própria medidas, por absoluta falta de material … humano … tudo o que se fizer passará a ser no mínimo péssimo e cheio de efeitos colaterais.

José Salamargo … esperando, imobilizado, numa guerra que a única saída é se esconder, praticamente 24 horas no ar, tentando enxergar, tentando entender, pra poder espernear, gritar e buscar conscien­tizar que só poderemos amenizar a catástrofe mas não dará para fugir da tragédia. Mas com a certeza de que após essa tempestade mortal, não virá a bonança, mas, sim, grandes mudanças, senão podemos esperar por calamidades ainda maiores e mais devastadoras. E não dá para afirmar nem o “salve-se quem puder”, pois se a maioria não seguir o mesmo caminho, se unir em seus propósitos, muitos poderão não escapar.

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