07 de março | 2021

O pico da segunda onda ou a pior fase de toda a pandemia

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“O dia vira noite tão rápido que não conseguimos
nos aperceber. O presente, após um suspirar já
se torna passado que, como uma fotografia, vai
ficar amarelado em nossa imaginação. O futuro,
temos a capacidade de imaginá-lo no presente e,
embora também se dissipe num piscar de olhos,
podemos tentar trabalhar a sua realização,
traçando planos para que seja sempre melhor.
Mas o que é ser melhor?, eis a questão”.
Mestre Baba Zen Aranes.

 

SERIA SALUTAR, …

… ou até maravilhoso mesmo, poder começar esta reflexão sabática de hoje anunciando que a maior ameaça à vida, ao “modus vivendi” e ao próprio ser humano, dos últimos tempos, foi dominada e encontrada uma forma de superá-la, colocá-la num presídio de onde não possa sair, ou que tenha sido eliminada da face da terra, mesmo sendo um ser vivo que também habita este planeta. Será? Eis a questão!

QUEM SOMOS NÓS PARA …

… decretar sua extinção, mesmo sendo um inimigo mortal. Dentro da teoria do amor incondicional, na verdade, o que teríamos de fazer é realmente achar uma forma de conviver sem que ele consiga se espalhar de forma tão catastrófica.

CONSEGUE IMAGINAR …

… que este é o pensamento (o de eliminar, de extirpar) que move e moveu o realizar de todas as guerras, todos os embates? O conflito de interesses em todo o seu universo, que sintetizado de maneira simplória se resume na triste frase: o que importa é o nosso próprio umbigo?

POR ISSO QUE …

… a saída seria a convivência pacífica. Você pode estar pensando, este Ele­farantes Arantostélico está escorregando na maionese, está delirando. Mas, em todos os sentidos, tanto nas guerras como em qualquer outro tipo de con­flito, o que se vislumbra é que sempre a saída é esta, principalmente utilizando um dos tentáculos mais importantes do amor incondicional, que é a em­patia (no sentido de se colocar no lugar do outro).

AÍ, VOCÊ PERGUNTARIA …

… de você para você mesmo, pois nosso diálogo não é presencial, é ener­gético virtual: esse ca­ra tá dizendo que tenho que me colocar no lugar do vírus? E aí a resposta certamente surgiria: “Este sujeito tem que ir para o hospício!”.

MAS QUEM É O …

… o danado, o maligno? É um agente infeccioso diminuto, desprovido de metabolismo indepen­den­te, que se replica somente no interior de células vivas hospedeiras. Mas é um ser vivo. E como um animal irracional, reage para continuar perpetuando a sua espécie. Inclusive, no presente caso, se rein­venta, evolui, se adapta, se transforma para continuar a existir. Enfim, é um ser em busca da sobrevivência, como todos nós.

E O QUE É PIOR, …

… ele estava quieto em seus hospedeiros próprios, cumprindo a sua função na natureza e foi lá o bicho homem e o despertou, destruiu seu habitat natural, entrou em contato direto com ele também visando interesses próprios e pessoais e o trouxe para o seio de sua sociedade, on­de ele tenta continuar existindo, reagindo para continuar vivendo.

COMO O BICHO …

… homem, desde que conseguiu ampliar sua capacidade de imaginar, de pensar, de transformar imagens em símbolos (linguagem), passou a querer dominar tudo e toda a natureza, como se esta fosse inesgotável e não tivesse forças para reagir, sente na própria pele os efeitos de um princípio da física, a chamada ação e reação.

AO INVÉS DE …

… seguir os próprios exemplos vindos da natureza e se contentar em apenas viver, o bicho homem quis dominar, quis saquear, quis destruir tudo o que po­dia para poder satisfazer cada vez mais sua imaginação, que enxerga no prazer desenfreado e in­con­sequente e na luxúria, as únicas fontes de felicidade.

COM CERTEZA …

… estamos colhendo o que plantamos. E o que eram alguns grupos pequenos de “homo sem sa­piens”, pois sapiens seria algo como sabedoria, se multiplicou, ocupou todos os espaços, dominou tudo e, para atender sua lascívia exagerada, tira da natureza cada vez mais substâncias que ela própria não consegue repor e as transforma em lixo destruidor.

ESTÁ NA HISTÓRIA, …

… tem fundamento na biologia, toques de física e muita química, mas, principalmente é tese defendida na ciência como um to­do, não existe fórmula mágica de entrar em guerra direta com este corona, que há mais de um ano vem sendo nossa ducha de água fria. A saída é respeitar o ser vivo que hoje nos oprime e, entendendo isso, sem belicismo, estabelecer formas de convivência harmônica que nos garanta a sobrevivência.

HOJE, HUMANOS …

… pensantes que somos, podemos nos fortalecer para poder conviver com este nosso companheiro de vida na terra que é mortal, mas, como o leão, ou qualquer animal que busca a própria sobrevivência, mata apenas para garantir sua subsistência, não para sustentar a luxúria.

E O ANTÍDOTO, …

… está em buscarmos a sapiência e fazer jus à classificação de “homo sa­piens” (homem sábio), buscarmos o equilíbrio, a convivência harmônica com a natureza, pois é isto que está provocando a destruição da casa em que habitamos e que tudo nos provê, a mãe terra.

POR ENQUANTO …

… vamos produzir vacinas que amenizarão as batalhas para evitar a proliferação em massa deste ser microscópico que, ao se adaptar para viver, cria novas variantes, novas cepas, cada vez mais agressivas contra os seus próprios agressores (que somos todos nós) e possibilitar a nossa sobrevivência momentânea em meio a uma natureza em turbulência.

POIS ESTÁ PROVADO …

… que, ao tentarmos impor nossos gostos e vontades bestiais, emitimos várias ações cujas reações não vão parar com este vírus que tem a coroa de um rei. Outros surgirão, cada vez mais agressivos, para rebater a nossa própria agressividade e poderão nos levar à extinção, mas não antes de experimentarmos o mesmo sofrimento que causamos a todas as outras espécies que destruímos.

José Salamargo … acreditando que hoje só dá pra se isolar e vacinar para sobrevir, mas para garantir o futuro será preciso ver os outros com mais amor, não só os outros bichos homens, mas toda a natureza que está sendo vilipendiada e está cobrando cada vez de forma mais incisiva por todos os estragos que já fizemos e ainda iremos fazer. É a lei da Ação e Reação. Sapiência e amor são as nossas únicas armas capazes de evitar o sofrimento generalizado.

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