20 de agosto | 2017

O mundo violento de Trump, Bolsonaro e outros por um fio

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Do Conselho Editorial

O mundo desde antes da eleição de Donald Trump à Casa Branca têm observado um crescente das aspirações nazistas ocupando espaços na política e advogando causas que remete a humanidade ao período das trevas.

É bem verdade que parte de países do universo nunca saíram de lá e insistem para que a outra parte que avançou determinados processos de relações menos conflitivas na sociedade retroceda nas políticas de igualdade, huma­ni­zação e libertação do homem através do pensamento.

Se o espaço permitisse e a intenção fosse discussão mais acadêmica poderia se abordar questões que se relacionam com a Coréia, Iraque, Irã, com grupos armados ou recente atentados visando a imposição do pensamento destes grupos e de suas ideologias ou pensamentos religiosos.

Não sendo a intenção, o objetivo é iniciar discussão que possa jogar luz na crescente violência que se espalha pelo mundo e vai tomando contornos preo­cupantes no Brasil, País, até então, considerado por abrigar um povo de índole pacifica e tranquila.

Se antes o crescimento do que se convencionou chamar de direita trucu­len­ta, ligada a movimentos e ideologia nazistas preocupava, após a eleição de Donald Trump passou a preocupar bem mais.

Sua campanha foi explícita nos discursos de ódio e preconceito e seu mandato em nada mudou sua promessa de retaliação aos imigrantes dos EUA.

Estendeu sua ira a diversos países que considera abrigar terroristas e abriu discussões acaloradas com a Coréia permitindo discussões sobre a possibilidade da deflagração de uma guerra nuclear.

Internamente a repercussão de seus discursos alimentou o desejo de mem­bros favoráveis a ide­ia de supremacia branca abrigados na marginal, infeliz e cruel Ku Klux Klan responsável pelo massacre e queima de negros em fogueiras após a guerra da secessão e até bem pouco.

Ressurgida das cinzas, provocou centenas de protestos e morte e levou o governo de Trump para o centro do olho do furação provocando a maior crise de seu governo envolto em crises dede o nasce­douro.

A violência que ocorre nos Estados Unidos vai se espalhando pelo mundo, como uma onda produzida pelos extremistas reacionários de direita ou fun­damentalistas como os que reivindicam os ataques de Espanha, Paris, Inglaterra.

Imaginar que o Brasil está longe de ser atingido por esta onda conversadora que vem dividindo o mundo é mera ilusão.

A caravana do ex-presidente no nordeste foi alvo do que poderia ser um ataque, a princípio pelo que se sabe, de homens armados, que atiraram para o alto e foram contidos por seguranças.

O prefeito Dória em viagem à região nordeste foi recepcionado com ovos e o mesmo ocorreu com o deputado Bolsonaro em visita a região de Ribeirão Preto.

Na mídia social, muitos defendem estas iniciativas como se fossem próprias do processo de discussão política e estimulam que tais ações se multipliquem.

É de se notar que nos Estados Unidos as ações que culminaram na violência que ora preocupa as autoridades americanas começaram de ações simplórias e do estimulo indireto de membros do staff do presidente e do próprio que endossavam perseguições e truculência como ações normais na condução de um governo e agora lutam para contê-la.

Este tipo de ação, lá co­mo cá, acaba demonstrando, no fundo, que a linguagem de uso da violência contra o outro para se em­poderar de Bolsona­ro a Trump demonstra que podem estar convencendo até os adversários de que eles podem estar certos, quando não estão.

O que incomoda nas cenas explícitas de violência exibidas pela internet são de que além dos que a praticam considera-las corretas e irreprimíveis, os adeptos do nazismo e da violência fingirem que desaprovam gestos assim, quando se sabe que têm as mesmas praticas, e por conta de pessoas truculen­tas como eles, que disseminam o ódio, a sociedade vêm perdendo sua índole pacifica e ordeira.

É uma pena que quem jogue ovos ou produza um estado de constrangimento para o outro não se aperceba o quanto é constrangedor a revelação publica da sua incapacidade para o diálogo civilizado.

Bolsonaro e Trump e outros líderes mundiais não parecem seres humanos em estado de evolução.

Assim sendo, que razão se pode ter para imaginar que quem pratica ações que abominaria fossem praticadas contra si, esteja conduzindo a civilização a um patamar civiliza­tório digno de seres que pensam e manifestam o pensamento através de palavras e não de ovos ou armas?

 

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