19 de julho | 2020

O desgoverno levando à dicotomia: economia ou morte? A pandemia está chegando aos extremos em Olímpia?

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“Quando as falhas de quem tem a
obrigação de servir a maioria levam
à convicção de que milhares de
mortes podem ser tidas como
aceitáveis para justificar a
manutenção de privilégios, regalias
e costumes questionáveis como
mantenedores da própria vida, não há
como se vislumbrar um cenário futuro
que não seja catastrófico em sentido
humanitário”.

 

Mestre Baba Zen Aranes

 

POR MAIS QUE …

… neguem os “negacionistas”; por mais que pareça que nosso presidente defenda que todo mundo se contamine de uma vez e morra quem tiver que morrer; por mais que se manipulem os dados para dizer que as mortes são naturais; não dá para acreditar que a situação que está se vendo ser tratada como catastrófica em todo o mundo (e hoje a internet não deixa que se fuja da realidade), no Brasil seja mero fruto da briga entre a esquerda e a direita ou produzida pela imprensa para ferrar o grande Messias.

E A REALIDADE …

… triste e marcante é que já somos o segundo país do mundo em número de casos e de mortes, perdendo apenas para os Estados Unidos, onde governa o outro “iluminado”, o outro anticristo, que não é messias, mas um Trump que não “trampa” para promover o bem estar da sociedade, mas apenas para dividir seu povo e se perpetuar no poder, espalhando as suas benesses para si e para os seus, além dos mais chegados.

E ESTA REALIDADE …

… também se mostra muitas vezes pior nos países que são dirigidos por piolhos do Trump, este criado pelo ultradireitista que é tido como cientista político Steve Bannon, precursor da utilização da pós-verdade (fake news) na política.

ALIÁS, O BRASIL …

… já é motivo de boicote econômico de grande parte das democracias e de grandes empresas que entendem, por exemplo, que o meio-ambiente é uma questão global e precisa ser preservado; e de chacota, por tantas imbecilidades que propaga, como se um manicômio tivesse sido instalado em Brasília, para governar o país.

E, NESTE MOMENTO, 

… em que uma epidemia de um vírus devastador se alastra (sem vacina que proteja) provocando mortes em massa, começa a aparecer o fruto deste desgoverno e desta situação manicomial.

SIMPLES, …

… de se constatar que nos países onde predomina a social democracia e o estados fortes buscam a justiça social com ênfase na saúde, educação e em sistemas de renda mínima, convivendo em igualdade de condições com o mercado e as empresas, a desigualdade social não é tão discrepante como no Brasil. Ao contrário, a ausência da miséria e a ênfase na igualdade de oportunidades garantem a própria estabilidade do sistema econômico.

E É NESTES MOMENTOS …

… de crise que fica patente esta desigualdade e o quanto ela é mortal, pois através da fome de alimento e de conhecimento, transforma a maioria esmagadora de sua população em verdadeiros animais sem capacidade reflexiva, robôs, ou numa legião de zumbis digna de ser governada por uma gaiola de loucos e isto nos faz ser diferente e provoca a situação que estamos vivendo atualmente no país, e mais presentemente em nossa cidade que hoje tem sua economia baseada no turismo.

SE A ECONOMIA …

… tivesse mecanismos garantidores da vida econômica (aí se incluindo a ajuda às empresas e à população) unido a um sistema de saúde com capacidade e qualidade para tratar seus cidadãos, num momento desses, em que por questões sanitárias tem que se interromper o fluxo produtivo, a própria pandemia poderia ser tratada com maior rapidez e não provocar estragos que levem seres ao desespero de achar que a vida dos outros tem menos valor do que se manter a totalidade da engrenagem econômica em funcionando.

SE OS PROGRAMAS …

… de auxílio às empresas e diretamente aos trabalhadores funcionassem e a saúde tivesse padrões de qualidade elevados, o controle poderia ser bem menos invasivo e até em menor tempo, como ocorreu em países mais desenvolvidos e onde se busca a igualdade de oportunidades.

ACONTECE QUE …

… no país governado pelo piolho do Trump, o que se vê é o descontrole total, a insegurança de medidas atabalhoadas e que não levam em conta a realidade vivida pelo catastrófico ser microscópico que tem coroa no nome, que entra pelas vias aéreas e provoca a morte pela falência dos órgãos respiratórios.

A INSEGURANÇA …

… econômica de programas de ajuda que não chegam à maioria nem da população e nem das empresas, unido ao sucateamen­to de um sistema de saúde que poderia ser o melhor do mundo, provoca um círculo vicioso que poderá se transformar em um genocídio tolerado.

A MORTE …

… que pode ser evitada, está passando a ser considerada aceitável em nome da sustentabilidade econômica e da própria incapacidade de parte da população de abrir mão de confortos e regalias próprias de um mercado que faz seres acreditarem que a felicidade ou mesmo viver é ter e consumir uma infinidade de produtos e serviços supérfluos que transformam os seres em maquinas de produção, cujo combustível é sempre ter à sua disposição coisas e atividades que nem sabem pra que servem, verdadeiras inutilidades em se tratando de vida bem vivida.

AO PROPAGAR …

… o ter e praticamente sepultar a busca pelo ser, o liberalismo total enriquece alguns e transforma 90% da população em gado, animais que se solta no pasto do dia a dia.

E, CLARO …

… a confinar este gado em um curral e obrigá-lo a deixar de ter as regalias e as frivolidades que amainavam a sua infelicidade (consumo) por muito tempo e sem perspectiva de volta ao antigo “status quo”, provoca a reação em cadeia (o estouro da boiada), principalmente daqueles que conquistaram os seus padrões de vida superiores à grande maioria, se transformando na engrenagem do próprio sistema.

COMO PASSAR …

… por um período de crise como esse tendo que enfrentar um inimigo invisível mortal e tendo os próprios combatentes amotinados e não seguindo as regras impostas por seus superiores do campo de batalha e ainda tendo o alto comando insuflando os soldados rasos (de espírito) de que a guerra não existe?

A INCAPACIDADE …

… de gestão econômica, que leva ao definhamento do próprio combate à epidemia, com a insubordinação civil e tomada de medidas contrárias às indicações dos especialistas da área da saúde, pode levar à situações catastróficas que poderiam ser evitadas.

É A BATALHA INSANA …

… dos interesses pessoais contra a incompetência governamental em garantir o interesse coletivo.

José Salamargo … com a certeza de que muita coisa ruim ainda está por vir. E o que hoje pode ser o pensamento corrente para certos grupos, poderá se transformar em motivo de remorso e de tristeza num futuro próximo, que ninguém pode prever ao certo, mas cujas conse­quên­cias podem se configurar em cenários muito piores do que possamos imaginar no presente momento.
 

 

 

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