30 de setembro | 2018

O clima de guerra e hostilidade da eleição mais confusa de todos os tempos

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Do Conselho Editorial

Entrando no começo da última semana que antecede as eleições para Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais, a nação está mais perdida que barata em baile e cego em tiroteio.

O eleitor, além de perdido em um mar imenso de denúncias e de ataques, agressões, discurso de ódio, preconceito, homofobia, misoginia, mentiras, fake news, ainda se defronta com pelo menos número imenso de confusões causadas pela justiça eleitoral.

A última é a que trata do cancelamento ao direito de voto de mais de três milhões de eleitores que não se submeteram a biome­tria no tempo estipulado pela justiça eleitoral.

Em Olímpia, como já destacado por este jornal, os eleitores não terão este problema já que a biome­tria no município não será obrigatória para esta eleição.

Outra questão que deve ter pego todas as campanhas de surpresa foi o financiamento público de campanha aliado a prestação de contas.

Em razão do recrudescimento da Justiça Eleitoral os candidatos estão, ao que tudo indica, muito mais preocupados com a exatidão das prestações de suas contas do que antes e o que era uma simples operação financeira obriga a muitos exercícios para justificar gastos mínimos.

Por outro lado, por mais que possa ser considerada uma fortuna a verba pública disponibilizada para campanhas eleitorais, quando distribuídas pelos partidos a cada candidato, se conclui que não é quase nada perto do que se gastava antes.

Tomando por exemplo, um dos grandes partidos que dispõe de farto horário eleitoral no rádio e na TV e que segundo a grande mídia distribuiu entre oitocentos mil e um milhão para cada candidato na média.

Ocorre que nas campanhas passadas, se falava nos bastidores, necessitava entre sete e dez milhões, o que seria o custo de uma campanha mediana sem muita ostentação.

E pode ser isto que confirma a falta de carros de som na rua, muitos carros adesivados, casas cheias de propaganda, santinhos de candidatos e as torcidas organizadas desfraldando bandeiras na Praça da Matriz, além de muitas carreatas.

Esta é uma eleição silenciosa nas ruas, não fora o horário político eleitoral obrigatório, o barulho e a violência das redes sociais, era possível que muitos nem soubessem que era eleição.

Além destas “quizumbas” há ainda o Superior Tribunal Eleitoral julgando candidaturas e cassando candidatos há dez dias da eleição.

Não bastasse tudo isto, tem-se a “judicialização” “promotorização” e “policialização” da campanha eleitoral, em que pese o respeito que deve haver, a Justiça, Ministério Público, Polícia Federal em alguns casos, algumas denúncias grotescas, que estavam no armário há anos pegando poeira, ficou evidente que alguns membros destes órgão buscam luzes e prota­gonismo para si.

Muita denúncia, algo nunca dantes visto.

Tem denúncia para tudo que é gosto, do Oiapoque ao Chui e agora, na reta final, é possível que tenha mais.

E com isto as redes sociais, instrumento de fetiche dos novos formadores de opinião, fica sobrecarre­gada de ódio, rancor e adrenalina.

Esta semana, última de campanha de primeiro turno, promete muito sangue e lágrimas, tomara que se salvem todos e que não deixem morrer, em confusão e politicagem barata, a nação brasileira.

 

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