09 de maio | 2021

O bombeiro queimou a si, a biografia e o nome da instituição

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“(…) deixou atrás de si, por tabela, a
desmoralização do Corpo de Bombeiros local,
visto que sua imagem foi desonrada e manchada
pelo ineditismo de um membro da corporação
ser o responsável pelo incêndio em um
prédio na cidade que é oficialmente
a Capital Nacional do Folclore”.

Do Conselho Editorial

Por mais que no fundo se tenha algum ressentimento, dor e preocupação com a atitude criminosa levada a efeito pelo bombeiro incendiário Cláu­dio José Azevedo de Assis, o Cláudio Baia, há mo­men­tos em que a reflexão sobre si e sua ação causam pena.

Um profissional do Corpo de Bombeiros com uma folha de serviços prestados, fala-se de 25 anos, com acusação de que pretendia tentar contra a vida do prefeito em razão do indeferimento da aposentadoria que imaginava ser obra do mandatário, segundo o que dizem.

Sem histórico de violência, muito embora nas redes sociais fosse associado a figuras que destilam ódio e polarizam a política local com inver­da­des, fake News e pós-verdade.

Era também divulgador de teorias que o aproximava do gabinete do ódio local e de “bozominions”, sem muita qualificação ética e moral no que se refere a discussão política de qualidade.

Em tese, mesmo não tendo na sua biografia nenhuma referência de violência, estava ligado a extremistas locais que aprovam e apoiam ações violentas para, através do terror, impor o que pensam.

Antes do evento terrorista de ataque à liberdade de expressão perpetrado contra o jornal e a família do jornalista e a divulgação da intenção de matar um político que seria o prefeito Fernando Cunha, era um anônimo no meio da multidão.

Tanto que seu sumiço não gerou nenhuma suspeição de participação no ataque terrorista incendiário, ao contrário, comoveu a sociedade e este jornal e a emissora que pretendia incendiar se incorporaram na campanha pela sua busca.

Foi motivo de surpresa para o jornalista e família, para os familiares do bombeiro, amigos, conhecidos e colegas de trabalho a revelação que aquele cidadão simples e comum ocultava uma mente maldosa e criminosa.

Este jornal e a Rádio Cidade desde sempre tiveram a convicção de que o ataque tinha sido levado por algum “negacionista bozominion” visto que a maioria deles prega a violência, o terror, a falta de dialogo, a imposição arrogante e desinformada da própria desinformação.

E como não há nada de muito novo no reino da estupidez, a confissão demonstrou um “bozominion” por trás de uma ação que os responsáveis pelo jornal e a emis­sora continuam acreditando que não tenha sido praticada solitariamente, como se pretende incutir nas redes sociais.

Os mesmos “bozominions” que estimulam a violência e que se relacionavam com Claudio Baia nas redes sociais e na vida, são os mesmos que tentaram emplacar a “Fake News” de que fora o jornalista e seus amigos que haviam colocado fogo no jornal e agora pretendem que se acredite que o incendiário tenha atuado solitariamente.

Esta gente careta, desin­formada e covarde, a cada manifestação, dá a sensação de que pode estar envolvida na destruição da biografia e da história do bombeiro incendiário.

Os discursos vão se modificando a cada nova situação. Antes não tinha sido “bozo­mi­nion” que havia colocado fogo no jornal, depois havia sido o jornalista e seus amigos e agora o bombeiro “bozominion” agiu sozinho.

Será?

Se agiu sozinho e destruiu sua vida, pior pra ele.

Se foi seduzido por discursos ou por outras questões, por figuras que o cercavam, é bom que saiba:

O discurso da impunidade pode se mostrar muito mentiroso e à medida que o tempo vai avançando e novas situações ocorrendo parece que a situação vai se complicando.

O inquérito administrativo aberto para apurar sua conduta pode conduzi-lo a perda do cargo e inevitavelmente a perda da aposentadoria pela previdência municipal, mantido seu tempo de contribuição.

Outros elementos compli­cadores de sua vida futura que não será elencado aqui por se tratar de denúncia, condenação e pena, que se somados e avaliados pelo prisma dos resultados negativos que a ação criminosa pode trazer para si é de sentir pena, mesmo que se deseje e lute por uma punição exemplar, pois o que fez foi uma violência desnecessária e inconcebível.

Sem contar que deixou atrás de si, por tabela, a desmoralização do Corpo de Bom­beiros local, visto que sua imagem foi desonrada e manchada pelo ineditismo de um membro da corporação ser o responsável pelo incêndio em um prédio na cidade que é oficialmente a Capital Nacional do Folclore.

O fato por si é folclórico e ficará mais ainda agora com a representação do prefeito Cunha que tem sob sua responsabilidade o funcionário que pretendia aniquilá-lo.

E o Corpo de Bombeiros que é atrelado ao Gabinete do Prefeito, se não emitiu sequer uma nota mostrando pelo menos o desconforto de ter entre seus quadros um incendiário, continuará calado e omisso diante da ameaça de morte, agora oficializada, que o que comanda o bombeiro incendiário e outros membros da corporação sofreu?

Quem cala consente.

Se continuar calado diante de mais esta vergonha é de se concluir que quem tem um comando assim só poderia fazer o contrário daquilo que deveria ser seu dever. 


 

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