02 de fevereiro | 2020
Niquinha e Flávio Olmos enfrentarão provável período de denúncias?
“O alvo no momento é Delomodarme, outros virão, com certeza”.
Do Conselho Editorial
Pelas características demonstradas nas eleições passadas, o período que antecede o registro de candidaturas dos que se postam como pré-candidatos a prefeito funciona como instrumento de intimidação para que candidaturas que possam oferecer riscos se retirem do páreo.
Inicialmente se joga com o discurso para convencer que o pretendente seria um excelente vereador, que seria facilmente eleito para o cargo, enquanto que na candidatura majoritária amargaria derrota vergonhosa.
Não colando esta argumentação, a tentativa é de convencer o candidato de que seu nome foi assimilado por uma pequena parte do eleitorado o que lhe daria a chance de emplacar de vice de alguém, caso seu nome estivesse à frente de outros na pesquisa.
Adicione-se a isso a promessa de secretaria, candidatura a vereador em partido com chapa que contenha nomes que possibilitem a eleição e, ao final, se nada seduz o pretendente que pode oferecer risco à candidatura majoritária tenta seduzi-lo com valores para que retire a candidatura.
O histórico das eleições locais demonstra que houve candidatos que perderam a eleição por uma margem pequena de votos e não muito recente, Luiz Fernando Carneiro tirou o sonho de José Rizzati de sentar no trono por poucos votos.
Na eleição em que disputou Eugênio José Zuliani (Geninho), José Augusto Zambon ( Pituca) e Valter Gonzalis, a diferença de votos de um candidato a outra foi razoavelmente pequena ou próxima.
Por estas razões, por estar muito presente estas eleições na memória dos que discutem ou vivem de política, a tendência é a de que se tente, com todas as armas disponíveis, que candidaturas que disputem o voto no mesmo espectro político não prosperem.
Geralmente os que sentem maior pressão para ser retirados da disputa estão entre os que já estiverem no poder e pretendem voltar e os que estão e não pretendem sair.
As razões podem ser diversas; as principais, no entanto, se relacionam a utilização de verbas públicas e distribuição de empregos em cargos comissionados.
Parece confuso, mas não é. Ao se utilizar verbas públicas acaba se beneficiando a população e o que está no comando da distribuição destas verbas e do serviço prestado anuncia como responsável pelo serviço prestado e continua mantendo seu curral eleitoral.
A indicação em cargos amplia o número de cabos eleitorais além de colocar em pontos de destaque da administração alguém que é linha auxiliar do mandato.
Há outras razões imorais e ilegais que não podem ser descritas em razão do risco de judicializar a discussão, porém, a maioria sabe que elas existem e frequentam as manchetes dos jornais enlameando a vida pública, isto, por enquanto basta.
Na tentativa de destruição do adversário, a arma política mais frequentemente utilizada é o Ministério Público e, se houver denúncia, o Poder Judiciário.
Fernando Cunha já enfrenta o demônio que pode ser o fato de possivelmente ter abrigado uma funcionária fantasma em seu gabinete e, se os ânimos não se acalmarem, outras denúncias brotarão das intenções eletivas dos que divergem de si.
Do outro lado do poder se encontram Flávio Olmos e, teoricamente, Antonio Delomodarme que batem o pé e afirmam que levarão seus nomes às urnas.
Delomodarme, independente de registrar sua candidatura majoritária ou não, já enfrenta várias situações jurídicas e enfrentará outras mais, pois parece ser intenção de seus adversários impedir que se eleja mesmo que seja a vereador.
Assim sendo, daqui até março muitas dores de cabeça e pouco Melhoral serão ofertados a Niquinha com o objetivo de alijá-lo do processo.
Já Flávio Olmos, que frequenta o mesmo reduto eleitoral de Cunha, Niquinha ou dos pré-candidatos de preferência do grupo de Geninho, segundo o que se ouve pelos bastidores, também será, no tempo certo, alvo de questionamentos em sua conduta.
No caso de Flávio, os adversários comentam sobre bombas e bombas, porém não deixam claro quais seriam estas, o que pode significar muito mais um trabalho de terror do que propriamente denúncias calcadas em realidade.
Isto não significa que sua candidatura não esteja incomodando, como todas as outras e que não entrará na batalha suja que se travará de ora em diante até outubro.
Diga-se de passagem, todos os pré-candidatos em um momento ou outro serão alvos de campanhas difamatórias, esta infelizmente é a prática local, que tudo indica não mudará nesta eleição vindoura.
O alvo no momento é Delomodarme, outros virão, com certeza.
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