16 de novembro | 2014

Hora de outras mentiras no cenário político local

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Do Conselho Editorial

Terminada a eleição para presidente, governadores, senadores, deputados, os peixes graúdos começam as eleições das arraias miúdas, dos lambaris de corredeiras, dos bagres ensaboados das políticas locais, prefeitos e vereadores.

Sim, porque como dizem os antigos, muda só a latinha e as moscas, já … a lesma lerda continua a lesma lerda de sempre.

Faltam menos de dois anos, mas já se percebem manifestações nos bastidores no sentido de viabilizar candidaturas.

Os pretendentes ao cargo majoritário já montam seus grupos e suas estratégias visando emplacar suas candidaturas com o máximo poder de fogo possível.

Natural que a maioria dos que se jogam na mídia ou no meio em que estão inseridos como futuros pretendentes a possíveis candidaturas não chegarão a lugar nenhum a não ser o lugar que o sonho revela aos sonhadores utópicos.

Os partidos, embora sejam quase trinta representados na cidade, não é segredo de ninguém, estão sob o domínio de poucas pessoas que terão sob sua responsabilidade o poder de tornar real ou não algumas candidaturas.

A maioria pode berrar, xingar, pensar que detem poder, mas na hora H os “proprietários” destas legendas é quem determinarão quem serão os futuros candidatos a prefeito e a vice.

Isto ocorre no seio da situação,que se rachada amplia a possibilidade de duas candidaturas, ocorrendo o mesmo com a possibilidade de candidatura de oposição, se houver.

Basta ver as últimas eleições levadas a efeito em Olímpia para se concluir que no máximo três ou quatro pessoas detêm o poder sobre a maioria dos partidos.

Há quem, ao ler estas linhas, possa, por representar ou presidir algum partido e no seu íntimo tentar contestar esta lógica, só que se sentar com carinho a cabeça ao travesseiro concluirá que esta é uma das grandes perversidades do sistema político brasileiro, que seguindo a regra quase geral de todas as coisas, desrespeitando a lógica democrática, todas as instituições, ou a maior parte, se não desejar generalizar, não passam de feudos, castas dominadas por alguns.

Neste cenário, que ora começa, os candidatos a prefeito tentarão, no entanto, tentar demonstrar que têm consigo ou do seu lado a maioria dos partidos e dos apoios, para isto inflará ou inchará uma base que maioria das vezes é irreal para fingir que tem um peso acima de suas possibilidades para impor seu nome à força, na marra.

Esta pressão é exercida de várias maneiras, entre elas se encontra a de exibir lideranças que poderão vir a ter quantidade razoável de votos e que serão prováveis puxadores das candidaturas.

Tudo isto na linha do imaginário, já que a maioria das lideranças são como a dança das cadeiras dos programas vespertinos de televisão, mudam de lado com mais frequência que de camisas, vão a todas as reuniões e objetivam na verdade sondar qual coligação pode fornecer a chance mais fácil de se eleger.

Assim, no meio desta nojenta e abominável falsidade irão ao longo deste um ano e pouco que ainda falta para que as candidaturas de prefeitos e vereadores sejam colocadas como reais e possíveis, percorrer este caminho das traições e das rasteiras, mostrando a nova face das novas velhas raposas.

Antes do final deste cenário dantesco e absurdo se findar, porém, como nunca se esgota o volume de calhordice e insensatez dos políticos, possivelmente haverá a tradicional pesquisa para se apoiar o que estiver mais bem colocado nas pesquisas, isto tanto na situação quanto na “xexelenta” e cambaleante oposição.

Tudo parte de um teatro e de uma farsa tantas vezes encenada que nem mais enoja, consegue apenas entediar.

E diante das pesquisas, falsas tanto quanto o candidato com cacife econômico para contratá-la, só resta aos incautos imbecis assumirem esta candidatura, em função do discurso tosco e paupérrimo de que é preciso tirar quem está no poder, por que já não se aguenta mais.

Como bem pode perceber o leitor mais atento, em momento algum vai se pensar nos conceitos básicos que deveriam estar presentes na vida pública, não vai se discutir decência, honestidade, dignidade, moral, ética, passa-se a sensação de que não se discute o que não se tem, e mais uma vez, corre-se o risco de não mudar a latinha e as moscas.

 

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