02 de fevereiro | 2014

Governo Eugênio, final ou recomeço?

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Do Conselho Editorial

Evidente que o governo de Eugênio José Zuliani desde que se instalou em Olímpia deixou claro seu método malufista de liderança.

Perdido entre grandes obras que culminaram em discussões muitas em relação à qualidade final das mesmas, a execução tumultuada com empresas deixando obras pelo meio e outras envolvidas em suspeição.

E disposto a acomodar interesses dos apoiadores de campanha e lideranças cooptadas com cargos comissionados e estágios remunerados, o governo de Eugênio, entre outras coisas, pode passar para a história por ter transformado o poder público em um grande “cabidão” de empregos.

Não obstante o inchaço da máquina pública há uma discordância entre esta realidade e o serviço prestado pelo Executivo para os munícipes de Olímpia e dos distritos de Ribeiro e Baguaçu.

A impressão que passa, se comparado aos primeiros cem dias do mandato do primeiro governo de Eugênio, é que seu governo chegou ao final, jogou a toalha.

No início de seu primeiro mandato tudo era obra, obra e obra, placa pra tudo que é lado, e dá-lhe pauta positiva nos jornais atrelados ao poder, cujos jornalistas guardam relação estreita com a folha de pagamentos.

Sem contar os radialistas de determinada emissora, com quem, tudo indica, havia acordos e interesses que influenciavam na pauta favorável do governo de Eugênio.

Hoje esta pauta, mesmo que exista, esbarra na realidade que não consegue disfarçar o caótico mundo cor de rosa que Eugênio insiste em afirmar que existe.

Além de não existir este mundo criado virtualmente pelos comunicadores atrelados a Eugênio, não há formas e meios de fazer com que a população vista os óculos de terceira dimensão (3 D) para que possam visualizar o país das maravilhas que só existe na lente opaca dos seguidores de Eugênio.

Para os que não vivem como os personagens do livro de José Saramago, “O ensaio sobre a cegueira”, onde a população acometida por epidemia fica cega repentinamente, a cidade está abandonada e o governo Geninho parece ter chegado ao fim no início de seu segundo mandato.

Pela desordem que se observa em vários setores, principalmente no de obras e serviços e na Saúde é de se concluir que será muito difícil que, como a Fênix da mitologia, Eugênio venha após a primeira chuva se resgatar da visão de incompetência, de incapacidade administrativa que muitos atribuem ao seu governo.

Entre estes muitos, alguns que migraram do grupo de Eugênio por discordar de seus métodos malufistas nada ortodoxos, e outros que mesmo dentro do grupo confidenciam o desarranjo e a desordem que impera na administração pública.

Estão, segundo algumas opiniões de abalizados conhecedores do assunto, neste segundo mandato, o governo Eugênio estaria mais perdido que barata em baile e cego em tiroteio.

Que há um retrocesso visível na marca Eugênio populista de governar há, os motivos que levaram Geninho a acomodação que gerou este estado de abandono na cidade podem ser vários e sobre eles só Eugênio pode falar.

Enquanto não fala, não assume a decadência deste seu mandato, a cidade vai se perdendo em problemas e situações que não se resolvem e se ampliam motivando nos opositores a sensação de fim de mandato e nos que gostariam que houvesse mudanças radicais o desejo de que seja um recomeço.

Ainda é tempo de se rever posicionamentos, de intuir e concluir que se pode fazer mais e melhor, pois há ainda três anos pela frente, e a cidade está a merecer mais atenção e carinho do que vem sendo dispensado a ela.

Caso contrário é se conscientizar de que final de governo no Brasil é exatamente isto, mandatário ausente, premiando seu grupinho com empregos e cidade abandonada, totalmente abandonada.

 

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