Do Conselho Editorial

Eugênio José, o ex prefeito de Olímpia, que tem em seu currículo a quase folha corrida de doze processos e mais algumas investigações esperando a vez, tem sido alvo de discussões nas rodas políticas por ter se tornado Ficha Suja segundo apontamento do TCE.

A desaprovação de contas pelo TCE no exercício do mandato faz com que este tribunal encaminhe as contas desaprovadas e suas razões para análise da Justiça Eleitoral, que pode ou não tornar o pretendente a candidato inelegível.

A notícia da desaprovação das contas de Geninho e a inclusão de seu nome no famigerado cadastro de Fichas Sujas do TCE, caíram como uma bomba nas hostes geniais fazendo com que seus bajuladores elevassem o tom nas redes sociais, imaginando, talvez, que a agressi­vidade pode mudar esta realidade.

Só a inclusão no cadastro de Fichas Sujas, por si só, irá dificultar e muito a candidatura de Geninho, que terá de ocupar o tempo de campanha se defendendo das acusações que seus oponentes irão lançar contra a sua candidatura, melhor, já estão lançando.

Se houver campanha, porque, agora, Geninho e todos os que se encontram na relação de Fichas Sujas passarão pelo crivo da Justiça Eleitoral que poderá ou não, dependendo da gravidade da ilicitude praticada, aprovar ou não o registro de sua candidatura.

E neste quesito, por mais que bradem, chocalhem seus guizos, uivem à luz da lua, ladrem as sombras seus inúmeros cães e cobras de aluguel, a situação não é das mais favoráveis a que Geninho venha a manter a sua candidatura.

O momento porque passa o país dá a indicativa de que a Justiça Eleitoral será muito severa em relação aos Fichas Sujas e de outra maneira não poderia ser, depois de tanta Lava Jato, campanha contra a corrupção e prisão de tantos corruptos.

Tendo o Tribunal Superior Eleitoral como presidente o ministro Luiz Fux e enquanto vice-presidente a ministra Rosa Weber é de imaginar, pelo currículo e postura pública de ambos, que a análise das prováveis irão passar por um filtro bastante severo, o que pode ser preocu­pante para Geninho e os que o bajulam.

Não vai ser fácil atravessar este “Rubicão” e, não atravessando, Geninho, tão confiante da impunidade, poderá ser alvo de punição de onde menos se esperava ou cogitava.

Colecionadores de processos, despreocupados com os resultados destes processos em razão da conhecida lentidão da justiça, geralmente, os políticos se lixam para o judiciário e acabam caindo em uma armadilha que nem contavam pudesse estar nos seus caminhos.

E nesta armadilha, Geninho que lançou sua pré-candidatura a deputado federal pode ter caído e possivelmente encontrará muitas dificuldades para se libertar dela.

Com doze processos, existe a possibilidade de algumas condenações acontecerem antes das eleições e, embora isto possa acontecer e debilitar a campanha, dificultar o discurso em tempos de moralização da coisa pública, não há nada, na visão dos políticos, que o dinheiro não possa reverter ou comprar.

Ficar inelegível, porém, é tudo que não se pode reverter ou comprar e isto, desagrade ou não os bajuladores de Geninho, é um alto risco que ele corre contra o qual gritos, berros, lamúrias, agressões e histerismos nas redes sociais nada pode fazer.

Se Geninho ficar inelegível, o que não é difícil, o aconselhável aos que lhe lambem os pen­duricalhos é que comprem travesseiros, lençóis, cobertores confortáveis, por que, se tiverem que pensar sobre seus erros, nada melhor que um bom travesseiro, lençol ajuda enxugar lágrimas, e cobertor, por que os idosos recomendam chorar na cama que é lugar quente.