“Ideias não são metais que se fundem, se contrapor a elas com elegância e sabedoria faz parte do jogo republicano, tentar impô-las seria o mesmo que desejar superlotar o balaio de derrotas”.

Do Conselho Editorial

A advogada Francislaine Zanata, que tudo leva a crer, promove um assédio judicial contra este jornal e seus jornalistas, esta semana teve mais uma de suas ações arquivada.

Vale frisar que a advogada Zanata, autora da ação, pode recorrer da decisão de primeira instância.

Da mesma maneira, sua cliente, ClarianaArchiolli, que foi tema deste espaço na edição passada, também tem direito a recurso, que, inclusive, já foi impetrado.

Francislaine Zanata de algum tempo tem tentado colocar camisa de força na Rádio Cidade e no jornal Folha da Região.

Desde antes do incêndio criminoso provocado neste jornal pelo ex bombeiro municipal Claudio Baia, que a mesma fazia intervenções ácidas, com conteúdos que se demonstravam distante da verdade, nas suas redes sociais.

Após o incêndio do jornal membros do grupo a qual ela participava ativamente para sufocar financeiramente esta empresa chegaram a espalhar a tese, Fake News, de que o próprio jornalista teria colocado fogo em sua propriedade para culpar bolsonaristas radicais.

Com a confissão do bolsonarista ex-bombeiro municipal admitindo sua criminosa culpa, Zanata e seus amigos de ultradireita se viram obrigados a retirar da estante o discurso de culpar o ofendido pelo crime que o atingiu.

Discurso de pós-realidade, de mundo paralelo,que tenta incutir na cabeça das pessoas que o mal está em quem é atingido por ele e não por quem pratica.

Dai a prática da mentira, da Fake News, que consiste na estratégia nazista criada por Josep Goebels, pensador nazista e chefe da propaganda de Hitler que dizia que uma frase repetida muitas vezes se transformaria em verdade na mente dos desinformados.

Esta prática no Brasil foi e está sendo muito utilizada pelo Gabinete do ódio, cuja sede central, hoje se sabe, estava instalada no Palácio do Planalto no governo Bolsonaro e tinha filiais por todo o Brasil.

Em Olímpia, com tantos extremistas de direita, inimaginável a ausência de uma filial.

Francislaine Zanata mesmo que não participasse diretamente deste Gabinete, ou mesmo que não tenha tido nenhuma participação no incêndio criminoso contra a Folha da Região, sempre fez questão de demonstrar apoio as ações negativas levadas a efeito contra a Rádio e o jornal.

Em um editorial esta questão foi debatida e vários dos que apoiaram uma campanha de esmagamento financeiro do jornal foram citados, entre eles, o advogado Luiz Carlos Rosa Junior.

Rosa Junior inconformado com a citação encaminhou representação contra o jornal na esfera civil e penal e foi patrono de outras ações nestas esferas.

Entre os autores, além de Rosa Junior, estavam Francislaine Zanata da Silva, Hermes Rogério do Nascimento, Pércio Aparecido de Melo, Marco AntonioMiani.

Ao total foram treze ações, todas arquivadas.

Talvez inconformada, abraçou a causa das conselheiras tutelares no caso da dancinha no conselho e, em razão de opinião emitida na Rádio cidade, protocolou em seu nome duas ações, uma na esfera civil e outra na penal.

A da esfera civil a decisão de primeira instância entendeu improcedente.

Por outro lado, a queixa-crime em que representava a procuradora da Fazenda da União, ClarinaArtchiolli, foi rejeitada por falta de tipicidade e justa causa para ação penal.

Pode estar havendo aí um assédio judicial que será discutido nas instâncias judiciárias.

Este extremismo, este radicalismo, este ímpeto de querer calar a imprensa para impor o pensamento não funciona em uma democracia.

E, se, Francislaine Zanata não administrar melhor sua relação com a sociedade e com o próprio Direito continuará a amargar, com certeza, outras derrotas na esfera judicial.

Ideias não são metais que se fundem, se contrapor a elas com elegância e sabedoria faz parte do jogo republicano, tentar impô-las seria o mesmo que desejar superlotar o balaio de derrotas.

Mas, quem decide o que coloca no balaio de vitórias e derrotas é o dono.